PERORAÇÃO SOBRE A LEVIANDADE
João
Eichbaum
O
Paulo Santana, marcado pela exacerbação do instinto natural da egolatria, deixou
o rastro obscuro de sua baixa
intelectualidade na coluna por ele escrita na ZH de ontem:
Um dia eu dei uma conferência para
psiquiatras e psicanalistas da Capital e expliquei que está errada a
Organização Mundial da Saúde em não catalogar como doença mental o pessimismo:
ele é a mais grave das doenças mentais.
Pode?
Pode, minha gente?
A
minha primeira pergunta é: existirá algum psiquiatra ou psicanalista que se preste
a ficar ouvindo baboseiras cuspidas pelo Paulo Santana?
Porque
só quem não o conhece poderá ter a ilusão de ouvir da boca dele alguma coisa
que preste.
Como
pode uma pessoa, cuja cultura não passa de emplastros de samba e de sonetos de
antigamente, que nada tem de lustroso e digno na atividade intelectual, ser
convidada a “dar uma conferência para psiquiatras e psicanalistas”?
Se
fosse para ensinar aos psiquiatras e psicanalistas onde é que a gente deve
enfiar o dedo para fazer uma galinha chorar, tudo bem. O grau de cultura do
Paulo Santana não passa disso. Mas, vir ensinar aos doutores o que é uma doença
mental, emprestando às suas verdades enganosas uma autoridade de inventor da
psiquiatria maior do que Freud, é
demais.
Quem
não conhece o articulista da ZH, ao ler o que ele escreveu, só tem duas
alternativas: trata-se de um gênio em psiquiatria, ou de um louco.
Mas
quem o conhece e tem um pouco de juízo pode se debruçar sobre outras hipóteses.
A
primeira: os psiquiatras e psicanalistas que se prestaram a ouvir uma
“conferência dada pelo Paulo Santana” estão passando um atestado de estupidez,
e devem ser pessoas tão incompetentes que, não tendo clientela, não tendo
vencido concurso algum, estão matando cachorro a grito, e têm tempo de sobra
para gastá-lo com uma personalidade claramente afetada por defeitos de
formação, agora agravados pela senilidade.
A
outra alternativa: são profissionais altamente qualificados. Reuniram-se e
organizaram uma platéia de especialistas para ouvir uma personalidade deformada
por narcisismo doentio. Queriam estudar o Paulo Santana, para tirar conclusões
científicas dentro de sua área de conhecimentos.
Me
rendo a essa última hipótese, porque tenho por inaceitável acreditar que no Rio
Grande do Sul haja psiquiatras e psicanalistas tão burros, que queiram aprender
alguma coisa com o Paulo Santana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário