segunda-feira, 12 de abril de 2010

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEM FIADASPUTAS

UM CERTO SENHOR ZVEITER

João Eichbaum

Alô, colorados do mundo inteiro! Vocês se lembram de um certo senhor chamado Zveiter? É, isso mesmo, aquele juiz de direito do Rio de Janeiro, que tirou o campeonato do Inter e o deu para o Corintians, com a desculpa de anular jogos, etc, etc...?
Pois é, agora, não sei é coincidência, mera coincidência, o desembargador Luiz Zveiter, atual Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, depois de passar pelo cargo de corregedor geral da Justiça, está sendo investigado pelo Conselho Nacional de Justiça.
Acontece que essa sumidade andou aprontando.
Olhem só.
O cara tem ou tinha uma namorada, Flávia Mansur Fernandes, que deve ser uma baita gata. Homem nenhum faria o que ele fez, se a mina não valesse a pena. Uma baranga horrível, por exemplo, ou uma coroa cheia de varizes e parecida com o Jô Soares, não mereceria tamanha consideração, a consideração que veremos adiante.
Sua excelência, o então corregedor geral da Justiça do Rio de Janeiro, vejam só, era presidente da comissão do concurso para (nossa, que mina!) “Admissão nas Atividades Notariais e/ou Registrais do Estado do Rio de Janeiro”, entre cujos candidatos figuravam sua namorada... e mais uma amiga dele, Heloisa.
Bem, as duas, Flávia e Heloisa já tinham sido escancaradamente beneficiadas por Zveiter, quando ele as designou para responderem pelo Segundo Cartório de Notas de Niterói (que boca, hein!), em detrimento do ajudante substituto.
Pois sabem que, por coincidência, tanto a namorada quanto a amicíssima do Zveiter, presidente da comissão do concurso, repito, para não haver dúvida, foram aprovadíssimas, sendo que a namorada descolou um brilhantíssimo segundo lugar?
Nem seria necessário dizer que um cartório desses é o sonho de consumo de milhares de bacharéis em direito, coisa parecida com ganhar a sena sozinho.
Mas a coisa veio a furo e foi parar no Conselho Nacional de Justiça. Um grupo de candidatos que tinham ralado um monte, mas não eram namorados do presidente, resolveram botar a boca no trombone. Flávia, a namorada, chamava a atenção não só pela beleza, como pela pouca intimidade que tinha com o vernáculo e com a linguagem jurídica, deficiências que não combinavam com o sucesso por ela obtido no concurso.
O Conselho – ainda bem – anulou o concurso, sob o argumento de que o namoro do desembargador com a candidata aprovada não fechava com os princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade.
Viram agora de quê é capaz uma mulher? E duas, então, nem se fala. Seduzido pelos encantos femininos, o desembargador mandou às favas a moralidade e ficou com a pessoalidade.
Mas, agora, vem a pergunta de todos nós: vai ficar por isso mesmo a semvergonhice, se anula o concurso, faz-se outro e está resolvida a questão? E a conduta ilibada que deve ter um desembargador, hein, gente?
Bom, em matéria de preferências e preferidos, os colorados, muito antes desse concurso, já sabiam de quê é capaz um certo magistrado chamado Zveiter.

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