terça-feira, 18 de setembro de 2012


DA ANIMALIDADE
João Eichbaum
               joaoeichbaum@gmail.com

A maioria absoluta dos seres humanos se deixa magnetizar, se entrega, sem concessões, às idéias e ao fascínio de outros seres da mesma espécie, que nada têm de especial, nem de grandioso, salvo a qualidade de saber fisgar incautos e pusilânimes.
É dos mentirosos que o povo gosta, dos que o enganam, dos que lhe prometem maravilhas, como sete mil virgens depois da morte, ou o “bolsa-família” durante da vida.
O povo não acredita nas pessoas honestas, não lhes dá valor. A mentira o atrai de tal forma que ele não consegue dela se libertar.
Tanto as religiões como os políticos mentem. As religiões prometem o paraíso depois da morte, prometem o amparo e a proteção dos deuses. Mas, só depois da morte. Os espertalhões sabem que depois que o sujeito morreu ele não exigirá explicações, não cobrará as promessas.
Os políticos prometem, porque sabem que o povo esquece e não lhes cobra.
Em suma, o povo se alimenta, se sustenta de mentiras. E se deixa envolver de tal maneira pelos mentirosos, que os venera cegamente, briga por eles, mata por eles, é capaz de botar fogo no mundo por eles.
Agora ofenderam o Maomé e deu no que deu. Atiçaram a ira dos fanáticos, o mundo inteiro está se convulsionando, porque a animalidade dos seres humanos que acreditam em Maomé se sobrepõe ao mínimo de inteligência que os distingue das outras espécies de animais.
Coisa semelhante aconteceria no Brasil se o Lula deixasse de respirar, como aconteceu no passado quando Getúlio Vargas se matou.
Mas, nada há para fazer. Os primatas humanos são assim mesmo, feitos mais de animalidade do que de racionalidade.
Só que há outra espécie de energúmenos, que se dizem intelectuais e vivem falando em direitos humanos, em dignidade da pessoa humana e outras besteiras do gênero. A história vive lhes dando provas da animalidade, muitas vezes quase total, do ser humano, e eles insistem em proclamar uma dignidade, que é incompatível com o conceito de animalidade.
E assim vai ser, para sempre, porque, muitas vezes, no pouco espaço destinado à racionalidade se instala também a imbecilidade. Estão aí os juízes das Execuções Penais, que se preocupam com os coitadinhos dos presos, para não me deixar mentir.





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