terça-feira, 12 de abril de 2011
ISLÃ ATACA NO RIO - Janer Cristaldo
Islã ataca no Rio? – me perguntava eu neste blog, no dia mesmo do massacre em Realengo, quinta-feira passada. Os termos do testamento deixado por Mohammed Atta, o líder dos terroristas que jogaram dois aviões no World Trade Center, batiam demais com a carta do psicopata carioca. Havia uma óbvia digital muçulmana na matança. Publiquei as duas cartas para confronto: http://tinyurl.com/699qnsdNão que o Corão mande matar criancinhas. Isto é coisa do bom deus dos judeus e cristãos, que manda massacrar, arrasar, degolar, destruir cidades e – atenção - matar tudo que respire. Criança respira? Então mate. Só o santo homem Moisés mandou degolar três mil judeus.Se o Corão não manda matar criancinhas, terrorista muçulmano não se pergunta, quando se explode, se há crianças por perto. Dezenas de crianças foram explodidas em Israel pelos homens-bomba palestinos. Islã ataca no Rio? Houve quem aventasse, com um leve sorriso irônico, que tratava de mais uma boutade minha parte, a ser debitada em minha ojeriza ao Islã. Afinal o assassino falava em Jesus, logo não podia ser muçulmano. Fiz a pergunta e fiquei à espera de que a polícia e a grande imprensa chegassem lá. Parece que estão chegando. O ponto de interrogação de minha crônica, pelo jeito, já pode ser dispensado.Mal abro hoje minha correspondência, um leitor pergunta: “Você foi o primeiro a documentar essa hipótese (conexão islâmica). Agora veremos como a imprensa irá noticiar os fatos. Será que pedirão uma lei antiterrorismo?”O leitor me remete a notícia de O Globo, publicada no final da noite de ontem: “Nos textos, revelados neste domingo pelo Fantástico, da Rede Globo, ele escreve que fazia parte de um grupo, cita o atentado de 11 de setembro e destaca que há sites na internet que ensinam como fazer bombas e como conseguir recursos para comprar munição e explosivos. (...) Entre os escritos, numa carta aparentemente dirigida a uma mulher, há muitas referências religiosas e sinais de tendência suicida. Em alguns trechos do manuscrito, ele afirma passar quatro horas por dia lendo o Alcorão: "Não o livro, porque ficou com o grupo, mas partes que eu copiei para mim", escreveu Wellington. No mesmo texto ele menciona o atentado terrorista de 11 de setembro 2001, em Nova York e Washington: "Tenho meditado muito sobre o 11/09".Esta hipótese já havia sido aventada timidamente no sábado, pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre:— Ele falava em jogar um avião no Cristo Redentor. Era fascinado pelo 11 de Setembro (atentado com aviões em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, que deixou cerca de 3 mil mortos). O primo que testemunhou aos policiais viveu com Wellington numa casa da Rua do Cacau, a cerca de três quarteirões da escola onde ele realizou a chacina. Ele ainda disse que o matador se dizia fundamentalista muçulmano e treinava pilotar aviões, num jogo de computador. Por ter deixado uma longa barba crescer, alguns vizinhos em Sepetiba (onde estava morando há cerca de dois anos) o chamavam de Bin Laden.Há mais um detalhe além da barba, que talvez não seja irrevelante. O criminoso usava uma camisa verde, a cor do Islã. Seria oportuno investigar se Wellington já usava essa camisa anteriormente ou se a comprou para a ocasião.De Islã e de cristianismo, Wellington deve entender a mesma coisa. Isto é, nada. É mais um desses malucos que andam com livros sagrados debaixo do sovaco e destes textos depreendem só o que sua loucura pede. Mas ele gostou do massacre das torres gêmeas. Sem dúvida alguma, adoraria jogar um avião no Cristo Redentor (e aqui não mais se entende sua menção a Jesus) Na falta de um sponsor generoso como Bin Laden, que lhe financiasse um curso de pilotagem, pegou o que tinha mais à mão, dois revólveres. E partiu à luta. Ou seja, em busca de fama.Não é preciso ler sobre o 11 de Setembro para descobrir que um bom massacre transporta um Zé-ninguém obscuro e ressentido às primeiras páginas dos jornais. O anônimo Wellington Menezes Oliveira finalmente saiu do anonimato. Hoje faz manchetes no Brasil e no mundo todo. O caminho rumo à fama não é assim tão inacessível como julgam muitos mortais. A imprensa, que talvez tenha sido uma das motivações do assassino, sabe disso. Acontece que os jornais não podem deixar de noticiar tais fatos.Não que o Islã em si tenha sido o responsável último pelo massacre no Rio. Mas o gesto de Mohammed Atta, decorrente do ódio muçulmano ao Ocidente, certamente sim. As motivações do ataque estão sendo atribuídas – por sociólogos, psicólogos e outros ólogos – a um conceito ianque, importado dos States, o tal de bullying, que a imprensa nacional sequer teve o pudor de traduzir. Qualquer gesto de violência que foge à lógica é hoje atribuído ao bullying. Convenhamos: se toda criança que sofreu humilhações na infância fosse um potencial assassino, o mundo todo seria um imenso festival de massacres.A razão da matança deve ser buscada um pouco mais atrás, em um distante 11 de setembro. Que tem, sem dúvida alguma, uma digital do Islã.
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