quinta-feira, 8 de março de 2018


A CEGONHA SEM VERGONHA

Carlos Maurício Mantiqueira*

Aliada à peçonha que escravizar-nos sonha, essa ave enfadonha, quer levar no bico dona Onça. Criou até mistério da seguronça!

A proposta é fictícia e servirá para criar milícia nos moldes de um regime maduro, em briga de foice no escuro.

A verdade nua e crua é que o branco cisne mal flutua e o pessoal que “avua” há muito não senta a púa. Virou uber de vagabundo pra levá-los da esquina ao fim do mundo, porque se entrarem em vôo de carreira, na certa dá besteira.

Resta, assim, apenas a felina que resiste a duras penas à campanha de difamação. A população pede socorro e por isso subirá o morro.

Tentando desmoralizá-la, reconstroem-se as barricadas, na véspera removidas.

Um belo dia, para evitar esses fardos, chamará  seus leopardos. Posiciona-los-á em frente à favela, onde a vida não pode ser bela.

Um outro, em frente ao edifício que preside o panarício.

Outros mais, pelos pontos cardeais, onde um bando de insanos defendem os direitos dos manos.

Os que leram Sun Tzu sabem que tomarão na rima e que na hora H de nada valerá a proteção do efecêgagá.

Agora é tempo de minueto; após, andante maestoso con alcuna licenza.

O povo já perdeu a paciência e a felina não terá clemência.

Acabará a suruba e o gato, retirado da tuba.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total


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