CINCO HORAS DE AUTÓGRAFO.
João Eichbaum
Terça feira, dia de trabalho,
o senador Mário Couto, do PSDB do Pará, usou a tribuna do senado para fazer um
inflamado discurso, dizendo que “tinha vontade de cuspir na cara de alguns
senadores que enriqueceram, sem nunca terem sido nada na vida, porque roubaram
a nação, roubaram o povo”.
No mesmo jornal em que li
essa notícia, li também a notícia de que o senador Pedro Simon, enquanto seu
colega de senado, no local de trabalho, denunciava abusos e imoralidades, o
senador Pedro Simon, repito, estava a muitas horas de voo desse mesmo lugar. O gaúcho
estava dando uma de “popstar”, autografando na festiva Feira do Livro de Porto
Alegre.
O tal livro, O Momento Supremo do Brasil, segundo o
jornal “aborda as CPIs e o julgamento do mensalão que ainda não terminou”. E
acrescenta a notícia: “foram cinco horas assinando livros distribuídos
gratuitamente pelo Senado.
Então, assim, ó: além de não
estar trabalhando, o Pedro Simon estava autografando um livro, cujo conteúdo
deve ser tão agradável quanto aquele excremento que pega carona no intestino
grosso para se esvair rumo ao esgoto, e cujos custos correm por nossa conta:
edição, impressão e distribuição.
Tido e havido como um
senador “honesto”, está aí o Pedro Simon, editando livros às nossas custas,
para distribuí-los entre amigos e correligionários.
Avivo a memória de quem não
está lembrado: o Pedro Simon é um dos senadores para os quais nós teremos que
pagar o imposto de renda. Para que ele não figure no cadastro dos devedores da
Fazenda Nacional, nós é que pagaremos seu imposto.
Há mais de cinquenta anos
Pedro Simon está vivendo só de política. Quer dizer, totalmente às nossas
custas. Às nossas custas ele casou duas vezes, fez filhos com as duas mulheres
e nos passa a conta das duas famílias. Não é preciso nem abrir aspas: até as
trepadas dele a gente paga. Mesmo assim, diz que não tem dinheiro para pagar o
imposto de renda.
Vocês conhecem algum
político mais “honesto” do que o Pedro Simon?
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