FIDEL, GEDDEL E MICHEL
João Eichbaum
Fidel, o cruel. Fidel
Castro foi uma contradição. Armou uma revolução contra a ditadura de Fulgêncio
Batista, para instalar ditadura própria. Prostituiu-se para o comunismo,
mostrou seu lado puramente animal, sanguinário, pérfido. Perseguiu aos que não
pensavam como ele, mandou encarcerar, torturar e matar adversários. Provocou
fugas em massa, separação de famílias, mortes no mar.
No poder, empobreceu a
classe média e dividiu a pobreza em dois estratos: os miseráveis e os
desclassificados. Concedeu privilégios àqueles cujos serviços eram para ele
indispensáveis. Aproveitou-se da inteligência de alguns para vender a imagem de
uma Cuba voltada para a saúde e para a educação. Sua canalhice sedutora, que
inebriava comunistas e atraía papas, só o diabo poderá explicar.
Geddel, o infiel.
Geddel Vieira, amamentado no valhacouto dos “anões do orçamento”, é uma prova
de que a ressocialização não passa de balela. Absolvido por influência da
família de Antônio Carlos Magalhães, continuou na política, mesmo depois do
desterro de seus cúmplices. Com a sagacidade e a falta de escrúpulos, que marca
os políticos da “nova república” fundada por Tancredo Neves, Geddel, com aquela
barriga de suíno para abate, subiu no conceito dos aproveitadores.
Só se deu mal porque
Geddel não rima com Calero. Não conseguiu desviar o Ministro da Cultura para o
caminho dos aproveitadores do poder em benefício próprio. E aí conseguiu a
demissão do companheiro. Mas, quando pensou que tinha se livrado do empecilho,
sua má fama já estava espalhada na rede e na mídia. O povo sabia que ele estava
rimando conivência com indecência.
Michel, o menestrel. Aí
entrou em cena o Michel. Perseguido por mesóclises e outras prosopopeias, dizem
que até poesia ele já perpetrou.
Acreditando que seu nome tinha força e rima suficiente para moralizar o
imoral, manteve Geddel na sua equipe de governo. Esqueceu, porém, de uma velha
lei da natureza, segundo a qual a fruta podre contamina o cesto inteiro. Coisa
que até o Michelzinho sabe.
Então, fedeu, minha
gente. Está escrito fedeu, mas podem ler de outro jeito. Em seguimento a tais
acontecidos, entre augúrios e demais almejos de Natal e Ano Novo, agora se
inclui também o impeachment do Michel. Tudo porque não conseguiram rimar política com indecência.
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