Um levantamento da média de inteligência atual mostraria que o homem brasileiro continua próximo de seus ascendentes primatas.
Subjugada pela mídia, a massa popular não pensa, apenas se deixa levar. A mídia cria para ela os ídolos no esporte, no cinema, na política, nas novelas, em quaisquer programa de TV, como Faustão, BBB e outras porcarias. A religião cria o deus em quem ela vai acreditar.
A inteligência, como qualquer operação manual ou intelectual, atrofia se não for usada. Como a massa não pensa, mas deixa que pensem por ela, acaba perdendo o hábito do raciocínio, da elaboração do próprio discurso, da criação das próprias idéias.
Sabendo disso, há políticos que se refestelam no poder, usando um instrumento que lhes serve apropriadamente: o populismo, como é conhecida a arte de enganar.
Getúlio Vargas e Lula usaram e abusaram desse instrumento.
E no Rio Grande do Sul, o senhor Tarso Genro está seguindo a mesma cartilha. Com sucesso, diga-se de passagem.
Olhem só. Seu primeiro ato, como governador, foi criar mais de quinhentos cargos em comissão, para acoitar os companheiros de partido, com salários que são de matar de inveja qualquer trabalhador.
A alegação foi a de “qualificar” o serviço público.
Os servidores públicos, que ingressaram na função por meio de concurso, nada disseram. Não tiveram sequer a capacidade de se sentir ofendidos, por não serem suficientemente “qualificados”.
Bom, mas aí, a seguir, o senhor Tarso Genro fez convênio com a Fundação Getúlio Vargas, a fim de receber subsídios técnicos para a administração da coisa pública. Quer dizer, de nada adiantou botar na folha de pagamento pessoas “qualificadas”.
Pessoas com inteligência um pouco acima da média sabem que o empreguismo é um grande multiplicador de votos. O Getúlio fez isso, o Lula, igualmente. Tarso não faria diferente.
Estavam as coisas nesse pé, ou seja, nada de novo acontecendo no Estado, nem um metro de estrada a mais, a saúde, a segurança e a educação na mesma porcaria de sempre, quando ocorreu em Santa Catarina um acidente que roubou a vida de vinte e oito pessoas, residentes em Santo Cristo no Rio Grande do Sul. Aí o senhor Tarso voou para Santo Cristo, para abraçar familiares das vítimas.
Nesse ínterim, a mídia provocou uma “avaliação” do “governo” Tarso. Resultado: 80% de aprovação.
Feliz da vida com esse resultado, ele foi para a Coréia aprender como se faz “educação”, já que entre seus companheiros “qualificados” ninguém entendia da coisa, certamente.
Na volta, deu uma “aula magna” sobre maconha, na Universidade Federal.
Aí aconteceram mais tragédias: crianças, famílias inteiras morreram soterradas. E o Tarso foi lá, mais uma vez, abraçar os familiares dos mortos. Não sei se antes, ou depois, passou em Veranópolis para comer maçã no meio do povo. E após as tragédias correu para Esteio, a fim de marcar presença numa festa gauchesca, onde o povo estava presente, como em qualquer espetáculo.
É assim que age o populista, desde os tempos do império romano, porque sabe que a massa popular só quer saber de pão e circo. Nem que o circo só encene tragédias.
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