A FAMILIA SARNEY
João Eichbaum
Roseana Sarney, filha de José Sarney, mais famoso pelos escândalos no Senado do que por qualquer outra coisa, tem história. Começou, exatamente no Senado, em 1980, como funcionária contratada. Ou seja, sem prestar concurso. Mas foi efetivada, em 1986, ela e outros filhos de políticos, através de um ato secreto, como assessora técnica.
Isso quer dizer que os atos secretos já datam de longo tempo. Não é de agora que o povo vem sendo enganado pelos Sarney.
A segunda nota negra no currículo da Roseana é aquela dinheirama que foi encontrada no escritório do marido dela, ou coisa que o valha. Ninguém mais falou do tal dinheiro. Ficou o dito pelo não dito e até agora não se sabe a origem nem o destino da grana.
Agora, mais duas. Um sobrinho da Roseana mora na Espanha, mas recebe remuneração como funcionário do Senado. O mordomo da Roseana também é pago pelo Senado.
Enquanto isso, a Roseana se tornou governadora do Maranhão, graças à Justiça Eleitoral., não sem antes debitar na conta dos contribuintes sua conta de telefone particular em Brasília, mais de vinte e um mil reais.
Com todo esse currículo, qualquer pessoa com vergonha na cara desapareceria, se esconderia, não iria mais ser vista. Mas a Roseana, ao contrário disso, mostra que tem a melhor qualidade para ser política: a desfaçatez. O que não é de se estranhar, porque deve tê-la herdado do pai.
Enquanto isso, aqui no Rio Grande do Sul, os energúmenos querem a cabeça da tia Ieda por conta de dinheiro recebido na campanha eleitoral. Dinheiro que não é do contribuinte, diga-se de passagem. Mas esses mesmos energúmenos, cujo grande chefe está na presidência da coisa pública, nem tocam no nome da Roseana. Ela deve encarnar o modelo de ética que eles perseguem. Tanto que o Lula não se peja de vir a público defender o Sarney, como defendeu a farra das passagens aéreas.
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