quinta-feira, 31 de agosto de 2017

CÃOPASSO DE ESPERA

Carlos Maurício Mantiqueira*
Os amáveis leitores podem, se quiserem, tirar férias da coluna.

Vivemos uma calmaria. Os ventos só voltarão após o primeiro linchamento de algum urubu-rei ou porcão gordo.

Até lá, neca de pitibiribas.

Este pobre pensador está com ideia fixa: cães e onças.

Assim, o texto fica monótono, enfadonho, intragável.

Depois deste aviso, sinto-me liberado para usar e abusar da língua do cão.

Para mim é inCãocebível que dona Onça assista, impávida, a esculhambaCão geral, e se finja de distraída.

O canetador sorumbático só tem ministros surubáticos.

Sem tamancas, subiu no chinelo chinês. “Aqui pro ceis!”

Seu substituto eventual tem dúvida existencial: é pé de chinelo ou de chileno?

A tremebunda república está em, de bico, sinuca; não sei se é fofoca ou fufuca.

Quando alguém minha análise retruca, digo: Ainda não sentiste bafo quente na nuca?

É claro, bafo de Onça! Felina amável; atenta e respOnçável!
 *Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total



quarta-feira, 30 de agosto de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Sou alérgico a penicilina... Muita gente é! Alem disso, desde IAlexander Fleming, que a descobriu, ha muito mais de um seculo que a penicilina vem sendo usada e perdeu o efeito sobre organismos... Então vem um esquerdalha "pilantrador" de minhoca na cabeça de idiotas, e diz que a penicilina já não é fabricada porque ficou barata e perderam o interesse em fabricá-la... Não da para assistir escrevinhadores de series e novelas impregnadas de mensagens politicas deturpadas por quem não é expert no assunto. Nem de passagem ou por acaso...Parece que estamos no mundo de Stalin e de Mao, de martelada na politica até ficarmos tontos abençoando o regime e dizendo Ámen, como os de Valdomiro dizendo és meu profeta.......
E não se enxergam...

Façam as contas ao desgoverno.... Para não "cortar na carne", e não ter o trabalho de pensar (ou capacidade) para gerir, Portugal entrou no vermelho e agora está pagando...
Façam as contas ao desgoverno pelas pedaladas da Dilma-Mantega e pelos rombos do Temer-Meirelles... Uma a duas gerações perdidas e caminhões de dinheiro para os Bancos que vão pagar muitas eleições....

*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...

 


 

terça-feira, 29 de agosto de 2017

CRÔNICA FOFOQUEIRA
João Eichbaum

Ele chegou com uma cara de cachorro escorraçado, sem graça, o rabo entre as pernas. Gordinho, de cabelos ralos, cortados à escovinha, dava a impressão de um jovem que envelhecera antes do tempo.

Não parecia ter vindo à caça, no bar, onde moças desembarcavam dos carros aos magotes. Duas a duas, três a três, quatro a quatro, algumas com frondosos mega hairs loiros, elas iam ocupando os mais variados lugares.

Aquela era a hora da chegada dos executivos, senhores com boa apresentação pessoal, engravatados que, entre bolachas de chope, vinham discutir negócios ou relaxar das tensões provocadas pela bolsa de valores. E as moças sabiam disso. Um olhar cruzado e um casamento balançando poderiam resolveu seus futuros.

Mas, ele, o ar de cachorro escorraçado, não tinha nada a ver com isso. Não era executivo, não tinha ido ao bar para caçar solteironas desesperadas, nem tinha grana para desperdiçar com drogas ou bebedeiras. Pediu uma coca-cola em lata, o olhar preso na confluência das ruas.

Então ela chegou. Chegou com um menino aparentando de três a quatro anos, que olhou para ele, como quem espera um abraço. E recebeu o abraço, um abraço de pai, de homem para homem. Ela os observou com indiferença e estendeu a mão, com tímida formalidade, ao homem da cara de cachorro escorraçado.

Sentaram-se os três. Veio o garçom e ouviu o pedido do menino: batata frita com ketchup. Ela nada pediu. Ficou ali, com jeito de quem está num lugar que não é o seu. Só olhava para o menino, objeto também dos olhares do gordinho.

Quando chegou a encomenda do garoto, ela se levantou, sorriu para ele, beijou-o, e ignorou solenemente o gordinho, com jeito de cachorro sem graça. Deu-lhe as costas, com um murmúrio que parecia tchau e se foi.

Então o gordinho se dirigiu para o menino, lhe pôs um braço em volta do ombro e disse: agora só ficamos nós dois. Depois, chamou o garçom e lhe pediu qualquer coisa. Em seguida, a um aceno do garçom, levantaram-se ele e o menino, se dirigindo para o interior do bar.


Perdi-os de vista por alguns instantes. Mas, seguindo com os olhos uma morena de cabelos extraordinariamente negros, bunda saliente e pernas grossas, ela me levou até os dois. Tive tempo de ver o menino lançando para ela um olhar de decepção, tipo “estraga prazeres”, ao mesmo tempo em que pulava para o colo do pai. Aí tive certeza: era a outra, que chegava.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PLANETACHO

Coisas do Brasil

RECLAMEI
Não se surpreenda se Gilmar Mendes for contratado para fazer o comercial de Sempre Livre.

SEM RUMO
O Brasil caminha para o caos. É o que dizem os otimistas...

PAMPAS
Se você acha que a vida dos servidores públicos é de sacrifício, imagine o pessoal do Ibama que está atuando no Pampa Safari.

DINHEIRO
O governo quer privatizar a Casa da Moeda. Se vender com um prazo de 30 dias dá até para o comprador fabricar o pagamento.

FAZ TEMPO
Segundo as delações do pessoal da JBS e da Odebrecht, os três poderes já foram privatizados há muito tempo.

PREÇO
A faixa presidencial virou um código de barras...

MÉRITO

O Ronaldinho Gaúcho pretende entrar para a política...a dribles...

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

QUANDO O SUSPEITO NÃO É O RÉU
João Eichbaum

Olhem só que rolo. Francisco Feitosa Filho é filho de Francisco Feitosa de Albuquerque Lima. O pai, Francisco de Albuquerque Lima, além de ser cunhado de Gilmar Mendes, é sócio de Jacob Barata Filho, o “Rei do Ônibus”. Acontece que o Francisco Feitosa Filho realizou aquele tal de “até que a morte vos separe” com Beatriz Barata, filha do “Rei do Ônibus”, sendo padrinhos do casório Gilmar e sua mulher, Guiomar Mendes, de quem o então noivo é sobrinho.

Essa rosca, mais enleada que suruba de minhoca, não passaria de simples consequência do “crescei e multiplicai-vos” ordenado por Javeh, o deus judaico-cristão, e notícia de bom porte para colunas sociais, se o “Rei do ônibus” não tivesse ido parar no xilindró.

Não tanto por conta do preso, como por conta de seu cunhado Gilmar Mendes, que o soltou, o caso virou manchete. Além da rosca que envolve parente e contraparente, a mulher de Gilmar, Guiomar Mendes, trabalha no escritório de Sérgio Bermudes, advogado que presta serviço para empresas do “Rei do Ônibus”.

Por todas essas e mais a descoberta de que na agenda de Jacob Barata Filho consta o telefone da mulher de Gilmar, a Procuradoria Geral da República, que não trata de temas de novela, mas de Processo Penal, arguiu a suspeição do dito Gilmar Mendes.

Mas, Gilmar Mendes não se dá por achado, nem por impedido, não tá nem aí. Para ele, se não estiver fora do compasso de suas ideias, o que vale é a letra fria da lei, sem as raízes da analogia, em razão de sua natureza penal.
A pressão da sociedade e da imprensa não lhe faz cócegas. Como não ingressou na carreira da magistratura através de concurso, mas botou a toga por ser amigo de Fernando Henrique Cardoso, ninguém lhe pode cobrar conhecimentos mínimos de deontologia judiciária.


Ele se considera juiz de si mesmo, da própria consciência e despreza valores que não passem pelo funil de seu ego. Talvez porque não haja, entre seus pares, um homem despenteado e sem cor nos cabelos, capaz de empinar o peito e lhe botar o dedo na frente do nariz, com a energia de quem tira a minhoca da suruba e mostra a vara competente.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

CÃOSENSO

Carlos Maurício Mantiqueira*
As redes sociais fervem. Insultos (merecidos) a polititicos, urubus e outros bichos.
Não podemos ser desmancha-prazeres. Afinal, alguns tem até febre de ansiedade para ver o molusco preso. Em termos práticos, tanto faz; ele é mixo de quinto escalão.
Preocupemo-nos com o efecagácê. Este sim o arquidiabo; feitor, com poderes discricionários, da Chatham House (antes denominada The Royal Institute of International Affairs), para escravizar o Brasil.
"Loucos” e raros sãos pensantes (inteligentes pra cachorro) já chegaram a um consenso:
O pirão desandou de vez e não tem mais remédio “docinho”.
Fel é suco de maracujá perto do necessário.
Terminado o desgoverno do Trem Fantasma (um susto após outro) teremos uma noite estrelada. Funesta só pra porcada. Os que não pirarem pra Timbuktu levarão na rima.
Haja cossaco ! Milhares de “aceçores” em cargos de Cãofiança irão para a carrocinha.
Um sábio florentino, há mais de quinhentos anos escreveu (mais ou menos com essas palavras): Toda mudança que beneficie o povo, é por ele recebida com desconfiança e medo de apoiá-la. Teme uma reversão, com a volta do tirano do ontem e suas represálias. O júbilo só explode quando houver a clara percepção de que o benefício é irreversível.
Se a queridíssima dona Onça, decidir acabar com o forró do Bocó, que o faça de forma cabal, nunca antes vista neste país desde os tempos de Cabral (o Descobridor, não o engaiolado).

 *Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Previsão do tempo é uma coisa, "constatação do tempo" é o que vemos na TV entre propagandas de ejaculação precoce e surpreender idosos de 107 anos de idade:
Depois que a frente fria espampanante caiu de boca na intimidade do mar, formaram-se ondas de gozo que saíram no tapa batendo em tudo que eram costas não importando se eram geográficas, de surfistas ou de banhistas... Agora no Arpoador o pessoal se pergunta onde está o Sol sem perceber que o Sol sempre "está", as nuvens é que atrapalham. Chove chuva, chove sem parar, por favor chuva ruim não molha meu amor assim, se bem que quem anda na chuva é pra se molhar e ela gosta... Chega em casa toda molhada, a roupa colada no corpo mostrando que não raspa a perseguida nem usa calcinha, mas o meu amor é tão grande que começamos ali mesmo no corredor sem ligar praquele perfume masculino Santos Dumont com que chegou impregnada e eu não uso.
Fez-me lembrar "dançando na chuva" e "guarda-chuvas do amor", mas do jeito que a coisa anda, tudo desandado, o Gene Kelly morreria de pneumonia por falta de antibióticos no SUS, a Catherine Deneuve chegaria em casa com o guarda-chuva todo furado por rajadas de balas, e o câmera-man seria levado por uma onda que se elevaria , enlevada, acima do elevado do show-Joá, cada macaco em seu galho, show-Joá, queremos melhorar este lugar....
17 graus no Rio, 12 graus aqui na praia, 50 negativos em meu coração carioca!
Ha coisas que arrebentam mais que ondas, que bocas de balão! Qualquer netinha de três anos vai perguntar o que é ejaculação precoce... Deixe que os avós respondam....

 Vão fazer a reforma política... Também chamaram ditadura roubista-comunista de "Bolivariana". Injetam no povo a fé de que pode dar certo o que deu errado em todo mundo, OU NEM SE USA!... O crime já pagou eleições e vai nos colocar à disposição políticos-porcaria que, não importa quem ganhe ou perca, vão dividir nossos alentos de vida entre eles.
Estão inventando leis, inventando partidos, inventando políticos... Temos que dizer-lhes que LEIS QUEREMOS, nós, cidadãos. Por enquanto, eles que dizem o que querem e se aprovam com afagos de caudas amarradas.


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terça-feira, 22 de agosto de 2017

DIA DE ADVOGADO
João Eichbaum
I
De tanto transitar sua silhueta de formiga - cintura fina e um bom sortimento de popa - por corredores de foros, juízos e tribunais, a doutora Pergamicina de Almeida teve sua natureza invadida por espermatozoides, que pegaram carona em óvulos de ocasião.

E aí angariou padecimentos que lhe devastavam as partes internas, tendo que devolver no vaso sanitário o que tinha adquirido na cozinha. Por conta desses desaforos da natureza, teve que fazer uma tal de ecografia transvaginal.

O caráter daninho do procedimento expandiu estragos em vários pontos cardeais de suas partes mais debaixo. E logo  no 11 de agosto, dia de audiência, em que tinha como prova uma testemunha bem falante e benefício de Assistência Judiciária em ação de dano moral. Por conta dos padecimentos, se passou da hora da audiência e, quando chegou no foro, sua causa já havia dado baixa. A testemunha tinha mentido tanto, que foi parar no xilindró.
II
E o doutor Peralgino da Rosa diluiu meio frasco de perfume no sovaco e partes adjacentes, meteu o corpanzil dentro da melhor fatiota, botou a gravata mais chamativa, aquela vermelha com bolinhas, combinando com a cor do lenço do paletó,  e saiu assobiando.

Ficou assim apurado para remeter sua pessoa à presença da juíza. Decorou todas as razões que despejaria nas belas orelhas da meritíssima, uma loira química, com cara de boneca inflável, de busto esculturado em hospital, mas com argolas de ouro legítimo na ponta dos referidos aparelhos auriculares. E então?

Quem o recebeu, na porta dos fundos do cartório, não foi a juíza de cabelos loiros e peito siliconado. Foi um estagiário loiro e grandalhão, com cara de guri mijado, informando que sua excelência não o poderia receber, mas ele seria todo ouvidos para o doutor.

Aí o doutor Peralgino aninhou nos ouvidos do marmanjo o seu discurso pobre e sem graça, dizendo que  tinha necessidade urgente de um despacho favorável, porque sua legítima esposa havia levado para debaixo dos lençóis os serviços do limpador de piscina.

Desde o último carnaval, até o dia 11 de agosto, quando os advogados festejavam o seu dia, o doutor, que não queria dividir roupa de cama com a sirigaita, acomodava os chifres no sofá da sala, esperando despacho favorável à sua honra avariada.



segunda-feira, 21 de agosto de 2017

PLANETACHO

No “infringir” dos ovos
Nos últimos tempos, aqui no Brasil, diversos políticos foram atingidos por ovos. Toda esta polêmica de armar a sociedade em que o Bolsonaro está sempre envolvido leva a uma reflexão, já que quem sofreu o “atentado” e foi atingido pelo ovo na sexta-feira foi o polêmico deputado.

A TERRA OVAL
Tudo isso leva-nos a refletir e a pensar em um mundo diferente onde ovos fossem as únicas armas disponíveis no mercado. Seria muito estranho, porém extremamente engraçado. Imagine nos filmes de faroeste o então xerife Bat Masterson, com uma galinha em cada coldre, caminhando lentamente pela principal rua de Trombstone, em direção a um bando de facínoras mal-encarados.

AS GUERRAS
E as guerras, como seriam? Durante as batalhas já não se ouviria o toque dos clarins, mas o cacarejar das galinhas. Avestruzes seriam utilizados como canhões. Garnizés metralhadoras. Aliás, ninhos de metralhadoras. A força aérea seria formada por gansos e bombardearia com pena, digo, sem pena nem dó os inimigos.

A TERRA OVAL

O enlouquecido e exótico Donald Trump ameaçaria o líder norte-coreano com um ataque de ovos de peru gigantes. Diplomatas enlouquecidos na sede da ONU tentariam evitar o iminente apocalipse que transformaria o mundo em uma imensa gosmenta omelete...

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

OS DOUTORES E A PREPOSIÇÃO
João Eichbaum

Teve estrondoso lançamento no Rio de Janeiro, com a presença de Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e todo o escalão superior do pessoal do PT, um livro intitulado COMENTÁRIOS A UMA SENTENÇA ANUNCIADA: O CASO LULA.

A obra, segundo a imprensa, reúne disposições e opiniões de 102 juristas, mestres e doutores em Direito, provavelmente escarrando marimbondos sobre a sentença de Sérgio Moro. O lançamento, claro, teve discursos e preciosidades, tipo essa do advogado Alberto Toron, sobre a Lavajato: “é um escárnio de abusos e vilipêndios”...

O título do livro já é um atestado de nível cultural pouco recomendável: ou seus autores não lhe deram atenção, ou não conhecem as propriedades inseparáveis da boa escrita, que são os preceitos do vernáculo.

Soa mal, muito mal, dói nos ouvidos de quem aprecia um texto pela sua harmonia, a expressão “comentários a uma sentença”. Impressiona a dissonância provocada por um quase cacófato: “a uma”.

A partícula “a”, no caso, é uma preposição. Como tal, pode ter sentido de movimento (vou a Portugal), de localização (a três quadras), de tempo (daqui a dois dias), de modo (pagamento a prazo). Mas não tem o sentido de dissertação, que é propriedade das preposições “sobre” e “de’’.

Assim sendo, a preposição “a” não poderia ligar dois substantivos (“comentários” e “sentença”) exercendo funções alheias à sua natureza. Só se pode fazer comentários “sobre”, “acerca de” ou “a respeito de” alguma coisa, no sentido de analisar, dar parecer, opinião, explicação, etc.

Quem preserva a própria cultura não abre um livro assim, como quem abre a porta para a felicidade. A agressão ao vernáculo, já na capa, mais sugere aventura de amadores, do que análise científica, conduzida por doutores.

A sentença de Moro, embora se esmere, verrumando nos autos para extrair provas, não é um primor, do ponto de vista técnico. Desnaturam-na excessivas explicações pessoais, e um pedido quase formal de desculpas pelo juízo condenatório. A isso se junta estranha contradição: reconhece elementos de sustentação para prisão preventiva, mas se abstém de decretá-la.

Os juristas, mestres e doutores poderiam ter se poupado do vexame de desnudar sua pouca intimidade com o vernáculo. Ao mesmo tempo, evitariam o uso de um canhão, para matar incômodo mosquito.


quinta-feira, 17 de agosto de 2017

PARADOXO

Carlos Maurício Mantiqueira*
Um homem brilhantíssimo, perguntou-me recentemente: por que dona Onça conversa com um grupo de patriotas? - que ele considera ser formado por loucos.

Respondi que é melhor falar com loucos e não, com idiotas.

Algumas ideias de aparência extravagante, pela dinâmica da degradação nacional, tornam-se exequíveis.

Urge uma intervenção moralizadora.

Não é possível assistir bovinamente haver dinheiro para campanhas e faltar para as forças armadas.

Os acontecimentos externos talvez nos forcem a resolver manu militari a crise na Venezuela. Nosso país está sendo invadido por milhares de pessoas desesperadas em busca de comida e segurança pessoal.

Nosso desgoverno bostífero é covarde. Não tem coragem nem de acabar com a “bolsa bandido” enquanto falta tudo em nossos hospitais.

Pela incomensurável bondade de Deus, podemos nos emendar com providências violentas pontuais.

Alguns fuzilamentos de traidores, cadeia pros ladrões e borrachadas para idiotas que expõem nas redes sociais sua condição abjeta.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Bom dia, pingando decepção de rombos...
Bom dia meus amigos e minhas amigas... Hoje amanheci como amanhecem os lagartos pequenos e os grandes, incluindo lagartixas e jacarés, levantando a cabeça, sempre, buscando o sol pra me aquecer, dar energia, mas sem comer ninguém, como jacaré velho, ou comer mosca como lagartixa de parede. Foi logo ao levantar a cabeça, que me dei conta de estar num enorme túnel vertical, sem luz alguma no final, fugindo de uma carga de arrombados rombudos com ninhos de minhoca nas corcovas melequentas, carregando maletas que esgrimem como armas, guardados por forçados armados cientes de defender os princípios que chegaram aos fins.
Longe de ter tomado drogas para ter tal visão, mas quase eletrocutado pela realidade que nos chega aos miolos em quentes raios de microondas cheias de bites carnívoros cheios de noticias de assaltos, rombos e políticos empreendedores de verbas da união... A união, meus ambíguos e minhas amídalas, é deles... Eles que estão unidos e têm energia. Nós temos sangue de minhoca em corpo de lagartixa letárgica sem dentes.
Vergonha de nós.

Corruptos não largam seus "votos" comprados pelas ruas com dinheiro público desviado, de forma "democrática"...."Democraticamente", os Castros continuam em Cuba, Maduro na Venezuela, Kim Jong II na Coreia do Norte, Evo na Bolívia...,, Lula, Aécio, Temer, FHC, Dilma, e um porrilhão de outros no Brasil, ....

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terça-feira, 15 de agosto de 2017

FALTA DE LEITURA
João Eichbaum

Quando se fala de analfabetos funcionais, ninguém pensa em senhores de terno e gravata ou  madames charmosas, bem apessoadas. Ninguém imagina, enquadradas nesse tipo, pessoas que desfilam dentro de carrões luxuosos, ou gente que exibe diploma de bacharel em Direito.

Mas, basta uma olhada nas notícias, para se ter a certeza de que poucos escapam desse descalabro cultural. Por exemplo, na primeira fase do exame da OAB deste ano, foram aprovados menos de 14% dos candidatos. A queixa de que a prova foi muito difícil tem uma única explicação: os examinadores não sabem escrever (formular adequadamente os enunciados) e os examinados não sabem ler as questões.

O “enrolês” usado desde a petição inicial até o último julgado, na maioria dos processos judiciais, serve como prova de que o analfabetismo funcional irriga o bestunto de muitos operadores do Direito.

Se no Judiciário é assim, imagine-se no Legislativo. Olhem o que diz a Constituição no art. 37: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...”

O erro já começa com o constituinte, limitando à “administração pública” os princípios norteadores da atividade estatal. A interpretação verdadeira só socorre a quem sabe ler, porque o conceito de “administração” está muito aquém do pleno exercício dos poderes do Estado.

A legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência constituem a seiva que deve alimentar o Estado de Direito como um todo e não apenas a sua “administração”.

A gafe cometida pelos constituintes revela sua indigência cultural.  Ao invés dessa coisa vaga, denominada “administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes”,  há uma expressão que define toda a área de abrangência daqueles princípios. Mas no vocabulário pobre dos congressistas não havia lugar para ela: o exercício dos Poderes.

Foi também por não saberem ler, que os membros da Comissão de Reforma Política da Câmara extrapolaram os limites do bom senso, destinando três bilhões e seiscentos milhões de reais para o fundo partidário.

Essa exorbitância debocha da miséria do país e desvia para a safadeza política recursos que podem ser destinados à saúde, à segurança, à educação, ou aplicados em obras geradoras de emprego. E num orçamento desvalido pelo deficit, exibindo um rombo fiscal só menor que as sacanagens de Brasília, isso não merece outro nome. É imoralidade.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

PLANETACHO
Do Programa do Miau à dança dos famosos
Uma das principais novidades da reforma política deixou os brasileiros eufóricos. Um balde de água fria veio logo em seguida. O tal distritão não tinha nada a ver com distrito policial.

Outra novidade interessante seria uma mudança radical na TV Câmara. Uma nova programação que se espelhasse na TV aberta. Por exemplo, os políticos da bancada religiosa poderiam apresentar um programa chamado Tela Crente.

A nova programação geraria disputas na Justiça. Sílvio Santos ficaria revoltado com o presidente Temer, perguntando no microfone da mesa principal da casa:
- Quem quer dinheiro?

Em dia de decidir questões polêmicas é sempre Zorra.

 Não haverá Corujão na programação, para não melindrar os parlamentares tucanos.

Uma das ideias é que aos sábados seja exibido o programa É de Casa para deputados que estejam em prisão domiciliar.

Aos domingos tem o Domingão do Morão com a Dança dos Famosos.

O Encontro seria apresentado por assessores de políticos famosos. No final do programa um grande desafio: como sair correndo com a mala de dinheiro sem ir parar no Vídeo Show.

PARA REFLETIR
O Neymar foi para o PSG por dinheiro. A maioria dos brasileiros está indo para o SPC pelo mesmo motivo.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

VÍCIO DE ESCREVER
João Eichbaum

Só o vício de escrever ou a obediência ao chefe, para não perder o emprego na atividade profissional, leva alguém a publicar crônicas, hoje em dia.

O analfabetismo funcional adquiriu tal força, que o pobre cronista já sabe o que lhe vai acontecer. A crônica vai ser recebida com aplausos por aqueles que enxergarem nela o reflexo de suas ideias. Mas, ataques furiosos, nauseabundos adjetivos ou impiedosas críticas atingirão o cronista, partindo de quem não pensa como ele.

Quer dizer: não é a arte da escrita que seduz o leitor moderno. Não é a oportunidade para que ele enriqueça seu vocabulário, para que ele conheça novos estilos, para que o deleite a musicalidade do texto. O leitor quer simplesmente ouvir o eco de seus pensamentos.

Isso, para falar das poucas pessoas que ainda se entregam à leitura de textos que não tratem só de abobrinhas. Na realidade, a maioria absoluta da população brasileira não lê, porque não tem preparo, não tem cultura, não tem o mínimo interesse em abandonar o marasmo da ignorância.

Para que ler, se a televisão mostra o que interessa: crime, política, sexo e futebol? Se as novelas da Globo, o Faustão, o Datena e outros desse naipe dependem apenas de um dedo para aparecer na tela, não há razão alguma para gastar os olhos em jornais, livros e revistas.

Essa mesma televisão, que serve aos analfabetos propriamente ditos, também faz a cabeça dos analfabetos funcionais. Aquele homem engravatado e aquela mulher charmosa e atraente, que leem as notícias, são muito mais convincentes do que as letras mortas de livros, jornais ou revistas. São eles que criam as correntes adversas, essas que só aplaudem quem faz eco às suas ideias.

Na contramão do crescimento da população, os jornais vão, aos poucos, desaparecendo. Editoras e livrarias estão fechando. E a própria televisão já começa a perder espaço para as redes sociais que, por seu turno, vão destruindo a linguagem.

Apenas na preparação para os exames vestibulares do ensino público a literatura tem algum lugar. Mesmo assim, resenhas meticulosamente preparadas acabam descaracterizando as obras e os autores.

Então, diante desse quadro, só o vício de escrever pode manter a crônica em algum cantinho de jornal, enquanto houver lugar no museu das coisas agonizantes.