terça-feira, 29 de novembro de 2016

FIDEL, GEDDEL E MICHEL

João Eichbaum


Fidel, o cruel. Fidel Castro foi uma contradição. Armou uma revolução contra a ditadura de Fulgêncio Batista, para instalar ditadura própria. Prostituiu-se para o comunismo, mostrou seu lado puramente animal, sanguinário, pérfido. Perseguiu aos que não pensavam como ele, mandou encarcerar, torturar e matar adversários. Provocou fugas em massa, separação de famílias, mortes no mar.

No poder, empobreceu a classe média e dividiu a pobreza em dois estratos: os miseráveis e os desclassificados. Concedeu privilégios àqueles cujos serviços eram para ele indispensáveis. Aproveitou-se da inteligência de alguns para vender a imagem de uma Cuba voltada para a saúde e para a educação. Sua canalhice sedutora, que inebriava comunistas e atraía papas, só o diabo poderá explicar.

Geddel, o infiel. Geddel Vieira, amamentado no valhacouto dos “anões do orçamento”, é uma prova de que a ressocialização não passa de balela. Absolvido por influência da família de Antônio Carlos Magalhães, continuou na política, mesmo depois do desterro de seus cúmplices. Com a sagacidade e a falta de escrúpulos, que marca os políticos da “nova república” fundada por Tancredo Neves, Geddel, com aquela barriga de suíno para abate, subiu no conceito dos aproveitadores.

Só se deu mal porque Geddel não rima com Calero. Não conseguiu desviar o Ministro da Cultura para o caminho dos aproveitadores do poder em benefício próprio. E aí conseguiu a demissão do companheiro. Mas, quando pensou que tinha se livrado do empecilho, sua má fama já estava espalhada na rede e na mídia. O povo sabia que ele estava rimando conivência com indecência.

Michel, o menestrel. Aí entrou em cena o Michel. Perseguido por mesóclises e outras prosopopeias, dizem que até poesia ele já perpetrou.  Acreditando que seu nome tinha força e rima suficiente para moralizar o imoral, manteve Geddel na sua equipe de governo. Esqueceu, porém, de uma velha lei da natureza, segundo a qual a fruta podre contamina o cesto inteiro. Coisa que até o Michelzinho sabe.

Então, fedeu, minha gente. Está escrito fedeu, mas podem ler de outro jeito. Em seguimento a tais acontecidos, entre augúrios e demais almejos de Natal e Ano Novo, agora se inclui também o impeachment do Michel. Tudo porque não  conseguiram rimar política com indecência.




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