João Eichbaum
A bíblia foi escrita por pessoas
ignorantes, para outras, mais ignorantes ainda.
No tempo em que ninguém cogitava de
explicações, de lógica, de raciocínio, era muito fácil atribuir tudo a “Deus”.
Era consenso: “Deus”, tinha criado o universo, a lua, as estrelas, o céu, o
mar, o homem, fazendo-o de barro, e a mulher, de osso.
Ninguém discutia isso. A religião era a
ciência de então.
Mas, felizmente, as coisas foram
mudando, o homem foi evoluindo, exercitando o seu intelecto, desenvolvendo sua
capacidade de analisar, seu senso crítico.
Então, a “criação” do universo,
atribuída a um deus, embora ainda não se tivesse atinado com a "causa", começou a deixar de ser dogma, deixou de ser conclusão
absoluta, graças a essa capacidade do homem, de não aceitar simplesmente as
coisas, sem analisá-las.
Como não são todos os homens que
exercitam e desenvolvem tal capacidade, a maioria continuou preferindo a
crença, ao invés da ciência, pela simples razão de que essa é uma posição muito
cômoda: para que pensar? não vou perder meu tempo, não vou resolver nada...
Mas os poucos homens que pesquisaram,
estudaram, analisaram, chegaram à conclusão de que toda a matéria é composta
por prótons, neutrons, elétrons, ingredientes do átomo. E agora foram mais
fundo, chegando à partícula invisível, o bóson de Higgs presumivelmente, por enquanto,
o pilar indispensável da constituição da matéria.
Essa partícula foi apelidada de “partícula
de Deus” porque ela seria o início de tudo, a condição sem a qual não existiria
o universo com toda a matéria que nele se encontra.
Por aí se vê que até os cientistas, pelo
menos alguns, ainda se deixam dominar por ideias religiosas ou por mitos, que
os impedem de ser mais realistas. Para os realistas, o elemento invisível
deveria ser chamado “a partícula do diabo”, porque seria o começo da destruição
da idéia de “Deus” – pelo menos como “criador” do universo.
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