DA TEMPESTE
Carlos
Maurício Mantiqueira*
“Da tempeste il legno infranto,
se poi salvo giunge in porto,
non sá più che desiar.
Così il cor tra pene e pianto,
or che trova il suo conforto,
torna l'anima a bear“
se poi salvo giunge in porto,
non sá più che desiar.
Così il cor tra pene e pianto,
or che trova il suo conforto,
torna l'anima a bear“
Nós, descendentes de ilustres marinheiros, que um dia
descobriram uma “ilha”, de Vera Cruz, sigamos os exemplos avoengos.
Percebendo o engano de pensar ilha uma vasta terra,
rebatizaram-na de Santa Cruz.
Mais tarde, quase por intuição, o coração ardente de seus filhos
passou a chamá-la de Brasil.
Vencemos as tempestades!
A mais poderosa nau de sua época, a “Santíssima Trinidad” depois
de perder todos os mastros na batalha, rendeu-se. Seu comandante , Cisneros,
entregou a espada, que, por sua coragem e altivez, é até hoje guardada no museu
dos vencedores.
Tão magnífica era a tecnologia da belonave que os captores
decidiram rebocá-la até sua pátria para estudar suas técnicas construtivas.
A ira dos céus frustro-lhes o plano. Veio uma tempestade que os
obrigou a cortar as amarras sob pena de também eles naufragarem.
Nós que sempre arvoramos a bandeira da Cruz, em mar e terra,
nada temos a temer.
As palavras comovem mas o exemplo arrasta.
Caxias, Tamandaré, Barroso e mais tarde, Eduardo Gomes deixaram
a maior das heranças: a Honra.
Seus discípulos não fraquejarão na hercúlea tarefa de libertar o
país de rapinas e traidores.
*Carlos
Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total
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