quarta-feira, 31 de maio de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Cozinhando o Peru de "Thanks-Given"...
Pra se livrarem dos crimes, os criminosos pretendem anular as delações dos Batistas (JBS) por motivos dignos de Cannes, Carnes, Hollywood e açordas politico-partidárias ....
Os fatos existiram e podem ser verificados, constatados, mas querem anular os depoimentos com motivos "aceitáveis' pelo STF que podem ser do tipo:
- Quando deram o depoimento, o juiz fulano de tal estava na Suíça recebendo honorários por participação em seminários ...
- O carimbo nas assinaturas estava com o lacre vencido e era vermelho, azul ou amarelo e tinha que ser preto...
- Os depoimentos somente seriam válidos com confissão em confessionário da CNBB pelos indiciados...
Teatro... Puro teatro... Querem Jogar fora os fatos somente porque os "artistas" desfilaram de quatro na passarela da politica... Nem que estivessem nus...

Hoje você chega a Brasília e não pode deixar de pensar:
- Isto parece a dissolução da Santíssima Trindade...O filho descobriu que na verdade o Espirito Santo é a Mãe que nunca teve, O pai ficou desgostoso porque o filho virou gay, e a Mãe joga a culpa no Pai que passava o tempo todo cuidando de suas contas na Suíça...


*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...

terça-feira, 30 de maio de 2017

CARTA PARA UM PRIMO POBRE

Primo, me sirvo desta, pra te fazer sabedor dos últimos sucedidos com a minha pessoa e suas respectivas façanhas.  Resolvi lavrar um habilidoso pontapé nas repartições traseiras da tal pátria amada idolatrada e me bandeei pra outra, como já tinha procedido há tempos retrasados em assunto de mulher.

Tu te lembra de certo daquela que quase levei pro altar e pro cartório em primeira mão. Foi no tempo em que eu sovava minhas costas com manta de carne, de açougue em açougue, choferiando pela cidade toda aquele furgãozinho que o velho comprou em prestação a perder de vista. Lembra?

Pois é. Quando subi na vida, o que fiz por primeiro foi me desatarraxar da baranga, que tava já fora de linha, adquirindo uma cara de cartomante, variz, e um par de ancas de devastar estofados. Fui tomado do coração por uma novinha, bem servida pela natureza, com uns arredondados que deixam a parte detrás dela arrebitadinha. Sem falar nas demais partes, quando desprovidas de vestido. Uma garota de programa. De televisão, claro.

Como tu sabe, me iniciei na vida dando duro em cepo de açougue, quebrando costela de boi com machadinha, atorando granito de peito com serra de mão. Vivia salpicado de sangue. Minha parte dos fundos nunca sentou bem em banco de escola. Mal aprendi a fazer conta. E no concernente a caligrafia, minha letra é pior do que a de pichador. 

O de que sempre gostei mesmo foi de negociar, levando vantagem, e Deus me deu esse dom. Por conta dessa natureza, andei enrolando uns doutores, prendi eles pela palavra e tive que abandonar a pátria, antes que os doutores se dessem conta do meu jeito danoso de negociar.

Comecei no varejo dos desregramentos e astúcias, vendendo carne de segunda por primeira e assim fui expandindo os negócios. Até que cheguei nos políticos, na gentinha do governo. Com uma mão de político aqui, outra ali, angariei progressos sem conta. Fiquei rico, e no retorno comecei a comprar políticos, leis, regulamentos, portarias e assuntos de imposto.

Não querendo me gabar, botei no governo três presidentes, vinte e oito senadores e um sortimento de deputados. Até que a coisa veio a furo. Quando senti a mão da lei em cima de mim, resolvi dar com a língua nos dentes, pormenorizando os malfeitos, a troco de delação premiada. E com meu tino pra negócios, saí lucrando: deixei felizes os procuradores, mas mais feliz fiquei eu, me escafedendo. 

Agora, tô aqui, um novo iorquino rico. Até já aprendi a dizer lóviú. Que beleza de vida, primo!! Nada como ser um sujeito de primeiro mundo, bem possuído de grana e desencovando o melhor da vida. Ouvi dizer que a coisa lá tá pegando fogo, que a democracia tá meio desfalecida. Mas eu não tenho nada com isso. No que de melhor sou servido, eu fiz: negociei com os procuradores. E saí lucrando, como sempre.
Jbs, ops, bjs na tia.


domingo, 28 de maio de 2017

PLANETACHO
Eta semaninha
CLIMA
Previsão do tempo em todo o país: chovem pedidos de impeachment

LIVRE
Tem um monte de gente colocando “olho grande” na absolvição de Moro para Cláudia Cruz

PRIMEIRA VIAGEM
No encontro de Trump com o Papa Francisco não teve papo

SEGURANÇA
O secretário Cézar Schirmer declarou esta semana que a insegurança é maior do que a violência real. Os assaltos e os crimes pelas ruas são então pegadinhas do Faustão?

DESCULPA ESFARRAPADA
Não deu para entender: o Aécio queria vender a casa de sua genitora para a JBS?
Que filho da mãe...

JOGADA DE CRACK
Dória fechou a matriz da Cracolâdia em São Paulo, mas em compensação abriu 23 filiais pela cidade

SUPERAM
Bolsonaro tem uns seguidores que o colocam no bolso

SÓ AQUI
A polícia recuperou esta semana abelhas que foram roubadas do zoológico de Sapucaia. Já não dá mais para definir se é o começo ou o fim da picada...

TROPAS NA RUA
O Temer quis endurecer... mas nestas alturas nem com caixa dois de Viagra

SOFRÊNCIA
Joesley e Wesley Safadão será que voltarão algum dia da turnê pelos States?


sexta-feira, 26 de maio de 2017

O PORÃO
João Eichbaum

O porão gaúcho serve para estocar queijo e vinho, pendurar linguiça, salame, presunto e copa, refrescar a cachaça e ouvir a chaleira chiar em cima do fogão a lenha. Nada parecido com aqueles porões cujo escurinho é usado para conversas às escondidas, escândalos e sacanagens, ou por onde se esgueiram ratos, baratas zanzam e centopeias rastejam.

Os porões em Brasília certamente não foram construídos para os mesmos fins a que se prestam os da colônia gaúcha. Lá não há frio, nem umidade. A letargia provocada pelo calor e pelo ar seco, que sufocam a capital federal, não pede o aconchego dos costumes gaúchos: chimarrão, queijo, vinho, salame, o pinhão estalando na chapa do fogão, e o papo rolando.

Então, se não servem como aconchego, nem para aquele bate-papo descontraído que enriquece a convivência em torno da mesa gaúcha, os porões de Brasília não são lugares recomendáveis para receber visitas. Salvo visitas secretas, que não possam ser testemunhadas, visitas suspeitas, que entram e saem se esqueirando, como os ratos nos porões sujos.  

Pois foi no porão do palácio Jaburu que o senhor Temer se encontrou com o ex-açougueiro Joesley Batista. De certo, não é um porão onde se escondem bichinhos peçonhentos. Mas é um porão que pode muito bem acolher a peçonha de humanos sem escrúpulos, para desembaraçar pendências em malfeitos combinados.

Só mesmo num porão de Brasília, um corruptor alardearia suas façanhas, se gabando de que conseguira segurar dois juízes para evitar a denúncia do Ministério Público e de ter sob seu domínio um procurador que o informava de tudo. E lá ouviria do Presidente da República um abrasivo aplauso por esse crime: ótimo, ótimo.

No cenário que escolheu para se encontrar com um corruptor, onde desempenhou o papel de presidente escondido, Temer comprometeu não só sua pessoa, mas a dignidade do cargo: tratou de assuntos que eram comuns a ambos mas, senão deletérios, de total impertinência para os destinos da pátria.

 Servindo de sinal para romper com os princípios assinalados no art. 37 da Constituição Federal, a conversa cheia de reticências e subentendidos, entre o doutor, professor de Direito Constitucional, e um semianalfabeto aproveitador dos dinheiros públicos, não permite que Michel Temer permaneça à testa do Executivo.


Agora todo mundo sabe. Descendo ao nível de seu ladino interlocutor, o presidente, sem querer, acabou por  revelar a odiosa verdade, de que se desconfiava há muito tempo: das transas, no escurinho dos porões da República, nasce a miséria do Brasil.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

ETIQUETA EM TEMPOS TECNOLÓGICOS
Carlos Maurício Mantiqueira*
Com o avanço tecnológico desaparecem alguns inconvenientes mas surgem novos.
Os bandidos das companhias telefônicas, eufemisticamente chamados de especialistas em marketing, fazem ligações de diferentes cidades para oferecer a um infeliz cliente promoções “imperdíveis”. A média é de cerca de quarenta (40) chamadas abusivas por dia. As pessoas passam a recusar essa prática e não atendem mais números desconhecidos pelo identificador. Se for alguma coisa relevante, quem ligou deve deixar recado na caixa postal; então a pessoa chamada retornará ou não a ligação.
Mas o “avanço” mais notável é o da civilidade das torcidas organizadas. Recentemente o time do Papa venceu o Flamengo mas nem por isso cogitou-se numa invasão do Vaticano.
Já os altos funcionários públicos deverão revistar seus interlocutores para saber se os mesmos não estão fazendo uma gravação clandestina de conversa destinada a incriminá-lo.
Veremos em breve um canalha se enforcar na tripa de outro.
Saibam que uma corrente tem a força de seu elo mais fraco.
Qualquer organização, criminosa ou não, está sujeita a estupidez de um de seus membros.
Conta a História que ao primeiro cerco de Constantinopla pelos turcos, o imperador procurou os magnatas locais pedindo-lhes recursos para organizar a defesa. Quase todos se negaram a contribuir. No dia da invasão real, os mesmos correram em pânico para ele, mas ouviram: “Vocês não podiam viver sem seu dinheiro; pois agora morram com ele!”.
Assim estão os políticos. Morrerão se auto devorando.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 24 de maio de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Da série: Coisas que nunca fiz, nem tomando Gin Fizz
Transar com uma mulher usando um anel de 70 quilates, valendo 25 milhões de reais (o anel, claro, a mulher não sei) ...
Ela é a mulher - não a amante - de um oligarca russo, que está para Putin assim como Eike estava para Lula...
Ksenia Tsaritsina a mulher de Aleksey Shapovalov não deveria trair o marido... A não ser com Putin... Afinal... Não me perguntem por Lula nem pela Marcela do Temer... E muito menos pela Dilma que adorava joias...

1- Todos os partidos políticos unidos contra a Lava-jato
2- O STF enrolando o meio de campo...
3- Enquanto Lula não for preso ninguém vai...
4- Isto parece um jogo de futebol com time de rabo amarrado e sapatinho de ouro envernizado, fraque e vestido de baile, goleiros de unhas pintadas, a bola piramidal...
Arre - égua!!
(Assim o jogo não acaba nunca e ainda mandam prender a assistência
)

Venho dizendo que quem pariu o Mateus que o embale... O DAESH, o ISIS, são fruto do Islamismo... As nações islâmicas que acabem com eles... Trump é o meu presidente !!!! Ele me entende....
*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...


terça-feira, 23 de maio de 2017

PROMISCUIDADE
João Eichbaum

Foi um silêncio encharcado de cumplicidade que tirou Michel Temer de seu falso estado de graça, e não o que a Globo espalhou, na primeira hora. Nasceu de um açodamento irresponsável a notícia de que ele havia avalizado a compra do silêncio de Eduardo Cunha.

Joesley, o açougueiro que não concluiu o ensino médio, nunca leu um livro e outra coisa não aprendeu na vida a não ser cortar e vender carne, acabou se doutorando em corrupção. Para isso lhe bastam seu vocabulário pobre e sua incapacidade de exprimir um pensamento.

“Isso. O negócio dos vazamentos. O telefone lá do Eduardo com o com Geddel, volta e meia citava alguma coisa meio tangenciando a nós e não sei o quê, e eu tô lá me defendendo. Como é que eu… o que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora? Eu tô de bem com o Eduardo”. A esse hieróglifo verbal seguiu-se a frase de Michel Temer: “tem que manter isso, viu?”

Ora, só alguém menos alfabetizado do que Joesley será capaz de interpretar isso como “aval de Temer à compra do silêncio de Eduardo Cunha”. Mas foi daí, dessa coisa, que a Globo extraiu o escândalo que petrificou o país, deu um golpe na economia e passou a impressão de que um analfabeto pode ter mais poder de destruição do que um monte de doutores reunidos.

Não. A verdade está mais em baixo. “Todo mês, também, e tô segurando as pontas, tô indo. Nesses processos eu tô meio enrolado aqui, né, no processo assim…”- disse Joesley. E Temer: “Você está sendo investigado”.

Prosseguiu o açougueiro: “Isso, é, investigado, eu não tenho ainda denúncia. Aqui eu dei conta de um lado do juiz, dá uma segurada, do outro lado o juiz substituto, que é um cara que fica…” Temer pergunta: “Está segurando os dois”? Resposta do Joesley: “to”. E aí Temer dá a primeira escorregada na direção do crime, incentivando o criminoso: “ótimo, ótimo”.

Foi o que bastou, para gabar-se o açougueiro: “Segurando os dois. E eu consegui um procurador, dentro da força tarefa, que está também me dando informação, e eu lá que eu tô pra dar conta de trocar o procurador que está atrás de mim.”

A partir daí, o silêncio permissivo e os monossílabos ambíguos do Temer construíram sua desgraça. A confissão de corrupção de juízes e procuradores da República não abalou o presidente, que jurou defender a Constituição e devia conhecer o Código de Processo Penal. Nem um pio de reprovação saiu da boca do Temer.

Quem com farelo se mistura, porcos o comem – diz um velho provérbio. Joesley é figura conhecidíssima do Lula, da Dilma, do Aécio e de todos os que fazem da política um meio de enriquecer. Sua intimidade com o poder foi o que lhe permitiu chegar na residência oficial do presidente em exercício, como quem chega na casa de um compadre. A pergunta que fica no ar: terá sido essa mesma intimidade que lhe permitiu deixar o país impunemente? Tem Joesley condições morais para receber “perdão da Justiça”, nos termos do art. 4º, § 1º da Lei 12.850/13?



segunda-feira, 22 de maio de 2017

PLANETACHO

AQUI É ASSIM
O frigorífico no Brasil trabalhava com todos os derivados de gado, inclusive... investigado

DITADO
Palavra é prata, silêncio é ouro. Eduardo Cunha que o diga.

NO JN
Esta semana o presidente Temer ficou debaixo do mau tempo. Até a Maju falou dele durante o Jornal Nacional

SÓ NO HIMALAIA
Dos netos do Tancredo o menos enrolado com a Justiça é o Abominável Homem das Neves

MISSÃO IMPOSSÍVEL
Isto é uma gravação. Este governo se destruiráem 10-9-8...

NÃO É DE HOJE
Desde muito antes do Tancredo a corrupção neste país é uma bola de Neves.

A babá
Todo mundo se preocupa ou deveria se preocupar com seus filhos. Do cidadão mais simples ao mais alto mandatário da nação. Alguém para cuidar dos filhos enquanto os pais estão trabalhando tem que ser uma pessoa de confiança.

Pois esta semana a babá de Michelzinho deu o que falar exatamente por ocupar um cargo de confiança no palácio do Jaburu. Muitos se perguntam a que partido da base aliada pertence a moça que toma conta do Michelzinho. Por acaso seria do PMDBebê?

sexta-feira, 19 de maio de 2017

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ

João Eichbaum

Desde que a república foi redemocratizada pelo PSDB, PMDB, PT e outros partidos de cujos nomes o povo nem se lembra, parece que a ideia dominante é de que a liberdade necessita de dinheiro para sustentar a democracia. Desde então, a frase mais usada nos círculos políticos é “me dá um dinheiro aí”.

Na trajetória da chamada nova república, o presidente eleito Tancredo Neves não assumiu, mas deixou como herdeiro o Aécio Neves, que hoje é manchete nacional. José Sarney, tendo recebido da morte do Tancredo a faixa de presidente, não engrandeceu apenas seu patrimônio. Como bom pai, botou seus filhos na única profissão que enriquece seus praticantes só com blábláblá: a política.

Depois dele, veio o fanfarrão Fernando Collor de Melo, das Alagoas, que meteu a mão na poupança dos brasileiros e manteve o país no redemoinho da inflação, inaugurado pela dita nova república. O pontapé do impeachment o levou à renúncia. E o motivo de tudo isso foi exatamente o que vocês estão pensando: dinheiro.

O tempo em que Itamar Franco ficou presidindo a República foi muito pouco e do ilustre falecido a única coisa que se sabe é que gostava de mulher sem calcinha. Mas sobre seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, cujo nome passou pela boca de alguns delatores premiados, corre muita história mal contada. Fala-se muito dos cifrões que garantiram sua reeleição.

No governo do PT, a política foi realizada pelas siglas OAS, ODEBRECHT, CAMARGO CORREA, QUEIROZ GALVÃO, ANDRADE GUTIERREZ, etc. que praticam a democracia do cifrão. O Lula, por ser honesto, tem uma renda mensal de apenas cinquenta mil reais, mas seu filho, que nunca apresentou certificado de honestidade, é um dos homens mais ricos da Brasil. Dilma, a sucessora do Lula, está na fase das explicações sobre a relação entre o poder econômico e o seu PAC.

E, como a história anda, chegou a vez do Temer, o pai do Michelzinho, um guri que com doze anos já tinha um patrimônio de dois milhões de reais. A mãe do menino é uma bela madame, recatada e do lar, mas precisa de babá para seu guri. Desde ontem o nome do Temer enche bocas e manchetes com notícias sobre a compra de sua honra, que estava em poder de Eduardo Cunha. O negócio, bancado pela JBS, representa uma mesada de quinhentos mil reais, com a fiança moral do presidente.

Esse é o sistema, que faz dos políticos do Brasil as pessoas mais saudáveis do planeta. Eles sorriem e festejam a vida, tranquilizados pela certeza de que ao povo basta a democracia, que lhe dá liberdade para xingá-los. Essa mesma democracia lhes empresta o fenômeno da fênix: das cinzas da corrupção, a cada quatro ou oito anos, eles renascem para a política.
.




quinta-feira, 18 de maio de 2017

CAMINHÃO DE PORCO
Carlos Maurício Mantiqueira*

Quando um fazendeiro embarca num caminhão a porcada que será levada ao frigorífico, vemos uma cena de gritos, coices, mordidas, etc.

O veículo começa a andar e ,com o tempo, todos os bichos se acomodam e dormem tranquilos, sem imaginar o destino que os espera.

Assim estamos nós. Se nos conformarmos com um “acordão” ou limpeza meia-boca, estaremos perdidos.

Quando perguntado se não tinha visto sinais de corrupção em seu entorno, o bêbado debochado respondeu com palavras análogas a essas:

“Não, eu não vi, assim como não viram as auditorias, as controladorias, as cortes de contas, o Ministério Público e o Judiciário !”

Fina ironia. Chamou todos de idiotas ou de coniventes.

O “bom mocismo” vigente criou a figura do rigor seletivo:

“Para os amigos tudo; para os inimigos a Lei!”

As entidades supra referidas estão há muito tempo numa zona de conforto. Fingem que atuam.

Deus nos livre de que dona Onça também se entorpeça e torne-se apenas bicho de estimação.
.
*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 17 de maio de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

REVELAÇÃO...
DEUS EXISTE, MAS É MUITO MAIOR DO QUE SE IMAGINA, NÃO SE METE NOS ASSUNTOS DA HUMANIDADE E SE TEM REPRESENTANTES NA TERRA SOMOS NÔS , TODOS !!!!!,...
Há gente que crê em Deus e nem sabe definir o Deus em que creem... Creio eu que Deus nem lhes dá crédito... Um dos que não sabem quem ou o que Deus seja, é o Papa Chico...
Pois em verdade em verdade vos digo, que um dia curaremos, nós, um bando de humanos, pessoas como  Q May Chen, 28 anos, que tem câncer de mama, em fase terminal, e claro que nunca vai casar, mas meio que satisfez sua vontade de tirar uma foto de casamento. Ela não namora ninguém...
O homem pode fazer o que Deus não faz !!!! Quem liga as coisas no céu ou as desliga, é a humanidade, mas COM A INTELIGÊNCIA QUE DEUS NOS DEU !!!!! A inteligência de Deus existe mas não está necessariamente nos das igrejas, sejam elas quais forem

Espertinho o "Face-Zucker"...
Quer saber meu lema de vida, minha comida predileta, se como em casa ou encomendo do vizinho, a que horas a casa fica vazia... Depois gente mais esperta mente, e quando pesquisam intenções de voto dizem: Lula tem preferencia nacional.... Hehehehe.... Ganha o Bolsonaro....
Toma na cafuleta eletrônica, Zucrilho...

*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...


terça-feira, 16 de maio de 2017

 PAIXÕES QUE REGEM O DESTINO DA PÁTRIA
João Eichbaum

Parece que a humanidade não consegue viver sem ídolos e demônios. Sérgio Moro é exaltado como juiz que enfrenta poderosos, mas rejeitado como arbitrário. Lula é acusado de chefiar uma organização criminosa que desarranjou a política e a economia do país mas, mesmo tempo, é aplaudido por ter tirado os pobres da miséria. Essa dualidade fez deles, Moro e Lula, polos de convergência de amor e ódio, as mais comuns das paixões humanas. Dividido, o povo serve às ambições pessoais de um e de outro.

A imprensa, cujo produto mais rendoso é o sensacionalismo, aproveitou desse maniqueísmo para disputar o espaço que rende publicidade. Deu no seguinte: hoje quem é a favor do Lula é contra o Moro, e vice-versa. Ninguém tem o direito à isenção, a ninguém se concede o favor de emitir uma opinião equidistante, sem envolvimento passional com um ou com outro desses que, como heróis ou vilões, só existem na imaginação coletiva.

Exatamente em meio a essa erupção de amor e ódio, quis o destino que Lula fosse levado ao banco dos réus. Manchetes de jornais, chamadas de televisão e iradas provocações nas redes sociais, então, fizeram das fraquezas humanas o estopim para um clima de duelo: já que não tem mais gre-nal na série A, briga-se por política.

Gente da esquerda radical, organizada em partidos políticos, e entidades sustentadas pela contribuição sindical obrigatória e por rubricas assistenciais do orçamento público, se pintaram para a guerra, de um lado. Do outro lado, energúmenos não remunerados perfilharam uma causa que é da competência do Poder Judiciário, transformando-a em móbil de uma paixão pelo juiz Sérgio Moro.

Anunciado dia para interrogatório de Lula, os ânimos se acenderam a tal ponto que obrigaram a polícia federal a se dar por incapaz de preservar a ordem pública, tendo que pedir nova data para aquele ato processual.

Diante do vulcão social que ameaçava lavas sobre a cidade de Curitiba, e que gerou pedido de trégua da polícia, estava configurada a situação adversa, prevista no §1º do art. 185 do Código de Processo Penal, o qual, nos termos do § 2º, inc. I e IV, com as alterações da Lei nº 10.792/03, autoriza o interrogatório “por sistema de vídeoconferência”.

Embora seja fácil imaginar, ignora-se a razão concreta pela qual Sérgio Moro, ao invés de se entregar ao bom senso da lei, preferiu aquilo que a imprensa e as redes sociais atiçavam como confronto pessoal com o Lula. Resultado: uma dispendiosa praça de guerra à custa do contribuinte, direitos constitucionais desrespeitados, a autoridade do Judiciário esmaecida mais do que já estava, e um comício armado pelo Lula, em plena sala de audiências, com os olhos voltados para as próximas eleições.

Mas, enfim, as criaturas humanas não são perfeitas. Se o fossem, os cronistas não teriam assunto, porque...seriam perfeitos também




segunda-feira, 15 de maio de 2017

PLANETACHO
MÃE é mãe e não se discute

Tem placa mãe, a mãe implacável, a mãe natureza de quem somos filhos desnaturados. A mãe explosiva e a mãe de todas as bombas que o Trump lançou há pouco para desintegrar os integrantes do Estado Islâmico. Mas, começar o maior campeonato do mundo no Dia das Mães é uma maldade sem tamanho com as genitoras dos juízes de futebol. Tem mãe coruja entrando em extinção e não é à toa: a Pátria mãe virou casa da mãe Joana. Em todo o caso só nos resta reclamar para a mãe do Badanha.

AS NEIRAS

Temer não está preocupado por não ser popular. Isto é preocupante...

Será que existem entre todos os políticos desonestos dez honestos?

Não existe mérito em se fazer voto de pobreza quando se é realmente pobre

Já falaram tanto que Maluf tinha dinheiro no exterior que ele até perdeu a conta

DO FACE
As contradições envolvendo imóveis da construtora OAS: enquanto os petistas garantem que o tríplex não é de Lula, os gremistas insistem que a Arena é do tricolor gaúcho. Durma-se com um barulho desses.


sábado, 13 de maio de 2017

EDIÇÃO EXTRA, PARA ESCLARECER MAL ENTENDIDOS

BANDEIRA BRANCA, AMOR!
João Eichbaum
Quem é de “outros carnavais”, há de ter se lembrado da marcha “Bandeira Branca”, quando o juiz Moro iniciou a audiência de interrogatório do Lula. Com voz pausada e serena, Moro anunciou que não tinha desavenças pessoais com o réu, o interrogatório seria um ato de processo e não de confronto, e Lula seria tratado com todo o respeito. Em outras palavras, pediu paz, como na letra da marchinha.

Lula não tugiu, nem mugiu. Ficou na dele. E Moro, botando na voz um tom de irmã de caridade, foi tirando o seu da reta. Disse que o juiz não acusa ninguém, quem acusa é o Ministério Público. E, com um ar de quem pede desculpas: “o senhor ex-presidente será submetido a algumas perguntas difíceis...”

Aí, o Lula, que não havia dado o mínimo sinal de contemporização para com o humilde juiz que pedia paz, não perdeu tempo e mostrou a que veio. Deu o primeiro bote de quem tem presença de espírito e sabe beneficiar despaupérios: “não existe pergunta difícil, pra quem quer dizer a verdade”.

Foi o que bastou. Sem receber uma resposta à altura do seu jeito de se portar perante um juiz, o réu sentiu firmeza. Acomodou o bundão do jeito que deu, se refestelou na cadeira, ficou à vontade e foi rebatendo as perguntas, como se estivesse tratando com um interlocutor, numa mesa de bar.

Quando o juiz, mostrando um documento, lhe perguntou quem o havia rasurado, Lula devolveu a pergunta: “ a polícia federal não descobriu”? Então, quando ela descobrir, me avise”. Indagado se sabia dos desvios da Petrobrás, não titubeou: “eu não sabia, nem o senhor, nem o MP, nem a PF, nem a imprensa. Só ficamos sabendo quando grampearam o Youssef”. Aí o juiz caiu na armadilha do réu: “eu não tinha como saber”. E a resposta do Lula veio ferina, sibilante: foi o senhor que soltou o Youssef.

Com um ar de descrédito, Lula perguntou ao juiz, quando o meritíssimo lhe pediu esclarecimentos sobre documento que tratava do tríplex, encontrado em sua residência: “tá assinado por quem”? “Não está assinado”, disse Moro. Em resposta, com um muxoxo de desprezo, Lula devolveu: “Então, o senhor pode guardar, por gentileza?”

Esses foram apenas alguns dos episódios que marcaram a presença do Lula, não como réu submisso, de cabeça baixa, perante o juiz Moro. Com frases de efeito, recheadas de ironias e metáforas, ares de senhor da verdade e respondendo a cada pergunta como se fosse uma ofensa, ele se colocou em supedâneo superior ao do magistrado, a quem não legou senão uma contradição, com explicações superpostas.

A mansidão evangélica de Sérgio Moro não fez o mínimo efeito sobre o comportamento do Lula. Pelo contrário. Fê-lo sentir-se dono do campinho, a ponto de cobrar do juiz o excesso de referências à dona Marisa, “sem estar ela aqui para se defender”. Talvez esse primeiro confronto com Lula ensine a Sérgio Moro que de cordeiros gostam leões e lobos. Ah, sim, e homens, de faca afiada, na frente da churrasqueira.



sexta-feira, 12 de maio de 2017

ESPETÁCULO DO TEATRO JUDICIÁRIO
João Eichbaum
O estado de guerra, armado em Curitiba, revela as fraquezas dos homens e de suas instituições no Brasil. Um simples, rotineiro, comezinho ato processual, desses que acontecem todos os dias, arrancou alguns milhares de reais do bolso dos brasileiros que trabalham, para permitir um ajuntamento de vagabundos e baderneiros profissionais.

O direito de ir e vir, assegurado na Constituição, inclusive para vagabundos, ficou limitado, a poder de armas, soldados e barreiras. O direito à inviolabilidade da vida privada e ao uso do direito de propriedade dos moradores das redondezas do prédio da Justiça Federal, naquela cidade, foram desrespeitados pela fiscalização e vigilância, a que tiveram de se submeter.

A Justiça Federal é o órgão que menos trabalha, entre as instituições estatais. Ela goza de feriados próprios, que não constam do calendário dos cidadãos comuns. Ontem ela perdeu mais um dia para mostrar sua utilidade: somente a Vara onde está lotado o juiz Sérgio Moro, a serviço da Lava Jato, funcionou.

E tudo isso aconteceu por causa de dois cidadãos: Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva. Duas pessoas, dentre os duzentos milhões desta casa da mãe Joana chamada Brasil. Alvos de idolatria e de ódio, os dois servem de polo para onde convergem criaturas que revelam o quanto os seres humanos têm de vil e de desapego a verdadeiros valores.

Em situações como as de ontem em Curitiba, há pessoas que se desvestem dos valores próprios, que as dignificariam, proporcionando-lhes a realização pessoal. Ao invés de si, porém, se ocupam de outros, a quem idolatram, tendo como recompensa apenas a satisfação do ego. O único valor que as move é um que não conta na escala axiológica: a paixão, mais própria do gênero, do que da espécie animal chamada humana.

Nessa mesma situação, o Estado reflete, exatamente, o que são os homens que o compõem. Enquanto o país inteiro sofre, porque o sistema não lhe assegura o direito à vida através da segurança, esse mesmo sistema mostra que pode fazê-lo, que tem meios para organizar um estado de guerra contra o crime. Mas, se omite e deixa o crime tomar conta.

De todo esse aparato, porém, resultou o de sempre: a montanha pariu um camundongo. Lula agiu como qualquer réu bem orientado. Dono de si, senhor de uma personalidade construída ao longo dos anos, com o domínio de multidões, teve sempre, na ponta da língua, um advérbio conhecido por qualquer analfabeto: não.

E Sérgio Moro se comportou como um juiz qualquer, que apenas passou num concurso de questões jurídicas. Agrilhoado à liturgia, mostrou que não tem a habilidade de um interrogador que sabe dominar o interrogado, arrancando a resposta que interessa à investigação. Pior ainda: permitiu que o interrogatório desandasse em farpas pessoais e se valeu de matéria da imprensa e documentos sem assinatura, para interrogar o réu. Levou o merecido troco.
Baixem-se as cortinas do teatro judiciário.