terça-feira, 4 de outubro de 2016

ERA UMA VEZ...
João Eichbaum

O Partido dos Trabalhadores, nasceu pequeno e bem intencionado, porque tinha um programa voltado para os trabalhadores. Mas de trabalhador, salvo esse programa, nunca teve nada. Agregou, isso sim, líderes sindicais, que de trabalhadores só têm o nome: são gente que se aproveita dos verdadeiros trabalhadores, para viver bem, sem trabalhar.

Desgarrados da política, aqueles fujões, que tentaram alcançar o poder através das guerrilhas, dos assaltos a bancos e de outras maldades, quando retornaram para o Brasil viram no PT a chance que as armas não lhes tinham proporcionado. Juntando seu faro de raposas políticas às lideranças sindicalistas, chegaram a arrebanhar trinta por cento do eleitorado. A partir daí começou a se firmar.

Quando atingiu o auge do poder, conquistando a Presidência da República, o PT deu de cara com a galinha dos ovos de ouro. Começou comprando políticos sem caráter, donos de imensos currais eleitorais no norte e nordeste do país, primeiro com cargos, depois com dinheiro a rodo.

E deu no que deu: meteu a mão nas riquezas do país, enquanto distraia os pobres com programas assistenciais. Mas, à medida que avançava com os tentáculos do poder em toda a nação, inclusive nomeando ministros do Supremo Tribunal Federal como nenhum governo o fizera antes, o PT perdeu o senso de escrúpulo, de vergonha, de honestidade, deixou de enxergar os limites entre a moral e política.

Aí, surgiram Sérgio Moro, a Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal e as eleições. O resto da história, que terminou com os trinta por cento, virou manchete desde domingo...


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