sexta-feira, 2 de abril de 2010

CRÔNICAS DO DIABO

SEXTA FEIRA SANTA

João Eichbaum

Acho que nem Freud explica a razão pela qual a divindade judaica, chamada Javé, é um deus explicitamente sádico.
Começa que, na versão bíblica, ele teria criado o homem, essa criatura que dispensa comentários. Se, no dizer dos teólogos, esse deus é onisciente e onipotente, que razão teria ele para, sabendo como seriam os homens - por exemplo Fidel Castro, Chaves, Sadam Hussein, Stalin, os padres pedófilos, o José Sarney, o Adriano do Flamengo, só para ficar no mínimo – criá-los e exigir deles virtudes cuja ausência é motivo de “condenação eterna”?
Depois dessa demonstração de sadismo inominável, que consistiu na criação de um ser imperfeito para exigir dele virtudes impossíveis, antes de matá-lo e mandá-lo para o inferno, o seguinte ato sádico do deus judeu foi exigir de Abraão o holocausto de seu filho Isaac e, na hora “H”, dizer para o desesperado pai:”deixa disso, é brincadeira minha”.
O antigo testamento está repleto de páginas sangrentas e talvez seja em razão disso que a imprensa, dominada quase que inteiramente, pelos descendentes de Abraão, Isaac e Jacob, faz ainda hoje, do sangue, suas manchetes mais sensacionais, lucrando com a desgraça.
Pois esse sadismo do rito judaico, concretizado no sacrifício de animais, foi adotado pela religião cristã, sem o menor pudor. Um judeu chamado Jesus, conhecido pelo apelido de Cristo, seria a criatura que a divindade judaica teria feito nascer, através de métodos pouco convencionais, para ser levado ao holocausto. E sabem para quê? Para “salvar” a humanidade ou, também segundo se diz, em reparação aos pecados dos homens, aplacando, com essa violência, os incômodos de “Deus”.
Para que não pairem dúvidas, repito: o deus judaico, adotado posteriormente pelos cristãos, exigiu que “seu filho”, Jesus, fosse imolado, para lhe aplacar as ofensas cometidas pelos homens.
Pois é nesse ato de explícito e inexplicável sadismo que repousa toda a doutrina cristã e, em conseqüência, toda a riqueza do Vaticano.
Se não fosse isso, não teríamos a Sexta Feira Santa e todo esse feriadão de páscoa, que empanturra de chocolate as crianças e provoca engarrafamentos nas estradas, mas faz o povão feliz, embora não esteja a salvo de porra nenhuma, com a morte do Cristo na cruz.

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