ETIQUETA EM TEMPOS
TECNOLÓGICOS
Carlos Maurício
Mantiqueira*
Com o avanço tecnológico desaparecem alguns inconvenientes mas surgem
novos.
Os bandidos das companhias telefônicas, eufemisticamente chamados de
especialistas em marketing, fazem ligações de diferentes cidades para oferecer
a um infeliz cliente promoções “imperdíveis”. A média é de cerca de quarenta
(40) chamadas abusivas por dia. As pessoas passam a recusar essa prática e não
atendem mais números desconhecidos pelo identificador. Se for alguma coisa
relevante, quem ligou deve deixar recado na caixa postal; então a pessoa
chamada retornará ou não a ligação.
Mas o “avanço” mais notável é o da civilidade das torcidas organizadas.
Recentemente o time do Papa venceu o Flamengo mas nem por isso cogitou-se numa
invasão do Vaticano.
Já os altos funcionários públicos deverão revistar seus interlocutores
para saber se os mesmos não estão fazendo uma gravação clandestina de conversa
destinada a incriminá-lo.
Veremos em breve um canalha se enforcar na tripa de outro.
Saibam que uma corrente tem a força de seu elo mais fraco.
Qualquer organização, criminosa ou não, está sujeita a estupidez de um de
seus membros.
Conta a História que ao primeiro cerco de Constantinopla pelos turcos, o
imperador procurou os magnatas locais pedindo-lhes recursos para organizar a
defesa. Quase todos se negaram a contribuir. No dia da invasão real, os mesmos
correram em pânico para ele, mas ouviram: “Vocês não podiam viver sem seu
dinheiro; pois agora morram com ele!”.
Assim estão os políticos. Morrerão se auto devorando.
*Carlos Maurício
Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta
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