sexta-feira, 23 de março de 2018


O PODER E SEUS INSTRUMENTOS

João Eichbaum
Política e religião se identificam essencialmente no seu objetivo: o poder. Mas se identificam também nos meios de que fazem uso para chegar até lá: a violência ou a sedução, tomando o poder pelas armas, ou engambelando o povo com promessas de felicidade.
Não há como negar isso. Tanto a história que já se tornou passado, quanto a realidade que se constrói no presente são cimentadas por fatos inegáveis nesse sentido. A inquisição e as cruzadas promovidas pela Igreja Católica, assim como o terror espalhado por alguns setores do islamismo são fatos para cuja negativa não existem argumentos.
Hoje a Igreja Católica mudou um pouco de tática. A violência já não é explícita, física. O que permanece é a tortura psicológica, a retórica do medo do inferno. Mas, ao lado dessa ameaça anda a sedução, com a promessa da felicidade eterna.
Já na política quase nada mudou. As guerras, inventadas desde que o mundo é mundo, continuam presentes. Além delas, ainda há o terror explícito, praticado por alguns Estados  islâmicos, onde as duas, a política e a religião, se fundem no braço forte do poder.
Aqui no Brasil, se faz política com religião. A Igreja Católica construiu os fundamentos do PT com a lavagem cerebral usada nas chamadas “comunidades eclesiais de base”.
Líderes religiosos, se valendo e distorcendo lições originadas de um lunático que se dizia filho de Deus, vivia de expedientes e se voltava contra o poder eclesiástico judaico, fundiram o chamado cristianismo com o socialismo de extrema esquerda.
Daí nasceu o PT. O cordão umbilical que o liga à Igreja Católica contaminou seus integrantes com uma devoção religiosa tal, que faz deles energúmenos, cegados pela idolatria dedicada a um sujeito conhecido como Lula. Não fugiram às origens. Fizeram como o “povo de Deus” que, não podendo viver sem um ídolo visível, construíram o seu bezerro de ouro.
 E tal é a força dessa religiosidade, que ela se sobrepõe, na escala axiológica, ao ordenamento jurídico, cuja missão deveria ser a construção do valor Justiça: batizados na religião petista, ministros do Supremo jamais se tornam infiéis e amam aos mais próximos como a eles mesmos. São os sumos sacerdotes do petismo.

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