sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


O ESPÍRITO DO IMPÉRIO ROMANO SEM PSCICOGRAFIA DO CHICO XAVIER

João Eichbaum

O encanto envolvente do fausto, do poder, da ostentação, da variação de companhia na cama, e da sacanagem em geral sempre seduziu o homem. Do mesmo modo que, antes dele, eram seduzidos os deuses.
Nós, os primatas mais recentes, ainda guardamos na memória o que a história conta sobre o império romano, nesses itens.
Assim como lançaram as bases para que o Direito se transformasse numa ciência, os romanos se aproveitaram das bases da democracia desenhada pelos gregos, para inventar a demagogia. Muitos de seus políticos foram mestres nessa espúria transformação. Com um discurso fácil, pegajoso, estelionatário, atraíam e seduziam a multidão. O “circo” encantava os pobres e o “pão” lhes enchia a barriga. Por isso eles amavam os Césares.
Ocupavam-se das guerras os romanos e as cultivavam (de bello galico, de bello civile), mas não descuravam da demagogia
E a demagogia foi tão bem assimilada pelas gerações vindouras, que nunca mais abandonou a face da terra, atravessando todos os séculos que encontrou pela frente. Hoje o casuísmo, que domina a volúpia pelo poder, tem levado muitos governantes a se afastarem do lídimo Direito criado pelos romanos, para ficarem com a parte pior deles, a demagogia. Então confiam a seus “doutores” a criação de um direito pobre, distante da ciência, feito de afogadilho para atender às emergências da demagogia.
No Brasil, por exemplo, a Constituição, que não passa de uma colcha de retalhos, remendada a toda hora, de acordo com a vontade dos governantes, permite que o Poder Executivo legisle através de “medidas provisórias”. E de equívocos se fazem leis, e de leis se fazem moedas de troca.
Não é preciso falar muito sobre a Itália do parlapatão e mulherengo Berlusconi. Não é preciso ir longe. Fiquemos no Brasíl, em Cuba, na Venezuela, no Paraguai, na Argentina.
Em qualquer um desses países, o que domina é a volúpia do poder, que não tem medida, nem preço, mas tem um instrumento de que não abrem mão os políticos: a demagogia.
No Brasil, a corrupção corre solta, o sexo rola também, misturado com os cartões corporativos: nunca há de faltar uma “Virgínia Lane” ou uma “Rose” para os políticos. Que o digam os lupanares de Brasília. E no item lascívia a desfaçatez é tanta que até a pensão alimentícia devida por um senador já foi colocada na conta dos contribuintes.
 Enquanto distraem o povo com “copa do mundo”, “bolsa-família” e “fome zero”, os politiqueiros profissionais fazem  negociatas, tricotam acordos espúrios, se esbaldam em surubas políticas, (é dando que se recebe) promovem nomeações por conveniência, enriquecem, escorcham com impostos, pardais, radares, multas e pedágios os que trabalham honestamente, e entregam a segurança, a saúde, a educação e o transporte às traças., ficando com boa parte do dinheiro da república (horas extras, verbas de indenização, 15 meses de subsídio, etc, etc, etc.)
Para nós resta o pior. De Roma herdamos a podridão política, da qual nem o reinado papal escapou. Com seus cabelos cor de ouro e seus cintilantes olhos azuis, a lasciva Lucrecia Borgia, filha do papa Alexandre VI, foi nomeada “papisa” pelo próprio pai.
E vocês queriam o quê? Que os brasileiros fossem melhores que os Borgia?

Nenhum comentário: