segunda-feira, 4 de agosto de 2008

VARIAÇÔES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A FILHA DO IRMÃO MARISTA CASOU COM O PADRE

João Eichbaum

Como é que ele encontrou a filha do irmão marista, eu não sei, os jornais não dizem. Só sei que o padre é tido como o “embaixador das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”, no Brasil.
Ah, não sabe o que é? E se eu disser FARC? Ah, sim, aí você entende. Isso mesmo, FARC, uma organização criminosa que seqüestra cidadãos colombianos ou americanos, tortura-os, prende-os com correntes de ferro, trata-os como animais sem alma, faz deles objeto de seus caprichos. Ah, e mais, está ligada com o narcotráfico, o responsável pelo PIB da Colômbia.
Pois esse cara, que não merece ser chamado de cidadão, o padre Camilo, é casado com uma professora gaúcha, de nome Ângela Maria Slongo. Ângela sustenta, com mil e quinhentos reais por mês, a família, composta por ela, pelo padre e por uma menina que gerou com o padre. O padre, evidentemente, não faz nada na vida. Ou alguém aí conhece algum padre que trabalhe com carteira assinada, carga horária definida e salário declarado perante a Receita Federal?
Pois é, mil e quinhentos reais por mês, em Brasília, viram? Não é no interior de Lavras do Sul. Ah, e pagam aluguel de apartamento ainda por cima, segundo se depreende da matéria publicada no jornal Zero Hora de sábado, dia 2 de agosto; “um apartamento em desordem, com poltronas claras, decoradas por mantas vermelhas e muitos livros empilhados no chão”.
Os mil e quinhentos reais com que sustenta a família, a Ângela Maria recebe “alfabetizando pescadores artesanais”. Vocês já conheciam essa espécie, a dos “pescadores artesanais”?
Nem eu. Em Brasília, pelo que sei, não tem mar. E minha ignorância me impede de saber se lá existem rios piscosos. De maneira que não posso contrariar: “pescadores artesanais” pode haver em Brasília e a falta de esclarecimento me leva a pensar que pescador artesanal só pode pescar peixe artesanal, feito de pano , material plástico ou papel.
Mas a senhora Ângela Maria, que é filha de um ex-irmão marista de Passo Fundo, é funcionária da Secretaria de Pesca, ou seja, integra o governo do PT, onde vamos deparar com gente que já assaltou bancos, seqüestrou embaixadores, exigiu resgates, fugiu do país, falsificou identidade e agora está rica.
Antes que me esqueça, o padre esse, que se chama Olivério Medina, pertencendo a uma organização criminosa, teve requerida sua extradição pelo governo da Colômbia, mas o Supremo Tribunal Federal do Brasil, esse mesmo que mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas, negou o pedido de extradição.
De sorte que, sustentado por uma “alfabetizadora de pescadores artesanais”, filha de um irmão marista, e amparado por um governo que acolhe os desordeiros do MST, escolados nas artes das FARC, o padre se sente em casa. Não é por outro motivo que ele escolheu o Brasil para se homiziar.

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