O “FILHO DO BRASIL”
João Eichbaum
Parece que “ O Filho do Brasil” está ameaçado de ficar órfão. Me refiro ao filme que, pretensamente, retrata a biografia de um ex-torneiro mecânico chamado Luiz Inácio Lula da Silva. E o dito filme está ameaçado de ficar órfão de público.
Noticia a imprensa que, “quase duas semanas depois de estrear, o desempenho do filme está aquém do sucesso esperado por seus produtores, que chegaram a prever um público total superior a 10 milhões de espectadores”.
O texto noticioso faz uma comparação entre os filmes “Lula, o Filho do Brasil”, “Se eu fosse você”, “A Mulher Invisível” e “Os Normais 2”, todos filmes brasileiros que estão em cartaz. O do Lula foi o que teve menor público, com uma freqüência pouco significativa de interessados.
Isso dá o que pensar. Dá o que pensar para os chamados “aliados do governo”, que tinham o filme como a galinha dos ovos de ouro para as próximas eleições, achavam que ia estourar nas bilheterias, refletindo a “popularidade” do ex-torneiro mecânico. Nem mesmo o acidente com o diretor do filme - sobre cujo estado de saúde a única notícia divulgada é de que ele “abriu os olhos” - despertou a pieguice do público.
Dá o que pensar também para nós, que estamos na arquibancada desse circo, que é a política brasileira. E a primeira pergunta que fazemos é: e as pesquisas, que elevam a “popularidade” do dito ex-torneiro mecânico? Serão verdadeiras? Ou não passam de “encomenda”?
E o jornal “Le Monde”, que considera o Lula o melhor do mundo, o que é que pensa?
Da minha parte, cheguei a uma conclusão: do “bolsa-família”, que dá para a pinga e, quem sabe, para um pouco de carne seca, nada sobra. Como é que essa gente iria ao cinema?
Bem, não duvido que inventem também o “bolsa-ingresso”, para esconder o fracasso da propaganda cinematográfica, se não der certo a “meia-entrada” que está sendo fornecida para “qualquer pessoa sindicalizada”.
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