João Eichbaum
Vocês sabiam da existência de uma tal de COORDENAÇÃO GERAL DA DIVERSIDADE RELIGIOSA DA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA?
Pois é, existe. E com esse nome pomposo só podia ser coisa do governo petista. E também só podia ser coisa do governo petista por duas outras razões, para empregar a companheirada e tirar o nosso dinheiro.
A coordenadora geral da dita Secretaria é a “companheira” Marga Ströher, que veio a São Leopoldo para participar de Seminário de Diversidade Religiosa, promovido pela Faculdade EST, na tarde de quarta-feira passada.
Olhem só o discurso da companheira: “o que discutimos é que a religião tem um potencial nas políticas públicas e na cidadania, por isso é preciso combater a intolerância a culto religioso”.
Então, fundamentalmente, a questão é política. A religião, no dizer da “companheira”, tem influência na política e por isso é necessário preservá-la contra a intolerância religiosa – que até hoje não mostrou as caras, fechando estradas, invadindo propriedades privadas, atravancando o trânsito, devastando plantações, protestando contra a divindade, etc.
Claro, é exatamente como o PT gosta. A matéria prima com que o PT trabalha é a massa de manobra, a mesma massa em que investem as religiões para prometer o céu, o perdão dos pecados, a conversa com os entes do além, a cura das doenças, etc, E como ninguém é de ferro, para tudo isso o custo não passa de exíguas côngruas.
A diferença reside no seguinte: enquanto as religiões usam o dinheiro dos crentes para custear as viagens do Papa, as riquezas do Vaticano, o poderio econômico, enfim, das Igrejas Católica e Protestante, e a vida nababesca, as redes de televisão e muitas outras fontes de arrecadação do Edir Macedo e de outros bispos e bispas menos votados, o PT usa o nosso dinheiro, o dinheiro que nós, os que trabalhamos (muitos dispensando Deus) somos obrigados, sob pena de execução ou até de prisão, a entregar para o governo.
Quem nos informa isso é a própria “companheira” Marga Ströher: “estamos percorrendo cidades do país desde o início desse semestre e a nossa intenção é dialogar e criar um Conselho Nacional de Promoção da Diversidade Religiosa”.
Quer dizer, diárias e passagens aéreas, para percorrer o país, “dialogando” às nossas custas. Depois, jetons para os membros do tal de Conselho Nacional. Tudo debitado em nossa conta.
Tudo isso seria até admissível num país em que, para que fossem respeitados os fundamentais direitos humanos, não houvesse miséria, desemprego, gente dormindo nas ruas, filas de SUS, falta de hospitais, de escolas, de universidades públicas, e no qual o sistema carcerário fosse eficiente e a segurança mais eficiente ainda. Ai, com o dinheiro que sobrasse, funcionários públicos concursados poderiam viajar para defender os cultos religiosos contra os perigosíssimos e incessantes ataques dos ateus, para discutir abobrinhas e para a criação de Conselhos Nacionais de Abobrinhas.
Mas, por ora, não. Temos necessidades essenciais que estão longe de ser supridas, e não se tem notícia de ataque algum contra os cultos religiosos, cuja linha de ação é a mesma dos políticos: prometem o que não podem cumprir.
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