segunda-feira, 8 de junho de 2009

LULA e JOBIM, LONGE DE MIM
João Eichbaum

Outro dia comentei sobre os palpites furados do Lula e seu ministro Nelson Jobim acerca do acidente com o Airbus da Air France. Dizia eu que eles não tinham que abrir a boca sobre um assunto que nenhum dos dois domina, porque a área deles é outra, a da politicagem, nas quais são doutores, obtiveram, cada um a seu modo, o diploma maxima cum laude.
Recordando: o Lula, mostrando que sabe tudo sobre tecnologia de prospecção, mas nada sobre mensalão, disse que o Brasil encontra petróleo a seis mil metros de profundidade, de modo que é uma barbada encontrar um avião a quatro mil metros. O Jobim ocupava microfones e toda a televisão da gente, com aquela cara que (não me perguntem por que) sempre me faz pensar numa vagina de égua, para dar explicações técnicas a respeito das buscas que os aviões da FAB e os navios da marinha brasileira faziam.
De repente, aconteceram coisas que não estavam no script do Jobim: os objetos encontrados em alto mar e a mancha de óleo detectada no oceano não tinham nada a ver com o Airbus da Air France.
Pois vocês sabem o que fez o Jobim?
Sumiu. Isso, sumiu. Desapareceu das telas, dos microfones e dos jornais. Desculpa dele: problemas de saúde.
Ué! Um dia antes ele estava bem falante, dono da verdade, ministro da defesa do país mais avançado do mundo, um país que domina a tecnologia como nenhum outro. E ele, o ministro da defesa, entendia tudo de avião, de oceano, de tecnologia de prospecção.
Volto a perguntar: por que é que ele não ficou na dele?
Mas também respondo: porque ele queria aparecer para o país inteiro e para o mundo como o senhor de todas as coisas no céu e no fundo do oceano, porque sua maior aspiração é ser presidente deste país, que atualmente é (des) governado por um torneiro mecânico, em cujo currículo há muitos benefícios do INSS.
Afinal, ele já foi deputado, já surrupiou o sino da Faculdade de Direito da URGS, já enganou meio mundo com a Constituição de 1988, porque não pode ser presidente desta república, da qual até o José Sarney já foi o mandante maior?
Pois é, na hora do pega pra capá, ele sumiu. E só apareceu fantasiado de milico em São Borja, pra mais umas explicações furadas, enquanto deixava para a França, mais uma vez, a certeza de que este país il n’est pa sérieux.
Mas vocês não perdem por esperar. Agora que as buscas da Marinha e da Aeronáutica começaram a dar resultado, vai voltar para a tela da televisão aquela cara de vagina equina.

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