ERA UMA VEZ...
João Eichbaum
O Partido dos Trabalhadores, nasceu pequeno e
bem intencionado, porque tinha um programa voltado para os trabalhadores. Mas
de trabalhador, salvo esse programa, nunca teve nada. Agregou, isso sim,
líderes sindicais, que de trabalhadores só têm o nome: são gente que se
aproveita dos verdadeiros trabalhadores, para viver bem, sem trabalhar.
Desgarrados da política, aqueles fujões, que
tentaram alcançar o poder através das guerrilhas, dos assaltos a bancos e de outras
maldades, quando retornaram para o Brasil viram no PT a chance que as armas não
lhes tinham proporcionado. Juntando seu faro de raposas políticas às lideranças
sindicalistas, chegaram a arrebanhar trinta por cento do eleitorado. A partir
daí começou a se firmar.
Quando atingiu o auge do poder, conquistando a
Presidência da República, o PT deu de cara com a galinha dos ovos de ouro.
Começou comprando políticos sem caráter, donos de imensos currais eleitorais no
norte e nordeste do país, primeiro com cargos, depois com dinheiro a rodo.
E deu no que deu: meteu a mão nas riquezas do
país, enquanto distraia os pobres com programas assistenciais. Mas, à medida
que avançava com os tentáculos do poder em toda a nação, inclusive nomeando
ministros do Supremo Tribunal Federal como nenhum governo o fizera antes, o PT
perdeu o senso de escrúpulo, de vergonha, de honestidade, deixou de enxergar os limites entre a moral
e política.
Aí, surgiram Sérgio Moro, a Procuradoria Geral
da República, a Polícia Federal e as eleições. O resto da história, que
terminou com os trinta por cento, virou manchete desde domingo...
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