João
Eichbaum
Aludi
outro dia ao baixo nível cultural do prefeito de Nova Prata, que mandou incluir
no currículo escolar dos alunos dos colégios municipais a leitura diária da
crônica do Paulo Santana.
Hoje
tenho explicações científicas para esse e outros disparates.
De acordo
com os dados publicados no último Indicador do Analfabetismo Funcional (Inaf),
somente 26% da população brasileira pode ser considerada plenamente
alfabetizada.
Sim, eu disse somente vinte e seis por cento.
A pesquisa,
que desembocou nesse triste e humilhante percentual, teve por objeto a análise
da capacidade de leitura e compreensão de textos dos entrevistados.
Os
analfabetos funcionais representam 27% por cento da população, cuja maioria,
47%, revela os que têm apenas a alfabetização básica, entre os quais se inclui
o Lula, naturalmente. Só 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser
consideradas plenamente alfabetizadas. E 38% dos que conquistaram diploma de
curso superior tem insuficiente capacidade de compreensão de leitura e de
criação de texto. Quer dizer: tem doutor analfabeto aos montes.
Na área
do Direito é uma vergonha. Qualquer analfabeto funcional compra diploma. Digo
compra, porque faz cursinhos “a distância” ou entra em qualquer faculdade
particular, sem ter o domínio pleno do vernáculo. Tanto assim que nem se
arriscam a ingressar numa Universidade Pública.
Mais do
que nunca, hoje, na era da informática, “nada se cria, tudo se copia”. E é por
isso que a Justiça virou um caos. Qualquer advogado, que não passa de
analfabeto funcional, vai à internet, copia uma quilométrica petição e ingressa
em juízo. Os processos se avolumam exatamente por isso, porque é fácil copiar.
Se não tivessem a facilidade da cópia, a maioria dos advogados não saberia
peticionar e teria indeferidas suas petições, resultando na diminuição dos
processos.
Mas, com
o alto volume de processos, os juízes (muitos dos quais se incluem nos 27% dos
analfabetos funcionais) não dão conta e os processos são despachados por outros
analfabetos, aqueles que fazem parte dos 47%, os estagiários, os assessores, os
secretários, cuja formação não passa da alfabetização básica.
Não é
preciso me alongar, porque tenho certeza de que meus leitores fazem parte dos
26%: são plenamente alfabetizados. Para esses, o que escrevi é suficiente para explicar os sucessos do Paulo
Santana, do Lula, de tantos outros políticos, e a razão pela qual a Justiça não
merece crédito.
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