NOBEL
DA PAZ? O QUE É ISSO?
João
Eichbaum
Logo
quem: um brasileiro e um argentino, convencidos de que são grande coisa, se
achando melhores do que ninguém, se imaginando com a autoridade de quem está
apto a presidir o juízo final, quiseram dar um carteiraço na Polícia Federal de
Curitiba.
Adolfo
Perez Esquivel, um argentino que, no século passado, encheu os bolsos com
aquela grana preta que o parlamento sueco distribuiu a quem lhe cai do gosto, e
Leonardo Boff, um cara que deixou de ser padre para fazer menos do que o nada
que fazia antes, chegaram na Polícia Federal com aquele jeitão: você sabe com
quem ta falando?
Ambos
queriam visitar o Lula. Mas, sem entrar na fila, sem serem apalpados por
policiais grandalhões e musculosos, sem se sujeitarem ao que determina o art.
41, inc. X da Lei 7.210, de 11 de julho de 1984, conhecida como Lei das
Execuções Penais. Não levaram, claro: trombaram com o fortaleza da lei,
representada pela juíza Catarina Moura Lebbos.
Diz
a lei, expressamente, que constitui direito do preso “visita do cônjuge, da
companheira, de parentes e amigos em dias determinados”. Quer dizer, há regras.
Regras são feitas para serem obedecidas e a primeira autoridade a zelar pelo
cumprimento da lei é o juiz. Imagine-se: com a multidão de fãs que tem o Lula,
o que aconteceria se não houvesse tais regras?
“Prêmio
Nobel da Paz”...Uma picaretagem internacional que até hoje não resolveu e
jamais irá resolver um problema criado e sustentado pela própria natureza do
animal homem: a violência. Nem um mito chamado Jesus Cristo conseguiu tal
milagre.
Quem
instituiu o prêmio Nobel da paz foi exatamente o inventor da dinamite, que
destrói a paz, o sueco Alfred Nobel. Ao criar o galardão, outra coisa ele não
pretendeu senão comprar a paz para si mesmo, tentando abafar os ruídos
ensurdecedores de sua consciência.
Agora
é tarde: a paz será sempre uma utopia, enquanto houver homens sobre a face da
terra. Só deslumbrados sem noção podem dar valor a essa cruel antinomia.
Felizmente entre eles não conta o nome da doutora Catarina Moura Lebbos, juíza
federal das Execuções Penais em Curitiba que não acredita em contos da
Carochinha, em papos furados de padres arrependidos, mas cumpre o seu papel,
obedecendo ao que a lei determina.
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