sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

CRÔNICAS IMPUDICAS

OS CARAS DE PAU
João Eichbaum

A OAB, finalmente, vai fazer alguma coisa que preste: quer ajuizar ação de inconstitucionalidade da lei que concede pensão vitalícia aos ex-governadores do Estado, bem como às suas caras metades sobreviventes.
Ouvidos alguns dos beneficiários, a gente não sabe se ri ou se chora.
O Pedro Simon, esse senhor que outra coisa não faz na vida há quase sessenta anos, senão política, isto é, nada, se saiu com essa: com os “míseros” subsídios de senador, que incluem passagens aéreas, refeições, contas de telefone, moradia, além de gratificações por sessões extraordinárias, etc. ele não conseguia pagar as contas, por isso teve que se valer também da pensão de ex-governador.
Ora, senhor Pedro Simon, conte outra, vá chorar em outra freguesia. Se o senhor, com tudo pago, recebendo liquido por volta de dezessete mil reais, não consegue pagar as contas, me diga, o que resta para quem ganha salário mínimo? E, além disso, o senhor prova que não sabe administrar nem o orçamento pessoal. Como é que foi “governador”?
O Collares, Alceu Collares, foi pior. Saiu atropelando a OAB, com os seguintes dizeres: “ se olhasse o umbigo, iam ver que crime estão cometendo com o exame da Ordem. É o maior absurdo da história do direito brasileiro. A Ordem dos Advogados, numa verdadeira reserva de mercado, toma a decisão de jogar no lixo as faculdades sob a alegação de que a quantidade de cursos prejudica a qualidade do ensino do direito”...
Tem alguma coisa a ver o cu com as têmporas, senhor Collares? Com essa pequenez de raciocínio como é que o senhor chegou a “governador”?
E o Tarso Genro que deve sua vida política à advocacia, se saiu com essa: “ nossa querida Ordem dos Advogados do Brasil, que esteve à frente de grandes questões constitucionais do país assume uma pauta de passagens aéreas de funcionários do TCU, que as utilizam para ir à sua casa e voltar. Ou então assume como pauta absoluta, na minha opinião de desconstituição do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, a questão dos salários dos deputados ou dos ministros”...
“Assumir uma pauta”... Que vernáculo, hein, senhor Tarso!
Mas como sempre, como político formado nas categorias de base do PT, fez o que todo o petista faz: um blá, blá, blá sem sentido, sem pé nem cabeça. No fundo, criticou a OAB porque ela aponta falcatruas e imoralidades e agora está querendo botar a mão no dinheirão que ele já conta para a aposentadoria.
Precisa dizer mais sobre os políticos, minha gente? Precisa dizer que eles não tem intimidade alguma com a moralidade? Precisa dizer que nenhum deles tem moral para criticar a quem quer que seja?
Sim, ainda é preciso dizer uma coisa: o que lhes falta em competência e moralidade eles compensam com safadeza.

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