João Eichbaum
Todo o primata humano se desenvolve ou, como se costuma dizer num jargão pra lá de batido, cresce, na medida de suas aptidões. As pessoas têm inclinações, sentem maiores facilidades para fazer algumas coisas e outras tantas dificuldades, talvez bem maiores, para outras coisas.
Um alfaiate, por exemplo. Um alfaiate, uma costureira, para mim, e para muitos de nós, são artistas, verdadeiros artistas, porque fazem coisas que nós, que não somos alfaiates ou costureiros, não fazemos.
Um pianista, que pessoa admirável é um pianista. E quem é que não gostaria de ser admirável?
No entanto, poucos são os pianistas, porque a maioria ou não tem aptidão para o teclado ou se dá mal com a partitura.
Fiquemos nesses exemplos, para demonstrar que a aptidão é que aperfeiçoa as pessoas, os primatas humanos, no exercício do seu papel como integrantes da espécie.
Essa aptidão é necessária, para o sucesso, em qualquer ramo de atividade.
Por exemplo, a atividade política. Qual é mesma a aptidão que torna certos políticos cada vez mais elegíveis?
Ora, bolas, todo mundo sabe: a aptidão para enganar, para mentir. O político que não sabe mentir, que não sabe enganar, não se elege ou, se for eleito uma vez, não o será uma segunda.
Exemplo típico é o Lula. Quando deputado saiu esbravejando por aí contra seus colegas, afirmando que o Congresso era composto por quinhentos picaretas. Enquanto os políticos se lembravam desse conceito que sobre eles fazia o mecânico Luiz Inácio, o dito não se elegeu. Quando, porém, a coisa caiu no esquecimento, o Lula não só foi eleito, como se tornou uma espécie de Messias da política brasileira. Não porque fosse honesto, sincero, como na vez em que disse que os deputados não passavam de picaretas.
Não. Ele se tornou carismático, porque não teve o mínimo escrúpulo com o dinheiro público: distribuiu-o para os “picaretas” em troca de apoio e para o pessoal do nordeste, por onde começou essa instituição conhecida como “bolsa-família”.
E saiu como herói. E elegeu a Dilma.
Só que a Dilma nunca foi eleita para coisa nenhuma. E vocês sabem por que? Porque ela era uma política por convicção de idéias, porque acreditava no comunismo. E isso só não lhe bastaria para ser eleita, porque lhe faltava o ingrediente da safadeza.
Mas, na sombra do Lula e com o dinheiro público, que o Lula tinha na mão, ela foi eleita. Ele mentia, o povo acreditava nele e a Dilma foi eleita.
Agora, a Dilma demonstra que não tem aptidão para a política. Começou fazendo faxina e aí não agradou os picaretas, demonstrando, para quem ainda não acreditava nisso, que, para ser político, tem que ser desonesto apadrinhando a corrupção.
Se ela não distribuir “mensalão”, direta ou indiretamente, nada feito. O Brasil continuará como está, jogando fora o dinheiro de quem trabalha, para enriquecer políticos, ou para acomodar preguiçosos.
A menos que ela, a Dilma, esqueça que é presidente da República, e se convença de que sua aptidão é para faxineira.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
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