PROFISSÕES
Carlos Maurício Mantiqueira
Todo trabalho é
digno. As profissões mostram apenas o grau de estudo necessário ao seu
exercício e a aptidão natural de quem as exerce; ou a necessidade de obtenção
de renda, muito embora não se goste da tarefa.
Apenas para
efeito de comparação, podemos classificar as profissões segundo a condição
humana de quem as utiliza.
A mais tétrica
é a de coveiro; a mais sublime é a de comediante.
Temos
profissionais excelentes, normais (médios) ou canalhas em todos os misteres.
Trataremos
apenas de algumas atividades.
O médico
depende de alguma enfermidade ou acidente de seus clientes para obter seu
rendimento.
O juiz vive da
desgraça e/ou angústia das partes. Não tem nenhum escrúpulo em fomentar ou pelo
menos não agravar o sofrimento dos desvalidos. Não tem pressa, compaixão ou
solidariedade.
O advogado
dispensa comentários. A utilidade do serviço só aparece quando não é feito;
como o da dona de casa.
O engenheiro
contribui para uma vida melhor da sociedade.
O comerciante
promove a distribuição de bens.
Os artistas
plásticos ou cênicos despertam o sentimento do belo.
Os músicos nos
maravilham com sua arte, de absorção fácil e simples.
Os filósofos se
nutrem da verdade mas quase sempre morrem de fome.
Os comediantes
vivem do riso alheio. Desde o provocado por trocadilho infantil até o mais fino
exemplo do non sense.
Apenas o
quiprocó (quid pro quo) nos faz rir até as lágrimas, mas é involuntário. Uma
benção divina.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre
pensador.
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Um comentário:
Uma crônica interessante. Cumprimentos.
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