sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

DOS CUIDADOS COM O RETO

João Eichbaum

Todo o homem tem seu preço. É difícil, senão impossível, encontrar algum primata humano que escape a essa regra. E há razão para isso. Existe uma regra maior, à qual está subordinado o preço de cada um: o ânus. É exatamente o que vocês estão pensando. Essa é a regra maior: quem tem cu, tem medo.

Os advogados que assinaram um manifesto explícito contra o Poder Judiciário e implícito (por falta de colhões) contra o Sérgio Moro, o fizeram por medo do Marcelo Odebrecht. Eles tiveram medo que saísse da boca do dito Marcelo não aquela frase deseducada, mas sem perfídia, que manda desocupar as entranhas, mas a outra, de uma sonoridade invasiva e cheia de petulância: vão tomar no cu!

Era o que faria – com toda a certeza – o Marcelo Odebrecht, caso eles, por respeito ao Poder Judiciário, se negassem a redigir ou a assinar o venenoso manifesto. O Judiciário eles respeitam, mas do Marcelo eles têm medo, porque o dito Marcelo tem o poder maior, o dinheiro.

O Marcelo Odebrecht não é do tipo que se submete a abstinências e depurações. Ele é insolente e presunçoso, com aquele jeito de quem lê até as cartas do baralho de Deus, porque tem uma assombrosa noção de poder.

Mais hoje ou mais amanhã, o dinheiro dele vai encontrar o destinatário certo, através de um desses canais da República, por onde, ao invés das águas depurativas da justiça, escorre o excremento da corrupção. Se não for por sentença ou por decreto, uma lei será parida.

Ou vocês não se deram conta de que só o Marcos Valério e outros pobres-diabos ainda estão na cadeia por causa do “Mensalão”?


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