terça-feira, 26 de julho de 2016

INSEGURANÇA

João Eichbaum

Os assaltos não têm limites. É dentro do ônibus, é na parada do ônibus. É na estação do trem, é dentro do trem. É dentro de casa, é na rua. É chegando em casa, é saindo de casa. É de madrugada, é em pleno dia, a qualquer hora do dia.

 Os assaltantes andam à solta, mas os cidadãos honestos estão presos, trancados em suas casas, presos ao medo, presos ao dever de respeitar os direitos dos bandidos, condenados a viver cabisbaixos e esfolados. Em nome dos direitos humanos, se permite que o MST e outros grupos criminosos se apoderem do alheio, destruam, agridam a natureza. Em nome não se sabe de quê, impede-se ao cidadão, que paga impostos, o direito de se defender.

Em nome da segurança, cassa-se ou se suspende o direito de locomoção por meio de veículo automotor, multa-se a quem trafega de faróis desligados durante do dia, proíbe-se a bebida alcoólica, invade-se, enfim, a esfera privada, a vida íntima do cidadão, sem lhe prestar um mínimo de segurança. Quer dizer: exige-se conduta correta em nome da segurança, mas dela não se presta conta.

Mas, contra a bandidagem ninguém faz nada. Entra governo e sai governo, e a situação só piora. O Executivo e o Legislativo só fazem política por política, e patrocinam a iniciativa de leis imbecis: respeitar o desrespeito dos homossexuais, submeter-se ao status superior de quem não se considera branco, usar faróis altos durante o dia, etc. O Judiciário, embriagado com o poder de mandar só pobres para a cadeia, se alinha à leviandade dos outros poderes, preocupando-se com a má situação dos presídios e os direitos dos bandidos.

Eis o retrato do Brasil: a pátria dos vagabundos, dos exploradores, dos incompetentes, dos corruptos, dos aproveitadores em nome dos partidos políticos, em nome da democracia, da cor da pele e dos apetites sexuais, em nome de Deus e das religiões. Esse quadro não vai mudar, enquanto não se mudarem os homens cujo perfil se ajusta exatamente a esse cenário em que prevalecem a imbecilidade, a patifaria e a irresponsabilidade.




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