AS COLEGAS DA MADALENA NÃO TÊM DIREITO À
FELICIDADE?
João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com
Foi puxado o tapete do doutor Dirceu
Greco, infectologista, que dirigia o Departamento de Doenças Sexualmente
Transmissíveis, (DST) Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Sabem por que?
Porque o governo da Dilma, essa senhora
com um diâmetro diferente da Gisele Bündchen, que não tem qualidade para
rechear um biquini como a dita Gisele Bündchen, essa senhora de cabelo meio
caju, que só teve dois maridos, o Cláudio Galeano e o Araújo, não quer
que as prostitutas digam que são felizes.
Não, calma lá, não é o que vocês estão
pensando. Não estou trocando as fichas, ainda não.
Assim, ó: o doutor Dirceu era quem dirigia
uma campanha encetada pelo governo, tendo por objetivo alertar a população
contra essas doenças. Claro, vocês sabem melhor do que eu que, na hora do bem
bom a gente não tá nem aí e não quer nem saber o que é que tem a perereca da
vizinha. E parte pra cima. Ou, tem gente que prefere ficar em baixo.
Bom, mas não era sobre esse relevante tema
que eu queria falar. Eu queria falar mesmo sobre essa campanha do governo,
muito bem vinda, para alertar sobre transas desprevenidas que podem levar a um
velório.
Como todo mundo sabe, as operadoras do
sexo transacional, em razão da alta rotatividade de sua magnânima profissão,
são as mais sujeitas a esses acidentes de trabalho (leia-se doenças profissionais).
Então, deve ter pensado o doutor Greco, nada mais pedagógico do que fazer delas
as estrelas da campanha contra essas doenças que atraem os castigos de Deus,
mas que não as castiga, porque elas usam os equipamentos de segurança
recomendados: não beijam na boca, não fazem felação sem camisinha, com
camisinha se protegem na entrada de serviço e na porta principal.
E aí eu não sei se foi ele. o doutor
Greco, ou algum marqueteiro que vive às nossas custas, que inventou o seguinte
"slogan": SOU FELIZ, SENDO PROSTITUTA.
O ministro da Saúde, aquele que tem o dom
da ubiqüidade, porque está em toda parte, onde houver notícia sobre saúde ou
desgraça ele está lá, o ministro da Saúde, chefe do doutor Greco, não gostou e
pespegou no traseiro do colega o pontapé que a maioria conhece.
Pô, essa, não. Será que o ministro da
Saúde, cujo nome ninguém se lembra, nunca fez feliz uma prostituta? Será que
ele resolveu todos os seus problemas sexuais, todinhos, só pelo manual?
E você aí, meu amigo e leitor, você nunca
fez uma prostituta feliz?
Ela, precisando comprar o leitinho pras
crianças e você providenciando esse leitinho? Ela, tendo que acertar as contas
com o gigolô e você dando a maior mão, para tirá-la do sufoco?
Porque será que, entre todos os filhos de
Deus, só as prostitutas, as colegas da Madalena, aquela amiga de Jesus Cristo,
(sim, J. Cristo foi amigo de prostitutas e nem por isso deixou de ser “o cara”)
não têm o direito de se dizerem felizes?
Ou você, minha leitora, com seu marido
chato, brigão, ciumento, barrigudo, broche, bêbado e com saldo negativo, se
sente mais feliz que uma prostituta?
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