A
INQUISIÇÃO E O EXÉRCITO ISLÂMICO
João
Eichbaum
O
Exército Islâmico faz hoje o que a Inquisição fez ontem. A mesma sanha de
sangue, que alimentou Javé desde o começo do mundo, a tem Alá. Ambos, para
todos os efeitos, são deuses, conhecem todas as coisas da vida e da morte – no
dizer de seus seguidores.
Talvez
tenham a mesma identidade. Mas é distinto o catecismo de um e de outro. Javé
promete a vida eterna para quem não desejar a mulher do próximo, seja ele um
crente, ou não. Alá não só permite comer a mulher do infiel, como promete umas
cinco mil virgens para quem matar os que não seguem sua cartilha.
O
Javé da Inquisição mandava matar a quem não acreditasse nele ou zombasse da
cruz. O mesmo faz o Alá do Exército Islâmico em relação aos infiéis, que zombam
do Profeta e desprezam as regras do califado. Só há uma diferença nesse mau
costume de mandar matar. Javé usava a fogueira. Alá prefere a tecnologia: bombas
e fuzis. Para casos singulares, o pescoço
é bem servido com uma baioneta afiada.
Assim
são os deuses inventados pelos homens: à sua imagem e semelhança, desprovidos
de grandeza, dignidade, consciência e respeito. E, como invólucro dessa
natureza miserável, um peito estofado de ódio.
O
ódio de Alá, que varreu Paris com um temporal de pânico e depois a deixou num
calado estupor, mexeu com o mundo, suscitando reações diferentes nos seguidores
das divindades islâmica e judaico-cristã. Mas o ódio é o mesmo: é o ódio do
homem, falsamente atribuído aos deuses por ele criados.
Um comentário:
Outras divergências a parte, basta-me, para o momento dizer : Uma segunda Idade Média, agora islâmica, não, jamais!
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