João Eichbaum
O meu amigo, o corajoso e polêmico Luiz Francisco Corrêa Barbosa,
mais conhecido como “Barbosinha”, foi barrado no Supremo Tribunal Federal.
Nomeado e constituído defensor do ex-deputado Jeferson, um dos denunciados no processo do mensalão, o “Barbosinha” teve seu ingresso obstado naquele
“Olimpo da Justiça Brasileira”, porque estava de calça “jeans”.
Quer dizer, não passou na “triagem”, que está a cargo dos
seguranças.
Sim, minha gente, o seguimento do processo, no Supremo
Tribunal Federal, depende dos seguranças. Qualquer julgamento só terá a
participação de advogados, se o permitirem aqueles funcionários. Ou seja, o
exercício profissional da advocacia depende deles.
O “Barbosinha” não
estava trajado de acordo com o Código de
Processo Penal dos seguranças, que deve ser um figurino. Quem decide, em primeira instância, sobre
o “direito de defesa”, no Supremo Tribunal Federal, são os seguranças.
Sem os seguranças, ó, nada feito: o réu não tem direito à
defesa, através de defensor constituído.
Em outras palavras, sem passar pelo crivo da segurança, o
réu, no Supremo Tribunal Federal, não terá direito à defesa.
E tudo isso porque as “normas” do Supremo Tribunal Federal, estão acima da lei. Mais do que isso: estão
acima da Constituição Federal.
A Constituição Federal assegura o pleno direito de defesa,
mas o SupremoTribunal Federal, limita esse direito: depende do modelo de calça
usado pelo defensor do réu. Se não for de acordo com o “modelito” desenhado
pelo Tribunal, nada feito.
O Poder Judiciário é um circo. Ele arma o palco. Seu objetivo
principal não é a justiça, mas o
espetáculo, a pompa, a aparência. Os atores devem estar vestidos de acordo com a moda, segundo o figurino do Supremo Tribunal Federal, que encarrega os seguranças
de fiscalizar o elenco. Não é a lei que conta, mas sim a avaliação dos seguranças.
Como “criadores de moda”, não tenho dúvida de que os
ministros do Supremo são grandes juristas.
Um comentário:
Convenhamos, bloguista João Eichbaum, mesmo discordando do procedimento do Supremo, que o advogado em questão poderia ter evitado esse incidente, que poderia prejudicar seu cliente.
Nãoestou gostando desse controle do blog, às vezes é muito difícil mostrar "que não sou um robô".
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