O NÉRIO SABE DAS COISAS
Brizola nasceu na localidade de Cruzinha,
então Passo Fundo, hoje pertence a Carazinho em 22.1.1922.
Seu pai, foi degolado e morto na Revolução de
1923, pois era Maragato ( lenço vermelho, oposição a Borges de Medeiros) e se
negou a vender uma cavalhada, bem amilhada, ao todo poderoso Coronel
Victor Dumoncel, de Santa Bárbara, que era da situação, lenço branco, borgista
ferrenho. Vai daí, como o pai de Leonel Brizola se negou de vez, o coronel mandou
degolar o pai do Brizola. Brizola, depois dos 9 anos, foi morar em Carazinho,
ao lado da Igreja Luterana, do pastor Gamaliel Pereira, onde havia uma escola,
tipo SENAC - e daí, com 12 anos, foi trazido pelo dito pastor para P. Alegre onde
trabalhou como ascensorista na Galeria Chaves e conseguiu cursar a ETA, em
Viamão, onde se formou (Escola Técnica de Agricultura) e ingressou na Faculdade
de Engenharia da UFRGS, onde se formou engenheiro civil
O nome Leonel, foi adotado, em local do primitivo,
(Itagiba ou Biriba???) - em homenagem ao chefe maragato da região, da oposição
a Borges de Medeiros, justamente o famoso Coronel Leonel Rocha, de Palmeira das
Missões, que dirigia os Maragatos na região, contra também o chefe borgista, o
coronel Valzumiro Dutra, na Revolução de 1923.
Morreu, no Rio de Janeiro, em 21 de junho de
2004, de infarto, entrou com mal estar, dor no estômago, nas costas,
etc..e na emergência foi medicado com sedativo e mandado para casa. Estava
com o neto Brizola Netto com que morava no apto da Av. Atlântica (hoje já
vendido, no inventário) - na clínica (parece que a Clínica
Botafogo) e ao sair, caiu no elevador, nos braços do neto e morreu dentro do
elevador. Depois constou no atestado de óbito a "causa
mortis" como sendo "infarto do miocárdio" o que é
repetido até hoje: "Brizola morreu de
infarto" - . Só isso. Nada mais. Mas ao que se sabe não foi
feita a necropsia e que segundo a Lei, no caso concreto, seria obrigatória,
pois, em verdade, ao morrer, o fato morte ocorreu, sem assistência médica. O
que obrigava a realização da obrigatória necropsia para ver com materialidade e
razão científica as cáusas e razões da morte do Dr. Leonel de Moura Brizola.
Duas vezes governador do Estado do Rio de
Janeiro e um dos maiores, senão, o maior politico dos últimos anos do Brasil
pelos seus partidários e pelos contrários, como Carlos Lacerda, foi Brizola o
mais polêmico dos políticos, quando armou dos grupos de onze, nos campos
para invadir fazendas e aí os militares se convenceram que tinham que se livrar
do Brizzolla. No RGS, foi Deputado Constituinte, em 1947, e jovem foi
secretário da Constituinte, de 8 de julho de 1947, sendo o mais jovem dos
deputados constituintes. Foi Secretário de Estado das Obras Públicas do governo
de Ernesto Dornelles, de 1951 a 1954. Prefeito de Porto Alegre, Governador do
Estado do RGS, de 1958 a 1962 e depois Deputado Federal, pelo Rio de Janeiro
(então estado da Guanabara) sendo o deputado com maior votação no Brasil quando
foi apanhado pelo golpe de 31 de março de 1964 e se exilou no Uruguai,
depois, New York e mais tarde em Portugal. Anistiado pela Lei Geral de Anistia
do governo do gen. João Figueiredo ( o último dos militares)
retornou ao Brasil, via Paraguai, em discutida viagem, desembarcando em São
Borja, em 7 de setembro de 1979, livre, anistiado e reiniciando sua vida política
e familiar no Brasil, depois, de 15 anos de exilio.
Nério “dei Mondadori” Letti
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