segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


A VOLTA DO RENAN, O REI DO GADO


João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com

Mônica Veloso é o nome da mina. Ela apareceu na Playboy muito melhor do que veio ao mundo, com frontespício e traseiro de sereia, ubres rijos, cheios de saúde, e bumbum arredondado por natureza. É morena, de cabelos negros, e tem um olhar de tigresa no cio, com inquietantes encantos de mulher.

Sabe o Renan Calheiros, da dupla Zé Sarney e Renan? Pois o Renan não resistiu, deitou e rolou – literalmente.
Até aí, tudo bem. Afinal, diante de uma criatura com tamanhos predicados, não é qualquer um que tem coragem para dizer “eu fora”. Ou vocês conhecem alguém que gosta de seios encostando na barriga e traseiro mais mole que espuma?
Mas, quando aparece aquele item que não está na lista de muita gente, com a mulher perdendo as formas originais e os contornos que lhe garantiriam papel em filme para adultos, a coisa começa a mudar de figura: a relação oxida, a paixão deixa de ser labareda, o amor é cotado em cifrão.
Isso, cifrão. Criança fora do casamento é sinônimo de incomodação e pensão alimentícia.
Foi o que aconteceu. Mal o bebê berrou no mundo, a mamãe já interpretou a choradeira como “quero os meus direitos”. Então ela correu para o Renan e apresentou a conta de suas dádivas de prazer. O Renan coçou o queixou, disse “hum”, mas sentiu que tinha de abafar o devastador escândalo.
A empreiteira Mendes Júnior, que está sempre nas bocas, participando da receita que o governo contabiliza com o nosso dinheiro, assumiu a paternidade da criança, para alívio do senador das Alagoas.
Não, pera lá. Não é o que vocês estão pensando. Ela resolveu bancar a pensão alimentícia para o filho que o Renan pensa que é dele.
Então, cada mês, Cláudio Gontijo, representante dos interesses da Mendes Júnior junto ao Renan e ao governo federal, levava uma bolada para aquela mamãe, que aos poucos vinha recuperando a antiga forma.
Sabem quanto? Quatro mil e quinhentos reais para o aluguel de um apartamento de quatro quartos em Brasília e mais doze mil reais- eu disse doze mil reais -  de pensão alimentícia.
Mas a coisa veio a furo, fedeu, e o Renan teve que se explicar. E explicou. Que não era nada daquilo. Que ele tinha dinheiro para bancar a pensão, e mostrou sua contabilidade: milhões com venda de gado, deixando para trás todos os reis da espécie.
Então a Comissão de Ética do Senado, fechando os olhos para o óbvio, resolveu aceitar a tese de que o Renan Calheiros era o melhor criador de gado do país, com um tino comercial que nenhum do ramo tem. E absolveu o alagoano no processo de cassação de mandato.
O Renan ficou na moita muito tempo, preferindo não ser lembrado. Mas agora, crente de que suas relações perniciosas com a Mendes Júnior foram esquecidas, ele está voltando, para retomar a cobiçada cadeira de presidente do Senado. E a turma toda taí, batendo palmas.
É assim: vergonhoso. Mas nada que esteja fora dos padrões da dupla Zé Sarney e Renan, chefes da república norte-nordestina, da qual o resto do Brasil não passa de simples colônia.

 


Um comentário:

Gigi disse...

Mas ainda continuamos devendo um prêmio condizente ao grande criador, o Rei do Gado.
O que podemos fazer num caso desses?