quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O CÃO GURU

Por Carlos Maurício Mantiqueira*

Quem não tem cão caça com gato.

À falta de bola de cristal, vai uma de vidro mesmo.

Análise prudente não causa dor de dente.

O molusco anda a esmo; nem parece o mesmo.

Só grita “Salve-se que puder!” quem já está a salvo.

Em tempos cabeludos, nada como um guru calvo.

Melhor seria glabro, diante de tal descalabro.

A pitonisa revisa tudo o que ele analisa.

Velejar no Bósforo ou na “mérdia” tanto faz.

O cheiro não é mau hálito, mas deixa um gringo pálido.

Num ambiente cálido serão, as provas de natação.

A maioria (dos atletas) não passa de patetas.

Assim, na Olim-piada, caçamos de Cão Guru.

Em homenagem ao Prefeito, que tomou no Australiano.

Num evento canino internacional, encontraram-se três cães de raça. Um estadunidense, um soviético e um brasileiro.

O primeiro pergunta aos demais:

“Quando o seu treinador se atrasa em lhe trazer aquele suculento bife na hora do almoço, vocês reclamam muito?.

O soviético disse: “O que significa reclamar?”

O brasileiro perguntou: “O que é suculento bife?”

A falta de conceitos impede até o “Coloquio de los perros” .

Viva Cervantes!
*Carlos Maurício Mantiqueira é livre pensador em lugar cão confortável


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