terça-feira, 6 de julho de 2010

CRÔNICAS IMPUDICAS

PRA QUÊ DIPLOMA, DOUTOR?

João Eichbaum

Sabe o FHC?
Isso. O Fernando Henrique Cardoso, doutor em sociologia, filho de um general, professor da Universidade de São Paulo, que fugiu do país, para não ser preso, na época em que os militares governavam o Brasil, país do qual ele, o FHC, se tornou presidente e se aproveitou disso pra meter na bunda dos aposentados?
Pois o FHC, filho de general, educado por uma governanta que lhe ensinou francês, não era um tipinho qualquer. Não era filho de pobre. Foi educado em boas escolas. Tinha tudo para cursar uma faculdade tipo “Largo São Francisco”, de Direito, ou de Medicina, ou de Engenharia. Mas, não. Cursou Sociologia.
Vocês imaginam o que era há mais de cinqüenta anos atrás uma faculdade de sociologia? Quem é que pensava nisso? Uma profissão sem futuro... Pois o FHC cursou sociologia, porque era uma barbada. No direito ou na medicina, ele teria que ralar muito. Na Sociologia, não. Porque na Sociologia, naquele tempo, havia muito mais vagas do que candidatos, ao contrário da medicina, do direito, da engenharia, etc. Quem nunca foi do batente, quem nunca foi de estudar, só podia escolher sociologia, uma barbada.
Pois, para mostrar que, para ser sociólogo, não é necessário ser rico, nem político, e muito menos cursar uma faculdade, vou contar pra vocês o seguinte.
Outro dia tive um problema com a minha TV paga e chamei um técnico. Um senhor humilde, meio barbudo, quase mal vestido, com uma careca reluzente se apresentou.
Pois foi sexta passada, depois que o Brasil do Dunga e do Lula perdeu para a Holanda.
Comentando sobre o jogo, o rapaz que veio arrumar a TV, me deu a seguinte lição: o senhor sabe como é. Os ricos botam os filhos a estudar. Mas, os pobres não perdem tempo com isso. Deixam os filhos livres na favela o dia inteiro, e a gurizada passa o dia jogando bola. Se tornam jogadores de futebol, ganham manchetes, vão para a Europa, onde ganham milhões. Aí, são convocados para a seleção brasileira. São ricos, mas nunca deixam de ser pobres. Na hora do jogo, pensam como pobres, como o Felipe Melo aquele, que pisou criminosamente no holandês. Pensou como pobre. Porque só pobre é violento e bate sem motivo. As estatísticas mostram que os pobres são mais criminosos do que os ricos. Não que os ricos não pratiquem crimes, mas muito menos do que os pobres. E, acrescentou ele, no basquete e no vôlei ninguém arma barraco, ninguém briga, ninguém agride, porque os que praticam esses esportes não vêm das favelas, não moram na periferia.
Conclusão do meu assistente técnico: por pensar e agir como pobre, o Felipe Melo fez naufragar a seleção brasileira.
Uma respeitável tese de quem nunca passou sequer na frente de uma faculdade de sociologia, viu FHC?
Manjaram?

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