sexta-feira, 28 de novembro de 2014

NEM FREUD EXPLICA

João Eichbaum

Sigsmund Schlomo Freud, mais conhecido por Freud, simplesmente, não é tudo aquilo que dele dizem. Ele se salientou, fazendo boas experiências com a hipnose, num tempo em que a psicologia não era muito explorada. Observador arguto, antecipou-se a constatações que, modernamente, graças aos fenômenos sociológicos gerados pela explosão demográfica, dispensam diplomas e doutorados.

Entre essas constatações se salienta a de que o homem não passa de  um animal dotado de razão imperfeita, governado por  desejos e sentimentos, mas atormentado pelo conflito entre tais impulsos e a vida em sociedade. A conceituação da libido como energia motivadora do ser humano, não é uma descoberta maravilhosa, digna de prêmios e troféus. A perpetuação da espécie é própria do instinto de que a natureza dota qualquer animal. Não é privilégio dos humanos.

Quer dizer, Freud foi bom no seu tempo. Se ele não tivesse dito o que disse, outros o diriam, mais tarde. E querem saber de uma coisa? A psicologia, como ciência, está léguas e léguas atrás da medicina  e de muitas outras áreas do conhecimento,como, por exemplo, a informática. Hoje, se dispensa a psicologia, mas da informática e da medicina não se pode abrir mão.

Querem ver? Que valor científico tem o tal de “teste psicotécnico”? Se valesse tudo aquilo que os psicólogos querem que ele valha, se tivesse valor absoluto, seria indispensável para ser rei, papa, presidente da república, etc. E mais: todos os motoristas seriam responsáveis, jamais causariam qualquer acidente. Assim como os juízes, que são obrigados ao referido teste para aprovação em concurso, seriam homens melhores que os outros homens, criaturas dotadas de serenidade e puro senso de justiça, sem a arrogância de deuses do trovão.

Mais dois exemplos. O “serial killer” lá de Goiás, “um rapaz bonito e bem vestido” que, de motocicleta, matou por matar, friamente, 39 pessoas, a maioria indefesas mulheres, se valia da inteligência para despistar as investigações policiais, usando placas furtadas e cobrindo o tanque da moto, que era preto, com capas coloridas. Importante:  ele fez “teste psicotécnico”- e foi aprovado - para trabalhar como vigilante armado.

 E os bandidos que, depois de avaliação “psicológica”, são liberados para o “regime aberto”, voltando a matar, a roubar, a praticar horrores? Enfim, para que serve a “psicologia”? Que proveito se tirou dela para melhorar o homem e o mundo? Isso “nem Freud explica”.





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