terça-feira, 2 de agosto de 2016

AS OLIMPÍADAS E O MELHOR DO BRASIL

João   Eichbaum

O Rio de Janeiro “continua lindo”. Embora cheias de bosta no fundo, as águas azuis da baía da Guanabara, contrastando com o verde das montanhas, que têm como pano de fundo o anil do firmamento, em nada perdem, por exemplo, para a beleza da Côte d’Azur ou para a paisagem do lago de Como, ao pé dos Alpes.

A diferença está naquela exposição de bundas polpudas e quadris que requebram, cuja hegemonia pertence às praias do Rio, principalmente em Copacabana. Em lugar nenhum do mundo há maravilhas glúteas com tal grau de sensualidade e concupiscência como  nas praias contempladas pelo Cristo Redentor, de braços abertos, lá do alto da montanha.

E isso, ou seja, a paisagem e as maravilhas glúteas, é tudo o que o Brasil pode oferecer de melhor, nos eventos internacionais que tenham como sede o Rio de Janeiro. Só um idiota há de virar a cara, quando tiver diante dos olhos a opulência dos traseiros que desfilam pelas praias cariocas.

Então, minha gente, bem feito para os australianos, que se escandalizaram com a desorganização das Olimpíadas.  Não sabiam eles que o Brasil é a país católico de que o diabo mais gosta? Que aqui é a sede dos pecados capitais, onde o que mais tem é safadeza, corrupção, roubalheira e coisas mal feitas?

Ao invés de se esbaldarem na praia, aqueles caras pálidas foram procurar conforto nos alojamentos da Vila Olímpica. E se decepcionaram, não encontrando lá tudo certinho, funcionando de acordo com seus desejos e hábitos de bem estar. Não sabiam que estavam num país “abençoado por Deus e bonito por natureza”, onde muitos honestos pagam impostos, para uns poucos cretinos não precisarem trabalhar, e por isso nada funciona.

Salvo a natureza: o céu azul, as montanhas, ás águas resplandecentes da baía da Guanabara e os glúteos dourados ou de ébano, nos quais não se distingue a cor do fio dental.


Depois de abandonarem os alojamentos das Olimpíadas, os gringos se deram o tempo de contemplar essas maravilhas e voltaram atrás. Tiraram até foto com o prefeito, de tão felizes. Não pela baía, pelo Cristo Redentor, pela lindeza do Rio ou pela malemolência dos cariocas, mas pelas maravilhas que desfilam nas praias, bem abaixo do céu azul, “risonho e límpido”.

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