quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

SUTILEZAS PÓS NATALINAS

Carlos Maurício Mantiqueira*

Um saudoso professor insistia na correta pronúncia das palavras:

"Babador é o infante que baba; a peça de seu vestuário destinada a recolher a saliva é o babadouro!”

Por falar em vestuário, o adequado a cada ocasião, é chamado em castelhano (espanhol) de “atuendo”, em inglês, de “attire” e, em francês, de “tenue”.

Em português, chamamo-lo de traje, fatiota, modelito ou figurino.

No começo do século vinte, havia uma musiquinha que tratava da elegância dos homens que passeavam na Avenida Central (hoje, Rio Branco) na capital federal (então, o Rio de Janeiro):

"Todo catita, vai pela avenida, cartola escolhida e luvas de pelica...”

Já nos anos vinte daquela centúria a moda havia mudado.

Hoje em dia, mal se reconhece o “bicho” que vai dentro de um “jeans” rasgado e uma camiseta regata, barba por fazer, e sandália de dedo.

A moda lixo igualou os “niños bien” aos “zé manés”.

Na era da pasteurização global, do pseudo luxo de massa (fake), talvez só a linguagem (a maneira de se expressar) nos permite distinguir uma pessoa bem educada de outra, xucra.

A moderna gastronomia, por sua vez, é um escárnio à civilização.

Muitos voltaram a comer com as mãos!

As “iguarias” são de dar asco.

Entrincheiremo-nos no feijão com arroz, batata frita e bife.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total



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