SUTILEZAS PÓS NATALINAS
Carlos
Maurício Mantiqueira*
Um saudoso professor insistia na correta pronúncia das palavras:
"Babador é o infante que baba; a peça de seu vestuário
destinada a recolher a saliva é o babadouro!”
Por falar em vestuário, o adequado a cada ocasião, é chamado em
castelhano (espanhol) de “atuendo”, em inglês, de “attire” e, em francês, de
“tenue”.
Em português, chamamo-lo de traje, fatiota, modelito ou
figurino.
No começo do século vinte, havia uma musiquinha que tratava da
elegância dos homens que passeavam na Avenida Central (hoje, Rio Branco) na
capital federal (então, o Rio de Janeiro):
"Todo catita, vai pela avenida, cartola escolhida e luvas
de pelica...”
Já nos anos vinte daquela centúria a moda havia mudado.
Hoje em dia, mal se reconhece o “bicho” que vai dentro de um
“jeans” rasgado e uma camiseta regata, barba por fazer, e sandália de dedo.
A moda lixo igualou os “niños bien” aos “zé manés”.
Na era da pasteurização global, do pseudo luxo de massa (fake),
talvez só a linguagem (a maneira de se expressar) nos permite distinguir uma
pessoa bem educada de outra, xucra.
A moderna gastronomia, por sua vez, é um escárnio à civilização.
Muitos voltaram a comer com as mãos!
As “iguarias” são de dar asco.
Entrincheiremo-nos no feijão com arroz, batata frita e bife.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total
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