CAMINHÃO DE PORCO
Carlos Maurício
Mantiqueira*
Quando um fazendeiro embarca num caminhão a porcada que será
levada ao frigorífico, vemos uma cena de gritos, coices, mordidas, etc.
O veículo começa a andar e ,com o tempo, todos os bichos se
acomodam e dormem tranquilos, sem imaginar o destino que os espera.
Assim estamos nós. Se nos conformarmos com um “acordão” ou
limpeza meia-boca, estaremos perdidos.
Quando perguntado se não tinha visto sinais de corrupção em seu
entorno, o bêbado debochado respondeu com palavras análogas a essas:
“Não, eu não vi, assim como não viram as auditorias, as
controladorias, as cortes de contas, o Ministério Público e o Judiciário !”
Fina ironia. Chamou todos de idiotas ou de coniventes.
O “bom mocismo” vigente criou a figura do rigor seletivo:
“Para os amigos tudo; para os inimigos a Lei!”
As entidades supra referidas estão há muito tempo numa zona de
conforto. Fingem que atuam.
Deus nos livre de que dona Onça também se entorpeça e torne-se
apenas bicho de estimação.
.
*Carlos Maurício
Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total
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