terça-feira, 17 de novembro de 2015

A INQUISIÇÃO E O EXÉRCITO ISLÂMICO

João Eichbaum

O Exército Islâmico faz hoje o que a Inquisição fez ontem. A mesma sanha de sangue, que alimentou Javé desde o começo do mundo, a tem Alá. Ambos, para todos os efeitos, são deuses, conhecem todas as coisas da vida e da morte – no dizer de seus seguidores.

Talvez tenham a mesma identidade. Mas é distinto o catecismo de um e de outro. Javé promete a vida eterna para quem não desejar a mulher do próximo, seja ele um crente, ou não. Alá não só permite comer a mulher do infiel, como promete umas cinco mil virgens para quem matar os que não seguem sua cartilha.

O Javé da Inquisição mandava matar a quem não acreditasse nele ou zombasse da cruz. O mesmo faz o Alá do Exército Islâmico em relação aos infiéis, que zombam do Profeta e desprezam as regras do califado. Só há uma diferença nesse mau costume de mandar matar. Javé usava a fogueira. Alá prefere a tecnologia: bombas e fuzis. Para  casos singulares, o pescoço é bem servido com uma baioneta afiada.

Assim são os deuses inventados pelos homens: à sua imagem e semelhança, desprovidos de grandeza, dignidade, consciência e respeito. E, como invólucro dessa natureza miserável, um peito estofado de ódio.

O ódio de Alá, que varreu Paris com um temporal de pânico e depois a deixou num calado estupor, mexeu com o mundo, suscitando reações diferentes nos seguidores das divindades islâmica e judaico-cristã. Mas o ódio é o mesmo: é o ódio do homem, falsamente atribuído aos deuses por ele criados.


Um comentário:

Gigi disse...

Outras divergências a parte, basta-me, para o momento dizer : Uma segunda Idade Média, agora islâmica, não, jamais!