sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CRÔNICAS DO COTIDIANO

A ARTE DE GOVERNAR e A FANFARRONICE

João Eichbaum

Não votei na Dilma. Votei no bocaberta do Serra. Não votei na Dilma por preconceito, porque ela é comunista, porque se envolveu na guerrilha contra o governo militar e também porque fez parte da equipe do parlapatão Luiz Inácio da Silva.
Confesso que votei no Serra sem a mínima convicção. Porque a única coisa que ele fez na vida foi politicagem. Começou na Une e de lá, depois de algum tempo fora do país, com medo do governo militar, retomou a política. Mas nunca demonstrou competência fora da política. Nunca demonstrou porque chegou lá.
Enfim, votei nele, sem convicção, porque não tinha alternativa.
A Dilma, ao contrário do Serra, foi linha de frente na oposição aos governos militares. Foi presa, pagou pelo que fez.
Ao que eu saiba, não fugiu do país, como o Serra, o Fernando Henrique, o Brizola e outros.
Detesto o comunismo e, por detestar o comunismo, repito, não votei na Dilma, porque supus, como muita gente, que ela ia querer instalar um governo tipo Chaves ou Fidel Castro aqui.
Parece que estou me enganando. E tomara que assim seja.
Sem pedigree, sem nunca ter sido meramente política, sem nunca ter disputado uma eleição, a Dilma está revelando um lado que eu, pelo menos, não conhecia: bom senso na arte de governar.
Sua contenção de despesas arrancou meus aplausos. E agora, depois de vê-la e ouvi-la com seus propósitos de mudar os rumos da educação deste país, me levanto para aplaudi-la.
Que se danem os pedagogos. A nossa realidade não é a realidade da França ou de outros países desenvolvidos. A nossa realidade é a da pobreza e, para sairmos da pobreza, necessitamos, além de comida, de educação.
Não adianta dar comida, como fazia o Lula, sem reforço na educação.
E parece que o objetivo da Dilma é esse, sem descuidar do social, investir na educação, em todos os níveis: fundamental, médio, técnico e universitário. Diante de tais propósitos, pode-se debitar a imobilidade demonstrada na episódio das enchentes do Rio de Janeiro ao gigantismo da máquina estatal, despreparada para as surpresas do cotidiano.
Ao contrário da Dilma, o “doutor” Tarso até agora só demonstrou uma preocupação: dar emprego para a companheirada, com ótimos salários. Até empréstimo já conseguiu, com esse objetivo. Ah, sim, e mandou leis para a Assembléia, tratando de assuntos impertinentes como a pensão dos governadores futuros (a dele inclusive) mas de obras, nem sinal.
Antes que me esqueça, o “doutor” Tarso foi um dos fujões, um dos muitos que deixaram o país, se borrando de medo dos militares.
Que a Dilma continue assim. E lhe agradeceremos de todo o coração por nos livrar definitivamente de parlapatões, tipo Lula e Tarso, que só têm gogó, pra enganar a platéia, com fanfarronices políticas e nada mais.

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