MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM PRECISA
João Eichbaum
A origem da organização da sociedade é o poder. E a origem do poder é o próprio homem, naturalmente.
No curso da evolução da espécie humana, que é constante, ainda não foi possível definir, concretamente, como fato histórico, as primeiras manifestações de poder: onde, como e quando o poder se impôs pela primeira vez, na história da humanidade.
Aquilo que hoje chamamos de liderança sempre existiu, como um dos fatores coadjuvantes da seleção natural da espécie.
É permitido supor que, ao magnetismo pessoal, à arte de convencer – ingredientes básicos da liderança – tenha precedido a força física, a imposição do poder pela violência.
Seja como for, a liderança, a supremacia de uns seres sobre os outros é o mais antigo componente da história do homem.
O medo, a fraqueza, a conveniência, a apatia sempre cederam espaço para a força, para o exercício do magnetismo pessoal, para a imposição de interesses determinados.
A partir dessas considerações, se pode afirmar que a primeira liderança, na espécie humana, foi imposta pelo medo. Sem outra forma de se comunicar, a não ser pela violência, o homem primitivo, por isso mesmo, não tinha outro modo de se impor, de se alçar acima de seus pares, senão através do medo.
E tal como acontece entre os irracionais, os animais racionais sentem medo, movidos pelo instinto de sobrevivência, o mais forte de todos os instintos na espécie animal.
Assim, os mais ousados se impunham pelo medo, enquanto os mais fracos obedeciam, faziam tudo o que o líder ousado determinava: caçavam e coletavam por ele, garantiam a sobrevivência dele, enquanto ele próprio só desfrutava do poder.
Da violência o homem nunca se livrou, exatamente porque nunca se livrou do medo: como um cordeirinho entrega todos os seus pertences, sua mulher e até sua filha ao malfeitor que o põe na mira do revólver.
Essa é a violência não oficial.
Da violência oficial a mais conhecida hoje em dia é a praticada pelos irmãos Fidel e Raul Castro, amicíssimos do Lula. Mas além dela temos também a violência fiscal, que nos ameaça com cadeia, se não pagarmos os impostos, para que os do MST e os do bolsa- família possam viver sem trabalhar.
Conclusão: da violência praticada pelos “líderes”, seja sob que forma for, nunca nos livraremos.
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