Hugo Cassel – ABRAJET-SC
Alguns dias atrás, veteranos jogadores no Rio Grande do Sul, promoveram uma partida para arrecadar fundos e beneficiar um colega hospitalizado por amputação de um pé. É de imaginar o drama de alguém que tenha tido nos pés, o instrumento de seu trabalho e sustento da família, mesmo já tendo dependurado as chuteiras. O “matador” centro avante Kita, que tantas alegrias deu a tantas torcidas, jazia abatido, não por algum zagueiro grosso e malvado, mas sim por uma cirurgia errada numa lesão. Esse é apenas um entre tantos daqueles que jogavam a vida em cada lance. Que não acreditavam em “bola”perdida” e tampouco em “tirar o pé” nas repartidas. Não faziam isso por dinheiro. O salário era pequeno e não tinha nada desse absurdo de hoje chamado “direito de imagem”, “direito de arena”, e outros tantos “direitos” que transformaram jogadores de futebol em novos ricos em pouco tempo. O que havia era o compromisso de cada um em fazer o máximo pela camisa que vestia
RAÇA- Isso é o que pedem as torcidas dos clubes e, principalmente das seleções.
Mais de meio século de vivência dentro do futebol, como Presidente de Clube, narrador e comentarista, diretor, diploma de treinador e de árbitro me facultam afirmar que deixou de existir faz tempo, o “amor à camiseta” e, que aquele beijo que muitos jogadores fazem questão de mostrar na televisão. É falso. Algum empenho ainda existe em atletas de categorias inferiores buscando afirmação, mas estes também uma vez assinado um bom contrato, passam a poupar suas preciosas canelas.
Pensam no que podem perder se sofrerem uma lesão séria, mesmo sabendo que apesar disso não estão livres de prejuízos. Um exemplo é o atacante Adriano. Além do mais com salários enormes, gastam com brincos de diamantes, correntes de ouro carros importados e, a única raça que cultua normalmente é uma loira “de cinema” apaixonada por ele desde criancinha. O futebol está cheio desses “craques”.
DINHEIRO- Essa é a mola propulsora de empenho e raça no futebol. Não se espere
que a Seleção Brasileira na Copa America, com jogadores ganhando milhões se arrisquem a uma lesão que represente prejuízo financeiro. O volante Sandro dispensado e que voltou para a Inglaterra com previsão de cirurgia, perderá alguns milhões. Alem de desfalcar seu clube, eis que a CBF não paga um centavo da despesa. Assim que, “Se der para vencer tudo bem. Se não der é “levantar a cabeça” como dizem eles e, esperar pela próxima, quando tudo se repetirá. Sofredor fica o torcedor, mas para jogadores ganhando mais de um milhão por mês, esse “sofrimento” é bem mais suportável. Quem viu a correria da Venezuela contra o Paraguay , com garotos sub-20, ficou impressionado. Apenas o salário de um jogador brasileiro, paga os meninos por três meses.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário