quinta-feira, 8 de novembro de 2012


NOSSAS ORIGENS

João Eichbaum

O “homo neandertalensis" e o “homo sapiens” se acasalaram na marra. Disso, não há a menor dúvida. Qual é o homem branco que não gosta de pegar uma negrinha? Qual é o homem branco que não gosta de pegar uma fêmea da raça amarela, uma japonesinha de olhos puxados, de pernas finas e arqueadas, com pouca bunda? Qual é o “homo sapiens” que não fica de olho na vizinha, seja ela de que origem for?
O “homo neandertalensis” sumiu, mas deixou herdeiros, seguidores, meio mistos, é verdade, mas deixou. Por uma razão muito simples: qualquer animal tem tesão. E quando existe tesão, não importa quais sejam os personagens: podem ser de qualquer espécie, de qualquer raça. Se têm vida animal, é o bastante.
 A vida do “homo neandertalensis” consistia em comer, transar e dormir. Era feroz, carnívoro, não vivia com menos de dois quilos de carne por dia. E gostava muito de sexo, não poupava as fêmeas do “homo sapiens”. O “homo sapiens” já foi um pouco mais longe: acrescentou às suas necessidades, a de conquista. Por isso se armou e acabou vencendo o mais forte pelo uso da inteligência.
Foi aí que a humanidade se misturou e o “homo sapiens” imprimiu o seu predomínio, pois, tendo exercitado a atividade intelectual, sabia como comandar os “menos dotados”. O homem de Neandertal desapareceu, decerto porque gostava mesmo das mulheres do “homo sapiens”. Enquanto procriava, sobretudo estuprando as sábias, ia deixando sua patroa de fora da jogada, porque a sábia era melhor e de certo já fingia o orgasmo.
Em razão do acasalamento forçado do homem de Neandertal com as fêmeas do “homo sapiens”, hoje temos uma legião de homens diferenciados: aqueles que puxaram pelos neandertalensis e aqueles que saíram ao “homo sapiens”. Temos os Lulas da vida, mas temos também os Bill Gates.
Conclusão: o homem de Neandertal, que não pensava, não tinha escrúpulos, não obedecia a normas, não desapareceu definitivamente. Seus herdeiros estão aí por toda a parte.


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