sexta-feira, 29 de julho de 2016

A FAMÍLIA TEMER, NA SAÍDA DA ESCOLA

João Eichbaum

Na saída da escola, num cenário montado como roteiro de novela, Temer apareceu empertigado, metido em terno escuro, com camisa branca e uma gravata azul celeste, que decorava a curva de sua barriga de sete meses.

A Marcela Temer, que é recatada e do lar, botou o lindo corpo num vestido floreado, com generoso decote, mostrando o redondo superior daquela parte que faria um bêbado sair cantando: “em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte”.

E a imprensa, convocada como se fosse para noticiar uma façanha islâmica, ali estava com câmeras, potentes máquinas fotográficas, filmadoras e microfones, registrando o mais prosaico fato na vida de uma criança: a saída da escola.

Só que não era uma criança qualquer. Era o milionário Michelzinho, com apenas sete anos de idade, dono de um patrimônio a que nenhum operário qualificado, neste país, tem acesso, em trinta e cinco anos de serviço.

E lá estava ele, o Michelzinho, com uma cara de assustado feliz, no meio daquela pantomima, armada, segundo o dizer da imprensa, para enriquecer a imagem de Michel Temer, como um cidadão que se aproxima do povo, um paisano qualquer, que vai buscar o filho na escola.

Só que a demagogia não deu certo. Um homem que nunca foi do povo, não se transforma em homem do povo com uma cena montada e decorada. O cenário só serviu para tornar mais fundo o fosso entre o povo e o poder, a petulância e a humildade, a ostentação e a modéstia.

A vaia entoada pelos outros pais que esperavam os filhos, na saída da escola, e respingada na família Temer, representou a voz de todos os contribuintes. Foi a voz daqueles, de cujo trabalho se valem os próceres da República para ostentar um modo de vida, que é verdadeiro escárnio diante quem luta para sobreviver, sem segurança, sem saúde, sem educação e aturando safadezas políticas.


quinta-feira, 28 de julho de 2016

A OUTRA FACE DO BRASIL

Por Carlos Maurício Mantiqueira

Ignorada pelo desgoverno e pela mídia amestrada, temos uma sociedade ordeira, patriota e pujante.

A economia não engrena por causa da gangrena chama bancos.

Vamos aos trancos e barrancos.

A canalha goza da quarentena e tem uma vida amena.

Palhaços que se acham os tais, manjados desde outros carnavais. Pensam nos dar circos e não hospitais.

Em breve ganharão medalha de merda - na Olim-piada sem fim.

O deboche do canguru levará o prefeito a tomar na rima.

O pior para a equipe da Austrália é lidar com essa gentalha.

Votar para quê ? Escolher entre o ruim e o péssimo.

Deus queira que não haja atentados, mas se os houver, será um salve-se quem puder.

Toda corrente tem a força de seu elo mais fraco. Um boçal arruína todo o trabalho de prevenção. É o mundo cão!

E o povo massacrado, se queria os jogos, nunca foi perguntado.

A tocha ainda pode ter serventia: chamuscar o traseiro de tantos incompetentes.

O efeito parece ser mais contundente no rio de rabos ardentes.

A última esperança é ver dona Onça entrar na dança.

A felina tem seu bafo e “nosotros”, desabafo.

Até que nossa intervenção ponha ordem no mundo cão.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

FONTE: ALERTA TOTAL





quarta-feira, 27 de julho de 2016

 CHEIRO DE CIO NO AR

G. Della Quercia

  Hoje, seu Afranio saiu pela orelha, do Studio de Pilates. Dona Mercedes tolera suas escapadas para a Esquina do Cotovelo, no Calçadão, mas babar em cima de sirigaita loira, já é demais. Descaradamente, sem Jimo Cupim na cara. 
  Ouve-se por aí que Pilates é coisa pra veados. Ele, porém, se acha no ponto para pular a cerca e levar a vida como se fosse um viagra. O garanhão de cabanha premiada, sabia, como ninguém, dar a volta em Dona Mercedes. Mulher bonita, morena cor de jambo, olhos verdes como cuspida de chimarrão e um par de ancas a deixar cãibras em genitalia de marmanjo. E, o touro velho saiu pinçado direto pra casa, sem escala no Banco do Cotovelo. 
   Juntos há cinquenta anos, filhos no Exterior, a enorme casa é compartilhada com Melissa e Napoleão, Napinha, para os íntimos. Melissa foi beneficiada, Napinha escapou por pouco. Nos últimos dias, os dois transformaram em penico a sala de Dona Mercedes. Napinha mirava o alvo :perna alçada, era só lançar o esguicho. Pronto. Território demarcado, mesmo com o benefício feito. 
   Seu Afranio louco pra dar um tapa no visual e sair de fininho para a rua, disse que era cheiro de cio no ar. Mas logo passava. Era só questão de dias. Nada mais. 
   Cheiro de cio no ar. Dona Mercedes lembrou do vinho, do aconchego, do "entrelaçamento íntimo agudo", da malandragem da Natureza : o movimento cíclico das Estações. Inverno. Acasalamento. 
   Estaria a loira no cio? Bela. Nada recatada. Toda do bar. Pernas longas. Botas tipo Xuxa, Rainha dos Baixinhos. Salto 15. Pretas. Fêmea de passarela, mexia o corpo feito cobra do deserto : um rastro na areia quente. 
   Os olhos azuis chispavam. Sim. Eram azuis não verdes. Trocavam a cor por causa da raiva. A boca espumava. A corcovear, batia o salto na laje, sentindo comichão no meio das pernas. Rodopiava,  como a chave nas mãos de seu Afranio. 
   Brava. Raivosa, se achando cheia de graça, como a Virgem no dia da Anunciação. Estavam de brincadeira com ela. Só pode. 
   Explico: invadiu garagem alheia, assim como os machos invadiam suas entranhas. E, deu no que deu. 
   Chegou da farra com as amigas, dormiu até tarde. Tinha compromisso, hora marcada na Capital. Pulava. Sapateava. Espumava. E, o importado, câmbio automático ali, sem se mexer, colado na bunda do seminovo recém comprado. Não cobrava programas, apenas os quinhentos para o táxi. 
   Seu carro descansava na garagem da Pilateira de Dona Mercedes. Moça fina, bons modos, trabalhadeira. Mas não deixaria o trabalho para livrar a traseira do seminovo. 
   Foi assim que a chave do importado primeira linha, caiu de paraquedas na mão de seu Afranio. Mas ele só conhecia câmbio manual e a loira só guiava fusqueta. E, para o câmbio manual seu Afranio precisava de gasolina aditivada: viagra. E estava desprovido. Apenas babava. 
   Então sentiu a orelha arder: macho ele era, longe da mulher. Sem mais delongas se foi rua a fora, pinto encolhido dentro das calças. 
   Não sei a que horas a loira saiu com sua fusqueta. Mas seu Afranio tem certeza, não basta levantar a perna e esguichar. É  Dona Mercedes quem demarca território. 


terça-feira, 26 de julho de 2016

INSEGURANÇA

João Eichbaum

Os assaltos não têm limites. É dentro do ônibus, é na parada do ônibus. É na estação do trem, é dentro do trem. É dentro de casa, é na rua. É chegando em casa, é saindo de casa. É de madrugada, é em pleno dia, a qualquer hora do dia.

 Os assaltantes andam à solta, mas os cidadãos honestos estão presos, trancados em suas casas, presos ao medo, presos ao dever de respeitar os direitos dos bandidos, condenados a viver cabisbaixos e esfolados. Em nome dos direitos humanos, se permite que o MST e outros grupos criminosos se apoderem do alheio, destruam, agridam a natureza. Em nome não se sabe de quê, impede-se ao cidadão, que paga impostos, o direito de se defender.

Em nome da segurança, cassa-se ou se suspende o direito de locomoção por meio de veículo automotor, multa-se a quem trafega de faróis desligados durante do dia, proíbe-se a bebida alcoólica, invade-se, enfim, a esfera privada, a vida íntima do cidadão, sem lhe prestar um mínimo de segurança. Quer dizer: exige-se conduta correta em nome da segurança, mas dela não se presta conta.

Mas, contra a bandidagem ninguém faz nada. Entra governo e sai governo, e a situação só piora. O Executivo e o Legislativo só fazem política por política, e patrocinam a iniciativa de leis imbecis: respeitar o desrespeito dos homossexuais, submeter-se ao status superior de quem não se considera branco, usar faróis altos durante o dia, etc. O Judiciário, embriagado com o poder de mandar só pobres para a cadeia, se alinha à leviandade dos outros poderes, preocupando-se com a má situação dos presídios e os direitos dos bandidos.

Eis o retrato do Brasil: a pátria dos vagabundos, dos exploradores, dos incompetentes, dos corruptos, dos aproveitadores em nome dos partidos políticos, em nome da democracia, da cor da pele e dos apetites sexuais, em nome de Deus e das religiões. Esse quadro não vai mudar, enquanto não se mudarem os homens cujo perfil se ajusta exatamente a esse cenário em que prevalecem a imbecilidade, a patifaria e a irresponsabilidade.




segunda-feira, 25 de julho de 2016

ELIXIR PAREGÓRICO
Por Carlos Maurício Mantiqueira

O futebol sempre foi o ópio do povo. Outros esportes, não.

Só segura a tocha um “cumpanheiro” meio broxa.

Mas a sujeira da diarréia desta vez veio a jato. Lava-se com esguicho e inaudito capricho.

A Anta depois do empicho, vai pra lata de lixo.

Mil adjetivos busco, pra invectivar o molusco.

Um basta; é o que muita gente aposta pra definir o bosta.

Bilontra! Quem procura acha; malfeitos mil encontra.

O poltrão sentado na poltrona, já sabe que está na lona.

Sinfrônio de um só neurônio (o Tico; o Teco pediu as contas!) se crê blindado de antimônio.

“Estíbio és tibio !” Além de morno é corno de amantes, como na história deste país nunca dantes.

Pense em meditar bastante, na companhia do merdandante.

Reze pra Santa Cunegunda, a feia de cara mas boa de resto !

Como o jorobado corcunda (Quasímodo), o boi está quase imundo.

“Meu coração por ti gela, meus amores por ti são. Se já não posso amar ela, já nela não penso não.” Poesias como está, fá-lo-ão ganhar o Prêmio Juca Ganso (o intelectual do ânus).

Na falta de si (bemol) se empanturre de besteirol.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A BELEZA INCOMODA

João Eichbaum

O Brasil não tem rainhas. Imaginem se as tivesse. Olhem só o que aconteceu. Desde que o Michelzinho, aquele menino que tem um patrimônio de dois milhões de reais, e sua mãe, a bela e recatada Marcela Temer, que é devotada inteiramente ao lar, se mudaram para o Palácio Jaburu, tudo mudou em volta. É o que noticia a Folha de São Paulo.

O estacionamento público que há, nas proximidades da residência oficial de Michel Temer, respectivamente pai e marido das criaturas acima mencionadas, foi fechado. Jornalistas, por exemplo, têm que estacionar em espaços improvisados, sem chances de bisbilhotar o que se passa no Palácio.

Manifestações oficiais negam que as mudanças tenham sido feitas em razão da chegada da bela e recatada senhora Temer que, apesar de possuir diploma de bacharel em ciências jurídicas, pospõe a profissão de advogada aos afazeres de mãe e dona de casa.

É nisso que dá, ser bonita. As câmeras e máquinas fotográficas andam atrás das belas. Repórter nenhum se põe de tocaia para bater foto de mulher feia. A Dilma, que é o antônimo mais perfeito de mulher bonita, anda de bicicleta pelas ruas de seu bairro em Porto Alegre e ninguém dá bola.

Mas, em torno do Palácio Jaburu é diferente. Lá reside a dona de uma beleza que é capaz de triturar corações e não tem nada a ver com a beleza frívola das atrizes que todo mundo beija. E muitos jornalistas querem saber também como é, e como vive uma mulher bela, recatada e do lar, desfilando com passos de miss, na mansão do poder.

Pode ser mera coincidência. Mas, pelo sim ou pelo não, não será fácil botar nos jornais ou na internet a beleza de Marcela Temer, expondo-a como objeto de suspiros para corações partidos ou de companhia de qualquer um na solidão do banheiro. Mesmo que ela seja produtora da mesma matéria fecal produzida pelo mendigo da esquina.


quinta-feira, 21 de julho de 2016

ZARABATANA

Por Carlos Maurício Mantiqueira

Os dardos envenenados já estão preparados.

O tubo é quase despercebido. Não aciona o detector de metais.

Não faz barulho.

Resiste à chuva e ao mergulho.

Flup!!! e babau. Tchau pra vovozinha e pro lobo mau.

Na grande orquestra final, emulará a trompa, o trombone, o clarim, o clarinete, o corno inglês (por anglé)*, o saxofone, o pistão, a flauta e o pífaro.

Haja tuba pra tanta suruba!

Menos mal que ainda temos cordas. Bom corretivo pras hordas.

Medo os canalhas, só tem dos tambores que mandam tocar circunspectos senhores. Sugestões de leitura:

“Os Maias” por Eça de Queirós

“O noventa e três” por Victor Hugo

Para espantar o tédio até o desenlace, sugerimos também, alguns filmes:

“Ran”

“Ligações Perigosas

"A Batalha do Rio da Prata”

Nota:  *Aunque ciertamente se desconoce el origen de su nombre, parece ser que éste tiene un origen bastante peculiar; a pesar de llamarse "corno inglés", su origen no tiene nada que ver con Inglaterra. Se cree que se originó en Francia, con el nombre de cor anglé, es decir, ‘cuerno anguloso’, pues hace varios siglos se construía en forma ligeramente curvada .

Carlos Maurício Mantiqueira é livre pensador
Fonte: Alerta total


quarta-feira, 20 de julho de 2016


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO
Ela (a rainha Elisabeth da Inglaterra) era um "mulheraço", boa boca, peitos fartos e pendentes, esfregando no corpo,... Tudo no lugar, muita disposição... Na cama, podem ter certeza, "a maior piranhuda sem vergonha"...Uma delicia de rainha... A melhor Pin-up girl, E cabeça no lugar... Essa sempre foi uma mulher muito e muito inteligente... Nunca matou a galinha dos ovos de ouro...Ou digamos,,, O galo dos ovos de ouro...
Conheço, nesta vida de súditos da vida, muitos que a quem as apelidadas de "rainha" mataram e lhes tiraram o tesão de continuar tendo ovos para uma só rainha que virou meretriz da vida... E nem rainhas elas eram... Porque apenas o tempo faz uma rainha... Mas como explicar a quem o mérito se resume em lograr por meios torpes o que o engenho e arte não permitem? E ainda conseguem ser socialistas com bens em "Miami", ou outros lugares ricos de qualquer lugar... Deve ser por que têm vantagens diretas ou indiretas de quem é pelo socialismo do capital alheio...
Mas os filhos que ela pariu... PQP..


O que me preocupa é que ela (a Dilma) está reunida com o seu staff, a saber, a lavadeira, a passadeira, a cozinheira, e a diarista, todas mulheres , e mais o cabeleireiro que não é mulher, e lhe cobra todos os dias 5.000 reais pela manutenção da gadelha, para resolverem a situação turca... Dilma esta muito preocupada porque o golpe pode ser tao forte que se espalhe em chamas pelo Bósforo (ela desde que falou Bessias, se perdeu de vez e pensa que é Fósforo) e chegue até o Brasil para golpeá-la... ela está doida pra ser golpeada... ) Mas somos sádicos... não lhe daremos golpe... Ela que se golpeie se quiser...

terça-feira, 19 de julho de 2016

AS REAÇÕES DA NATUREZA

João Eichbaum

Desde o ato terrorista de 11 de setembro de 2001, o mundo não foi mais o mesmo. Quem costuma viajar de avião sabe disso: cada passageiro é tratado como se fosse um suspeito, um terrorista em potencial. Aqui no Brasil, desde ontem, vigora o sistema que considera todo mundo criminoso. E o único instrumento utilizado para afugentar o terror é o caos nos aeroportos.

O terror aumenta.  Nada o detém. Nem as penas, as condenações, entre elas as que atingiram alguns dos responsáveis pela derrubada das torres gêmeas com dezenas de mortos nos Estados Unidos. Só no ano passado foram mais de 13.000 atentados, segundo informa o jornal alemão Süddeustsche Zeitung.

Enquanto a filosofia, que comanda a política e a religião, tenta fazer do homem um animal inofensivo, religioso, moldável aos preceitos da convivência, respeitador fiel dos direitos humanos, a natureza reforça nesse animal, bípede e falante, a violência.

Esse ser, que é gerado entre fezes e urina e acaba em cinza e barro, tem motivos de sobra para nascer contra a vontade: começa berrando, chorando, como querendo dizer, não quero viver nessa merda de mundo. Mas ninguém entende, nem dá bola pra isso. O que importa, e é bom, é o joguinho de pega-pega dos óvulos e espermatozoides.

Como o mundo está cheio, sem lugar para tanta gente, a natureza, sentindo-se agredida, resolveu fazer outra coisa, aumentou a taxa de violência no bípede falante, zerou a testosterona viril nos machos e a ovulação fértil nas fêmeas. Resultado: 0x0.

Então fica assim: enquanto o homossexualismo não procria, o terror vai extinguindo a humanidade, já que os homens desistiram das guerras mundiais. E isso, por uma única razão: há gente demais no planeta terra, em quantidade que afronta a lei da natureza: depredar, para renovar. Cabe ao terrorismo, que mata, e ao homossexualismo, que reduz a vida ao prazer, a reversão ao estado natural das coisas: quanto menos gente no mundo, melhor será para a natureza.



segunda-feira, 18 de julho de 2016

PLANETACHO
tacho@gruposinos

AS NEIRAS

Hoje em dia tem pedágio até para quem viaja por via das dúvidas

Na política de hoje se fala mais em propina do que em propostas

Como diz o fabricante de calendários: dias melhores virão.

O Brasil está um pouco atrasado, mas um dia será como os Estados Unidos. Já chegamos aos tempos de Velho Oeste.

A fonte da eterna juventude é mentira a idade

O jóquei pediu um bife a cavalo

Vendeu o relógio para comprar o almoço... Sinal dos tempos 

O professor de origami tem que ter muito desdobre

O meu olfato me diz que as pessoas que  governam este País não têm visão

Aquela cantora tinha quatro seguranças. Ou melhor, leões de Shakira

Contaram uma piada para o masoquista. Ele riu de tanto chorar

Vulcão não tem pompa. Pompeia que o diga

NO BRASIL, SE CACHORROS USAM COLEIRA, ALGUNS GATOS JÁ ESTÃO DE TORNOZELEIRAS


sexta-feira, 15 de julho de 2016

BONECOS URDINDO CONTRA A ORDEM PÚBLICA

João Eichbaum

Numa manifestação de rua em São Paulo alguns dias atrás, gozadores apresentaram bonecos infláveis com caricaturas do Lewandowski e do Janot, respectivamente Presidente do STF e Procurador Geral da República.

A gozação encontrou irado desaguadouro no Supremo Tribunal Federal, que pediu providências à Polícia Federal, para responsabilizar os donos dos bonecos, dizendo que o ato teria representado “grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade de uma das principais instituições que dão suporte ao Estado Democrático de Direito, qual seja, o Poder Judiciário, com o potencial de colocar em risco – sobretudo se forem reiteradas – o seu regular funcionamento. Configuram, ademais, intolerável atentado à honra do chefe desse poder e, em consequência, à própria dignidade da Justiça Brasileira...

O pedido, assinado por Murilo Maia Herz, que invoca suas atribuições de Secretário de Segurança do STF, atropela comezinhas regras de Direito. Em primeiro lugar, nenhum subordinado pode tomar iniciativa em nome da instituição a que serve, sem a ordem ou a aprovação de seu chefe.

Em segundo lugar, não existe, no Código Penal, nenhum delito com o nome de “crime contra a ordem pública”, nem contra a “credibilidade” da Justiça. Ninguém é obrigado a acreditar no Judiciário. Os crimes que afetam a paz pública e a administração da Justiça têm outros nomes e tipificações que não se parecem com bonecos infláveis.

Em terceiro lugar, os crimes contra a honra de funcionário público (para quem não sabe, o senhor Lewandowski é funcionário público) só dão curso à ação penal mediante representação do ofendido e não através de pedido de subordinados seus.

Longe de preservar a autoridade do Judiciário, longe de estimular o respeito àquela instituição, a iniciativa tem efeito exatamente contrário: mostra o desconhecimento do Direito, a serviço de pessoas encarregadas de fazer justiça e das quais só se poderia esperar serenidade, sabedoria e equilíbrio.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

TRAGICOMÉDIA
Por Carlos Maurício Mantiqueira

O cabra da peste ouvirá música de celo com o mar bravio. De sua bomba já se acendeu o pavio.

Por outro lado, “nosotros” choraremos de tanto rir, com os acontecimentos que estão por vir.

Na pantomima haverá marchas e contramarchas. Talvez da fúnebre à militar. Quem é lúdico, pode apostar.

Peço vênia para emular D'Annunzio, o Príncipe de Montenevoso.

O sobrenome original era Rapagnetta. Que homenagem mais bela ao arcanjo anunciador de Maria!

No frigir dos ovos, surgirão personagens novos.

Não os de “Canti della guerra latina”, e sim os da guerra latrina.

A parte trágica é ver este maravilhoso país à deriva.

A cômica, será ver toda a classe política dançando Tico-tico no fubá, após ajoelhar no milho por ter saído do trilho.

Outro temas musicais:

- Boneca de empiche.

- Negociação entre entre Sparafucile e Rigoletto, na ópera de Verdi. Golden Tulip de então.


- Ah! mi tradia! ; ahimè !” trecho da ópera Luisa Miller, também de Verdi.

Aria :"Quando le sere al placido" - Ato 2 cena 3
Fontes:

Do Alerta Total- 12.06.2016
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.


quarta-feira, 13 de julho de 2016

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Americanos e chineses aumentaram suas frotas de submarinos no mar da China.
São pequenas noticias, sem maior pretensão de alarme... No entanto isto para mim é mais um alerta geral, porque a OTAN também teve que reforçar seu efetivo militar na fronteira com a Russia.
(Obama estava na Espanha e teve que voltar por causa de conflitos raciais... Pode ter sido sim... Se fosse desculpa seria excelente. É isto que quero dizer com "não me apanharem de surpresa"... Nada é o que parece)
Bom estar sempre "ligado".

Vamos reduzir esses impostos... No papo, na conversa, na cossa ou no relho e no laço... Eles sempre serviram para engordar o bandulho e a pança de políticos para se elegerem, reelegerem, e coçarem o saco no senado, na câmara e no juizado dos maiores...
Eles estão pouco se lixando, marimbando, estão mesmo "KHando &Andando" para o povo, e nossa democracia lhes permite isso, apoia e incentiva...
Fazer o quê ???
Acaso eles acham que vamos andar do ano novo até o Natal saindo para as ruas numa canseira danada, para nos ouvirem, eternamente????
Dia 31 do corrente... Corrente pra frente Brasil, Brasil..

Meninos e meninas eu vi...
Eu vi o Buçaco... Eu vi Napoleão ser derrotado... Eu vi Waterloo e eu vi o arbitro, o inglês Mark Clattenburg, como um Duque de Wellington orientando uma batalha final que tal como destas duas, saímos vitoriosos enquanto más línguas diziam que fugíamos dos franceses para o Brasil... Portugal covarde?
hahahahahahaha... Desde quando, francesotes ???

É com este espirito que as cachopas devem incentivar os 12 de Inglaterra, nos quais me incluo, para vencermos como sempre se vence em nossa historia..

terça-feira, 12 de julho de 2016

QUANDO SE PERDE O PAPEL NAS HISTÓRIAS DE DEUS

João Eichbaum

Vítima de uma loucura de amor prorrogada, mentiu, sem pestanejar, que era primo (primo irmão, emendou) da irmã Agnes. Aí, sem motivos para supor que ele não passava de um cretino, a freira o conduziu por um corredor escuro e frio, fedendo a fundo de baú antigo, até uma sala mergulhada em penumbra menos lúgubre. Lá, acomodadas em cadeiras de rodas, seis velhinhas, todas presas por um pedaço de pano que as impedia de estatelar-se no chão, vegetavam, de olhos parados e feições varridas pela indiferença.

Notando seu embaraço, a freira apontou uma delas e disse: é ela. Sem acreditar que aquela tinha sido a criatura de seus sonhos, a mulher que lhe tinha arrancado disparadas insanas do coração, ele se aproximou da velhinha indicada. E o que tinha sido paixão se transformou em piedade, sem passar pelo desamor.

Há mais de meio século haviam sido cúmplices: ele, seduzido pela beleza dela e ela, encantada com a magia dos dedos dele na arte de improvisar sobre o teclado. Dessa cumplicidade nascera o Coral das Meninas Órfãs, que era a atração da missa dominical da capela de Nosso Senhor Crucificado. Nas manhãs de sábado, ele deixava o cabaré por volta das cinco e meia, mas às oito já estava no convento, tocando órgão: jamais trocaria o sorriso da irmã Agnes por algumas horas de sono.

Aquele sorriso sem batom, que lhe roubava o ar e o fazia pensar em criaturas celestiais para espantar a concupiscência, combinava com som angelical da voz, sem a rouquidão das putas, que passavam a noite bebendo, fumando e arrotando azedo. Era o pagamento que lhe bastava para acompanhar o ensaio do coral das crianças, ao lado da irmã Agnes. Só por causa desse sorriso, que servia de moldura para uns olhos azuis, ele trocava a sanfona do cabaré pelo órgão da igreja. Até que chegou aos ouvidos da Madre Superiora a profissão dele: gaiteiro de cabaré. Desde então, nunca mais se viram.

Mas agora, mais de meio século depois, aqueles olhos azuis olhavam para o nada. Os lábios murchos só se mexiam com grunhidos incompreensíveis. Ela nem levantou para ele o olhar petrificado, quando o antigo gaiteiro de cabaré, já na ressaca da vida, tomou, pela primeira vez, suas mãos gélidas entre as dele, tartamudeando: “irmã Agnes...”

Então o assaltou a certeza de que ela havia perdido o papel nas histórias escritas por Deus. A irmã Agnes tinha sido despedida, sem justa causa, dos serviços divinos. Havia deixado de viver, sem saber que estava vivendo, e iria morrer, sem saber que estava morrendo. Mas, em compensação, estaria liberta da ilusão de entrar calma, plena e feliz no céu, quando desse o último suspiro, para lá esperar a ressurreição, no juízo final.





segunda-feira, 11 de julho de 2016

PLANETACHO
tacho@gruposinos

O feijão

Fofoca
Depois de uma relação de muitos anos, o feijão e o arroz se separaram. O feijão partiu para uma carreira solo.

A DIFERENÇA
Comparando com uma dupla sertaneja, é como se o feijão fosse o Bruno e o arroz o Marrone.

COMPLETA
Uma feijoada completa agora, só mesmo com um financiamento do BNDES.

FIQUE DE OLHO
Não se surpreendam se na próxima etapa da Lava Jato descobrirem algum político que andou recebendo propina em feijão.

NA ROÇA
O preço do leite também disparou. Vai ver que as vacas andaram pastando uma roça de feijão.

DEVER DE CASA
O menino chega em casa e diz para a mãe:
- Mãe, o meu tema de casa é fazer a experiência do algodão com o feijão...
- Vai tirar zero...

VAI DAR SAMBA
 Zeca Pagodinho que compôs “Você sabe o que é caviar?” já está pensando em algo parecido sobre o feijão.

DIÁLOGO  NA COZINHA
A panela de pressão batendo um papo com sua colega frigideira:

- Feijão...feijão...este nome não me é estranho...

sexta-feira, 8 de julho de 2016

DE CHARLATANICES E ASSEMELHADOS
João Eichbaum

A consciência da própria finitude   e, consequentemente, o medo da morte, levaram o homem, fomentado pelo instinto, a criar um mundo mitológico, a que chama pelo eufemismo de espiritualidade. Nesse mundo ele coloca deuses e demônios, bem-aventuranças e castigos, almas penadas e depenadas. Para não esquecer de si próprio, naturalmente, coloca lá também uma extensão da própria vida, com outra dimensão.

Em outras palavras: ninguém morre. Do cadáver evola uma energia que o transforma em espírito. Até hoje ninguém viu a tal energia. Mas a maioria das pessoas vai levando a vida com seus solavancos, dores, desenganos, sofrimentos, perdas, paixões e desamores, esperando pelo fim que não será o fim. E, para tornar mais forte essa esperança, procuram meios físicos aos quais creditam o poder de ligá-las ao mundo criado por suas fantasias.

Uma dessas ligações, além do papa e Maomé, são os chamados “médiuns”, a quem se atribuem poderes de encarnar almas do outro mundo. Essas, por sua vez, são dotadas de qualidades que as do lado de cá não têm: curam doenças, servem de mensageiras de recados de outros falecidos, transformados em espírito pela morte.

A revista Veja desta semana traz intrigante matéria sobre João de Deus, um desses “médiuns” que, sofrendo de câncer, não curou a si próprio, nem procurou outros colegas do além: submeteu-se à cirurgia e à quimioterapia, como qualquer um que tenha CPF. Mas, não foi tratado um vivente comum. Foi incluído entre os da categoria de cima: no famoso hospital Sírio Libanês de São Paulo, graças aos que pagam por seus favores.

A superstição, conhecida também pelo nome eufêmico de fé, é mais fruto do instinto, de que cada animal é dotado, do que da inteligência, qualidade privativa do homem. Por isso, nem a comprovada charlatanice (que é crime) inibe a prática de “passes, curas espirituais e incorporações”, a que se segue um monte de etc.

Nas pegadas de gente como Lula, Chaves, ministro Roberto Barroso, modelo Naomi Campbell, atriz Giovana Antonelli e apresentadora americana Oprah Winfrey, que figuram na lista dos milhares de “clientes” do tal de João de Deus, o povo não vai se considerar burro, nem desistir.

As imensas filas na frente da casa de João de Deus, em Abadiânia, no interior de Goiás, continuarão, porque a razão bate em retirada diante das ilusões do povo. Com tais ilusões não combinam as reflexões sobre um ser chamado homem. Essa criatura, gerada entre fezes e urina, e sujeita a disfunções cerebrais que a tornam menos do que um animal, acaba em cinza e barro. Mas não abre mão da ilusão de ser transformada, para toda a eternidade, numa versão mais sofisticada, chamada espírito.



quinta-feira, 7 de julho de 2016

ESPREMO O SUPREMO?

 Carlos Maurício Mantiqueira

Estou numa idade na qual por quase nada tremo.

Nunca vi a coisa chegar neste extremo.

Cruzador virou barco a remo.

Urubu, meu louro.

Político, interlocutor de mouro.

O que era simples traque, hoje é estouro.

O que parecia epopéia, na verdade é diarréia.

Gente sem eira nem beira, exibe tornozeleira.

Gente da capa preta sairá do armário ou da gaveta.

“Adevogado” ou “avôdogado”?

Se o povo um pouco mais se assanha, virarão bois de piranha.

Delação de amante é igual a laxante.

Muitos, como Jacinto*, dirão :”Cá mais não fico!”.

Coçar-se-ão muito com pó de mico.

Pedirão água ou, talvez, penico.

Merda estática ou merdandantes, nada será por aqui como dantes.

Veremos a fuga do bigode. Se não escafeder sabe que se fo...

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte Alerta Total

quarta-feira, 6 de julho de 2016

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Vocação sacerdotal e pedofilia... Uma bomba prestes a estourar...
Quem se candidata a fazer seminário para vir a ser padre, sabe que não poderá ter relações sexuais... Isto sim, é uma luta diária contra a natureza humana... Um dia a natureza se descontrola, se liberta e tudo pode acontecer, do excelente ao péssimo..
Quando se puder determinar "quantos por cento" dos padres se desviam do comportamento exigido, se saberá o quanto se exige de pobres mortais, a impossibilidade de serem santos....
Eles vivem na Terra... Nenhum deles é super-herói...
Os sonhos, esses, sim, que estão nos céus e nas revistas em quadrinhos...
Hoje o cardeal removeu quatro padres de seu ministério, por abuso de crianças menores de 15 anos... Criancinhas são mais fáceis de convencer porque anseiam ir pro céu, sem saberem o que é o céu...
Deus.. Afastai deles as criancinhas...
Ouviu, Francisco I ????
Continuaremos a viver de ilusões?


Ventania hoje...
Muito boa noite, aproveitem cada raio de luz dos postes públicos como se fossem luzes da Ribalta. Desfrutem cada folha de arvore caindo como se fossem pétalas de bem-me-quer do tempo. Se não conseguirem dormir, não cantem boi da cara preta porque vão se assustar e ficar insones... Se dormirem, acordem junto de alguém que leve cafe na cama, e se acordarem sós, considerem que sempre é melhor acordar só que mal acompanhado.
E se não acordarem garanto que nem ficarão sabendo... Nem se preocupem...

Acordarão mais tarde, depois do meio-da!..

terça-feira, 5 de julho de 2016

 DA INFLUÊNCIA DO LULA NOS TRIBUNAIS

João Eichbaum

Quando a composição dos tribunais de última instância depende de governantes em cujos círculos não trafegam juristas de “notório saber jurídico”, o primeiro mal a se instalar numa nação é a insegurança jurídica. Madrasta dos que são condenados mais por falta de sorte do que por justiça, o único fruto que a insegurança jurídica semeia é a desconfiança nas instituições.

Veja-se o caso do deputado Jair Bolsonaro. Ao invés de se entregar à solene reflexão que se espera de um juiz, o ministro Luiz Fux, tido como fulgurante processualista civil, ao receber a denúncia que imputava ao deputado a figura penal da incitação ao crime, deixou escapar a seguinte impureza de raciocínio: “a manifestação teve o potencial de incitar homens a vulnerar a fragilidade de outras mulheres”.

“Teve o potencial de incitar”. Ora, ora... Não existe “crime em potencial”. O fato criminoso é uma ação – consumada ou tentada. A legislação  brasileira não inclui o “potencial” como ingrediente formador do ilícito penal. Não existe tipicidade virtual.

A incitação como conduta criminosa independe de “potencial” para geração de efeitos. O verbo “incitar”, no qual se concentra o núcleo do ilícito penal, carrega em si mesmo o elemento subjetivo específico, que é a intenção de estimular, convocar, conduzir, excitar ao crime.

 “Vulnerar a fragilidade”? Só as pedras não sabem que tudo o que é frágil  é vulnerável. Não se vulnera o invulnerável, nem se fragiliza o que já é frágil. E é importante e digno lembrar também que nem todas as mulheres são vulneráveis. Talvez a doutrina de um certo Luiz Inácio Lula da Silva tenha influenciado o Luiz Fux, levando-o a pensar em “outras mulheres”. É que, segundo o testemunho do Lula, há mulheres que têm o grelo duro.