PEQUENA HISTÓRIA DO BRASIL MODERNO
João Eichbaum
Lula, o metalúrgico, nem sempre foi
metalúrgico. Antes, fora apenas retirante, como a maioria dos descendentes de
portugueses e de holandeses do norte e nordeste. Ele veio para São Paulo, como
seus conterrâneos, à procura de emprego. Não teve sorte. Só arrumou serviço.
Mas, não trabalhou por muito tempo.
Arguto, e com um faro de cachorro pegador de lebre, ouviu falar num tal de
“auxílio-acidente”, que dava dinheiro sem trabalhar. Aí apareceu com o dedo
cortado. Livre do batente, teve tempo para entrar no funil da liderança
sindical, onde a garantia do emprego, sem trabalhar, operou nele o milagre de
discursar com a língua pegada.
Seus discursos de engambelar jumento atraíram
a atenção de outros animais sociais, fugitivos ou deportados, com instintos
indomáveis para o poder. Fernando Henrique, José Dirceu, José Serra e uma turma
inumerável de desocupados, que não precisaram cortar o dedo para ganhar sem
trabalhar, viram em Lula, o metalúrgico, a isca para apanhar toda a raça muar.
Quando achou que podia andar com as
próprias pernas, o espertalhão Fernando Henrique deixou a turma do chão de
fábrica e se aproveitou das furadas do janota Fernando Collor, para assumir o
poder, levando consigo a elite da esquerda, puxada por Serra. Até que deu
certo: a moeda brasileira se valorizou, deixando para trás o malefício da
inflação.
Mas aí o povo resolveu dar chance para a
esquerda do andar de baixo, que tinha Lula ainda como isca. A ele se juntou um
monte de mercenários políticos que, vendendo votos, pavimentaram a ascensão de
comunistas, energúmenos ou de ocasião, ao poder. Com a moeda estabilizada e a
economia bombando, Lula, o metalúrgico, conseguiu o que sempre buscou: emprego,
sem serviço.
O resto da história, todo mundo sabe.
Achando-se o senhor do trono, o metalúrgico o entregou para uma comunista, mais
conhecedora de armas do que de economia, e o país chegou onde está:
desembocando numa fossa, entupida de tal jeito, que a merda se confunde com o
ladrão.
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