AS OLIMPÍADAS E O MELHOR DO BRASIL
João Eichbaum
O Rio de Janeiro “continua lindo”. Embora cheias de bosta no
fundo, as águas azuis da baía da Guanabara, contrastando com o verde das
montanhas, que têm como pano de fundo o anil do firmamento, em nada perdem, por
exemplo, para a beleza da Côte d’Azur ou para a paisagem do lago de Como, ao pé
dos Alpes.
A diferença está naquela exposição de bundas polpudas e quadris
que requebram, cuja hegemonia pertence às praias do Rio, principalmente em
Copacabana. Em lugar nenhum do mundo há maravilhas glúteas com tal grau de
sensualidade e concupiscência como nas
praias contempladas pelo Cristo Redentor, de braços abertos, lá do alto da
montanha.
E isso, ou seja, a paisagem e as maravilhas glúteas, é tudo o que
o Brasil pode oferecer de melhor, nos eventos internacionais que tenham como
sede o Rio de Janeiro. Só um idiota há de virar a cara, quando tiver diante dos
olhos a opulência dos traseiros que desfilam pelas praias cariocas.
Então, minha gente, bem feito para os australianos, que se escandalizaram
com a desorganização das Olimpíadas. Não
sabiam eles que o Brasil é a país católico de que o diabo mais gosta? Que aqui
é a sede dos pecados capitais, onde o que mais tem é safadeza, corrupção,
roubalheira e coisas mal feitas?
Ao invés de se esbaldarem na praia, aqueles caras pálidas foram
procurar conforto nos alojamentos da Vila Olímpica. E se decepcionaram, não
encontrando lá tudo certinho, funcionando de acordo com seus desejos e hábitos
de bem estar. Não sabiam que estavam num país “abençoado por Deus e bonito por
natureza”, onde muitos honestos pagam impostos, para uns poucos cretinos não
precisarem trabalhar, e por isso nada funciona.
Salvo a natureza: o céu azul, as montanhas, ás águas
resplandecentes da baía da Guanabara e os glúteos dourados ou de ébano, nos
quais não se distingue a cor do fio dental.
Depois de abandonarem os alojamentos das Olimpíadas, os gringos se
deram o tempo de contemplar essas maravilhas e voltaram atrás. Tiraram até foto
com o prefeito, de tão felizes. Não pela baía, pelo Cristo Redentor, pela
lindeza do Rio ou pela malemolência dos cariocas, mas pelas maravilhas que
desfilam nas praias, bem abaixo do céu azul, “risonho e límpido”.
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