terça-feira, 18 de agosto de 2015

CORRUPÇÃO: A MAÇÃ PODRE DA DEMOCRACIA

João Eichbaum

A horda comuno-populista que tomou conta do governo brasileiro, além de mal-intencionada, é burra. Burra, porque não consegue esconder a má intenção de se perpetuar no poder. Sobre o clamor que se fez ouvir nos céus da pátria contra a corrupção, no último domingo, ela deu de ombros.

“Está dentro da normalidade democrática”, disseram os porta-vozes desse governo, que foi esculachado pelo povo, do primeiro ao quinto. Querendo mostrar indiferença, mostraram burrice e má intenção: não sabem ou não fazem questão de saber o que é democracia, como deve funcionar um regime democrático.

A “normalidade democrática” – quem não é burro, nem mal-intencionado sabe – pressupõe o cumprimento do roteiro institucional: os órgãos de soberania funcionam de conformidade com as normas constitucionais, que resguardam a ética e o Direito, e coíbem os abusos.

Se o Executivo, por exemplo, abusa, gasta demais, não presta conta de “verbas secretas”, mascara a contabilidade, patrocina a ganância de empresários com superfaturamentos, o Legislativo, que representa o povo, e o Judiciário – se provocado – extirpam o mal, põem cobro ao pandemônio institucional. É assim que funciona a democracia. Essa é a engrenagem que mantém a “normalidade democrática”.


Mas, quando os governantes começam a enriquecer à custa do povo, quando o Executivo reparte o bolo da corrupção com o Legislativo, quando o Judiciário, composto por ministros apadrinhados, ameaça a independência de juízes honestos, a democracia se destripa, se decompõe, apodrece, se torna uma mentira.

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