AS GALINHAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
João Eichbaum
Na sexta-feira passada, o caminhoneiro Alexandre Ribeiro do Prado dirigia um caminhão frigorífico, Modelo Truck, medindo 10,5 metros, por 4,2 metros de altura, transportando nada menos do que doze toneladas de carne suína e, ao entrar na cidadezinha de São Valentim, foi detido por policiais.
Alta velocidade? Não, nada disso. Ele foi detido porque tinha atropelado duas galinhas..
Acontece que uma moça que viajava de Erechim para São Valentim na RST-480, depois de ultrapassar o caminhão dirigido por Alexandre, viu pelo retrovisor que ele tinha atropelado os galináceos – que não estavam no galinheiro, diga-se de passagem, mas no meio da estrada asfaltada.
A moça se chama Karina Albuquerque Denicol, é promotora de justiça, encarna essa entidade que é una e imprevisível e gosta de fazer barulho e alarde em qualquer órgão da imprensa, para mostrar que existe, o conhecido Ministério Público. Ao ver tamanha barbaridade, tão indizível hediondez, isto é, o atropelo de duas galinhas, chamou a polícia.
E saiu arrasando, fez um julgamento rápido, na hora, como se sua mãe ou sua avó nunca tivessem torcido o pescoço duma galinha, ou como se nunca tivesse tomado caldo de galinha para curar suas diarréias:“como promotora ambiental acho que qualquer vida tem que ser preservada. Ficou evidente que ele deveria ter parado e não fez”.
Qualquer vida tem que ser preservada. Que frase, hein! Que sabedoria! Que profundidade! Como é grandiosa a cultura do Ministério Público!
Atenção, donos de frigoríficos: deu pra vocês. “Qualquer vida tem que ser preservada”. Foi decretado, num átimo de segundo, o fim da indústria da carne. Frigoríficos devem ser fechados. Criação de galináceos para abate, nem pensar. A exportação de frangos, esse grande filão da área de comércio exterior, está com os dias contados: “qualquer vida tem que ser preservada”...
Ah, e tem mais: é o fim da campanha da dengue. Vivente que é, o mosquito da dengue tem que ter a vida preservada.
É ridículo, mas é verdadeiro. Depois que a magistratura e o ministério público, em razão dos altos salários, passaram a ser a grande atração de franguinhos e franguinhas que, além do dinheiro, querem ter nas mãos o poder, deparamos com seres humanos dessa estatura, que nunca trabalharam na vida, não sabem usar a cabeça, não sabem o que é sacrifício, o que é batente, o que é ganhar pouco, trabalhando duro, e muito.
A promotora que, certamente, é ótima motorista de carro com câmbio automático, adquirido graças aos polpudos vencimentos que lhe pagam os contribuintes, não tem a mais puta idéia do que representa frear caminhão truck, medindo 10 metros de comprimento por 4,2 metros de altura e transportando nada menos do que doze toneladas. Mas, pior do que isso, a moça passou um atestado público de sua ignorância em matéria rudimentar de direito: não sabe distinguir entre dolo e culpa.
Tudo porque, para ser membro do ministério público e da magistratura, não é necessário currículo, nem experiência, nem saber para que lado pode saltar uma galinha assustada: basta fazer cruzinhas no lugar certo. Coisa que qualquer analfabeto, com sorte, faz.
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3 comentários:
Muito bem!! Decerto essa Promotorazinha não deve ter muitoi o que fazer!! Um absurdo e mostra a qye tipo de gente estamos submetidos na nossa Justiça!! Uma pérola o que essa fanfarrona fez!! Certamente estamos sendo piada no mundo inteiro!! Queria descobrir o e-mail dela e mandar seu texto mais minhas condolência a ela por tamanha idiotice!!
Esse caso vai entrar pra história como uma das mais ridículas intervenções do Ministério Público.
Bom texto.
Hoje a noite, cheguei em casa e o para-brisa do meu carro estava cheio de mariposas mortas, muitas mariposas mortinhas.Juro, não tive como desviar das coitadinhas.Será que vai aparecer uma promotora louca e me processar pela morte das mariposas?To com medo!!!Sei lá né...
Desculpa a brincadeira,mas a atitude dessa promotora BEIRA O RIDÍCULO!!!!
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