O
ocaso do Boi
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Alberto Mendes Jr.
2013, 13 anos no poder e
desde 1977 manipulando o seu criador e todos que o convidaram à suas mesas em
convescotes inesquecíveis.
Mas tudo mudou com o
refrão, quarta-feira passada à noite, no Gulag de SBC, era entoado alto e em
bom som : “DESCE LADRÃO”.
Os assessores aspones dos
gabinetes reclamam da violência dos manifestantes, entoando um ode dos
desesperados náufragos.
Quem não se recorda, nestes
deliciosos atuais momentos, das “gentilezas” com que os trabalhadores eram
tratados nas portas das fábricas pelos “piqueteiros” durante os movimentos
liderados pela “criatura golberyana”.
Os “mensalistas” eram
constrangidos e chamados de variados impropérios e em sua vã tentativa de
resistência eram removidos dos escritórios com aquela eficaz corda lambuzada de
graxa: a Teresa.
As funcionárias ficavam
horrorizadas e em pânico corriam de suas escrivaninhas, buscando um auxílio que
nunca chegou.
“Vaca-loca”, “agora vâmo
barbarizar” constituem exemplos do mote naqueles longínquos dias de
inglória.
O que seria aquilo no
entendimento dos atuais donos do Poder, como chamariam?
O Boi era uma figura
icônica, quase não aparecia, quasecovarde, mas desde então já exercia o
“domínio do fato”. Em seu nome tudo se falava e tudo a ele se atribuía, era o
embrião de 2013.
A farsa dos helicópteros
sobrevoando a vila Euclides foi uma “apedêutica” apoteose, ali já percebíamos
que o mal já estava instalado.
O ardil fora minunciosamente
armado e os anos e décadas vieram. Quantas foram as oportunidades de
testemunharmos, calados pela massa, as manobras que se engendravam,
dissimulações e traições no preparo da tomada do poder, primeiro SBC depois o
mundo.
Podres alicerces sustentam
o atual regime, que com a carga excessiva do seu hegemônico gigantismo, agora
compromete suas fundações, originando uma precoce e irreparável fadiga.
As
fissuras tornam-se rachaduras, irreparáveis mesmo por aqueles “cumpanhêro
soldadô” que eram pau para toda obra. As partes e facções que soçobram
acusam-se tornando-se autofágicas.
O Estado Maior do Mal junta
seus trapos e tenta uma salvadora manobra de marketing que poderá não alcançar
seus deletérios intentos.
Alberto Mendes Júnior é
Engenheiro-Operário de chão de Fábrica.
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